A brisa de Johnny Alf
Por Roberto Bendia
Johnny Alf |
Alfredo José da Silva nasceu no Rio de Janeiro em 19 de maio de 1929. O pseudônimo"Johnny Alf" foi adotado por sugestão de uma amiga norte-americana, quando de sua apresentação em programa de jazz de Paulo Santos, na Rádio M.E.C. do Rio de Janeiro |
Sua vida começou difícil. Com a morte de seu pai, em 1932,
sua mãe foi trabalhar em casa de família. Apesar das dificuldades,
essa foi a grande chance que a vida proporcionou ao menino Alfredo.
A família que o criou custeou os seus estudos, inclusive piano
clássico quando tinha apenas nove anos de idade. Sua professora
foi Geni Borges, amiga da família. Estudou música clássica,
seguindo os ritmos tradicionais das peças de Chopin. Mas o que
realmente o influenciou foram os filmes musicais americanos com as maravilhosas
canções de George Gershwin e Cole Porter. "Era o
que me acendia aquela vontade interior de criar alguma coisa. Então,
quando voltava do cinema sob aquele impacto, eu ia ao piano e fazia
coisas com a influência do que tinha ouvido, inventava a melodia,
e tal...", diz ele. Apreciava também o jazz, principalmente
o trio do então pianista Nat King Cole.
Aos 14 anos formou um conjunto com amigos em Vila Isabel, indo tocar nos fins de semana na Praça Sete, do Andaraí. Cursou até o segundo ano do Colégio Pedro II, onde entrou em contato com o pessoal do Instituto Brasil-Estados Unidos, que o convidou para participar de um grupo artístico.
Fez grande sucesso nos
anos 60 e 70. Seus grandes sucessos: "O que é amar",
"Nós", "Rapaz de bem", "Saudações",
"Anabela", "Ilusão à toa".
Seu show "Eu a Bossa", comemorando 50 anos de carreira, aconteceu
no dia 4 de abril de 2002 no Auditório do Espaço BNDES,
Rio de Janeiro. Radicado em São Paulo, continua compondo e fazendo
shows em casas noturnas.
A música abaixo dedico a meus queridos amigos de adolescência da rua João Lira no Leblon, Rio de Janeiro: Luiz Guilherme Ribeiro da Costa e João Luiz Euguezabal Marinho (o Jangão).
Eu e a brisa Johnny Alf Introdução: F7+
F7+ A#-6b F7+ Ah! se a juventude que esta brisa canta Cm7 F7/9- A#7+ Ficasse aqui comigo mais um pouco Dm7 G7/9- C7+ Eu poderia esquecer a dor Gm7 F7+ De ser tão só prá ser um sonho A#-6b F7+ Daí então quem sabe alguém chegasse Cm7 F7/9- A#7+ Buscando um sonho em forma de desejo Dm7 G7/9- Em7 Am7/9 Am Am7+ Am Felicidade então prá nós seria F7+ Bm7 E7 Am Am7b E, depois que a tarde nos trouxesse a lua Am6b B7/9+ Em Em7 Se o amor chegasse eu não resistiria C#7/9+ F#7 Bm Bm7b G7 C7 E a madrugada acalentaria a nossa paz F7+ A#-6b F7+ Fica, oh brisa fica pois talvez quem sabe Cm7 F7/9- A#7+ O inesperado faça uma surpresa Dm7 G7/9- C7+ E traga alguém que queira te escutar Gm7 F7+ (A7+) E junto a mim, queira ficar
Vivo sonhando
Por Roberto Bendia
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou simplesmente Tom Jobim, como ficou conhecido, nasceu no Rio de Janeiro em 1927. Ipanemense por natureza, a praia era seu programa enevitável de todos os fins de tarde. Segundo Tom, "a areia de Ipanema era tão fina que cantava na sola do pé -quando você corria na praia a areia fazia cuim, cuim, cuim..." |
Ele foi um dos principais nomes do movimento Bossa Nova. É de sua autoria as músicas "Chega de Saudade", "Samba de Uma Nota Só", "Desafinado" e tantas outras. Sua formação clássica introduziu uma harmonia mais requintada na música popular brasileira. Conhecido internacionalmente e celebrado como um dos maiores compositores de nosso tempo.
A nossa admiração
por Tom Jobim não é somente pelas suas músicas geniais.
É também pela sua sensibilidade e amor à natureza. Adorava
pássaros. Uma de suas frases: "O Brasil não gosta do Brasil".
Morreu em 1994 na cidade de Nova York, vítima de complicações
cardíacas.
Abaixo a letra da música "Vivo Sonhando" fala da beleza natural do Rio de Janeiro e sua sensibilidade para o amor.
Vivo sonhando
Tom Jobim
Vivo sonhando, sonhando mil horas sem fim
Tempo em que vou perguntando
Se gostas de mim.
Tempo de falar em estrela
Falar de um mar
De um céu azul
Falar do bem que se tem
mas você não vem
Não vem
Você não vindo,
Não vindo a vida tem fim
Gente que passa se rindo
zombando de mim
E eu a falar em estrela,
mar, amor, luar
Pobre de mim
que só sei te amar.
Os 40 anos da Garota de Ipanema
Por Roberto Bendia
Long-Play R765.022L, Philips, lançado em 1967
Arnaldo Jabor, em sua crônica na rádio CBN (12 de agosto de 2002), lembrou muito bem o 40º aniversário da composição da "Garota de Ipanema" feita pela dupla Vinícius de Morais e Tom Jobim, enaltecendo o que de bom nós temos nas artes, além das mazelas na política. A primeira apresentação em público da 'Garota' aconteceu no dia 12 de agosto de 1962, no show "O encontro", com Tom, Vinícius, João Gilberto e os Cariocas, na boate "Bon Gourmet", em Copacabana. O show ficou seis semanas em cartaz. Foi uma época romântica, ingênua e intelectual. Nada a ver com o "Bonde do Tigrão". Naquele tempo as garotas gostavam de rapazes intelectuais e deixavam de lado os homens bonitões e musculosos. Mas, segundo o escritor Ruy Castro em seu livro "Ela é Carioca", a 'Garota' não foi feita na mesa do antigo Bar Veloso (de 1945-66, situado na rua Montenegro, 49-A, em Ipanema-RJ. Após dezembro de 66, mudou o nome para Garota de Ipanema) como normalmente é divulgado. Mas foi dali que Tom e Vinícius avistaram uma garota de 18 anos, Heloísa Eneida -a Helô Pinheiro- a "caminho do mar". Só isso. A melodia foi realizada no apartamento do Tom, na rua Nascimento Silva, 107 (seu primeiro imóvel), no verão de 1962. A letra, composta por Vinícius, semanas depois, em sua casa em Petrópolis. Lógico. A dupla tinha mais o que fazer nos bares além de trabalhar...
Mas o engraçado é que o cronista Rubem Braga, na época, referindo-se a si mesmo, fez a paródia: "Olha que coisa mais triste/ Coisa mais sem graça/ É esse velhote/ Que vem e que passa/ No passo cansado/ A caminho do bar"...
A composição "Garota de Ipanema" conta com mais de 200 intérpretes nacionais e internacionais. Além do próprio Tom, Carlos Lira, Os Cariocas, Dick Farney etc, também interpretaram: Frank Sinatra, Peggy Lee, Ella Fitzgerald, Nat "King" Cole, Sarah Vaughan, Louis Armstrong, Nancy Wilson, Al Jarreau, Caterina Valente, Oscar Peterson, Errol Garner, Earl Hines, Percy Faith, Enoch Light, Billy Vaughn, Herb Alpert, Ray Anthony, The Ray Charles Singers, Os Meninos Cantores de Viena e tantos mais. Só a madre Tereza de Calcutá não gravou...
Garota de Ipanema
De Tom Jobim e Vinícius de Morais
D6/9 E7/9 Em9 Olha que coisa mais linda, Mais cheia de graça, É ela menina, Que vem que passa
A7/6 Dmaj9 Bbm6 Dmaj7 Num doce balanço, a caminho do mar
Dmaj9 E7/9 Em9 Moça do corpo dourado, Do sol de Ipanema, O seu balançado é mais que um poema
A7/6 Dmaj9 D6/9 É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ebmaj7 Ebmaj9 G#7 Ebm7 B7 B7/6 Em9 Gm6 Ah, porque estou tão sozinho, Ah, porque tudo é tão triste, Ah, a beleza que existe
F#m7 F#dim Em7 A7/-9 A beleza que não é só minha, Que também passa sozinha
Dmaj7 Dmaj9 E7/9 Em9 Ah, se ela soubesse, Que quando ela passa, O mundo sorrindo se enche de graça
A7/6 Dmaj9 D6/9 E fica mais lindo, Por causa do amor
O parceiro Por Roberto Bendia
De Antônio Carlos Jobim já falamos há duas luas. Agora é a vez de seu parceirinho, Vinicius de Morais. Nascido em 1913, numa época bastante romântica para Ipanema que era só areal (ou felicidade, como dizia). Vinícius era o homem típico colonizador de Ipanema, pelo menos em se tratando de freqüência aos bares e à praia. A mídia o tratava nos anos 60 como o "homem típico de Ipanema". Demarcava como ninguém a geografia compreendida entre o Arpoador e o Jardim de Alah. Era o 'poetinha' camarada entre seus parceiros de canções, que além de Tom Jobim figuraram: Carlos Lira, Baden Powell, Edu Lôbo, Toquinho, sendo este seu fiel escudeiro até a morte. Vinícius, além de poeta, foi jornalista e diplomata. Serviu ao Itamaraty na França, em 1953. E como jornalista fez um pouco de tudo: crítica de cinema, coluna de discos, crônica diária e até um consultório sentimental com o pseudônimo "Helenice".
Em 9 de julho de 1980, sem problema aparente,
cumpria um velho ritual: horas de imersão na banheira, cercado
de livros, papéis, lápis, telefone, uísque e gelo.
Pela manhã, a empregada o encontrou inconsciente na banheira.
Teve um edema pulmonar e veio a falecer. Uma frase sua: Nada melhor para a saúde do que um amor correspondido. Canções inesquecíveis em parceria com Tom: A felicidade, Água de beber, Amor em paz, Chega de saudade, Estrada branca, Eu sei que vou te amar, O nosso amor, Por toda a minha vida, Se todos fossem iguais a você, Só danço samba. |
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Momento
mágico Tom, Vinícius de Moraes, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal e Carlos Lyra |
Com Toquinho fez uma canção antológica em homenagem ao Jobim: Carta ao Tom 74.
Veja depoimento de Luis Nacif sobre Vinicius de Morais
Carlos Lyra, o romântico
Por Roberto Bendia
Carlos Lyra nasceu em 11 de maio de 1935. Sua infância foi atravessada mantendo contato com a música. Também, não poderia deixar de ser: sua família era de músicos. Começou dedilhando um piano de brinquedo e depois soprando gaita. E nesse compasso diante da música seguiu sua adolescência, quando alcançou um público admirador ainda na escola |
Foi para os bancos da universidade fazer arquitetura, mas trocou a profissão pela música. Suas primeiras composições foram na linha samba-canção, na década de 50. Despertou para a Bossa Nova quando Silvinha Telles gravou "Menina" em 56. Na outra face do disco tinha "Foi a noite", de Tom Jobim e Newton Mendonça, música que veio a ser um toque para o movimento de Bossa Nova que se iniciava. A partir daí, encantado com o novo jeito de fazer música, Carlos Lyra e suas composições chegaram aos ouvidos de quem afirmam ser o pai da Bossa Nova: João Gilberto.
Casou-se com a boneca loira americana Kate, que veio a ser artista de TV e cinema na década de 70, levando seu charme falando português com sotaque americano.
Carlos Lyra chegou também a fazer teatro e cinema. Não se sabe ao certo o porquê, envolveu-se com sua segunda paixão: a astrologia. E foi com ela que quis ser reconhecido na década de 70, pois achava que a Bossa Nova já havia passado.
Mas quis o destino que o público lá dos tempos de escola se juntasse ao público dos colégios nos anos 80. A Bossa Nova tomou novo impulso, sua música voltou a encantar, dessa vez por todo o país. E suas composições devidamente conhecidas e reconhecidas.
No livro de Luiz Carlos Maciel e Ângela Chaves, "Eles e Eu", contando as memórias de Ronaldo Bôscoli, tem uma passagem que fala sobre o gênio difícil e o ciúme de Carlos Lyra com Ronaldo Bôscoli. Carlinhos achava que Ronaldo queria aparecer como o todo poderoso da Bossa Nova. Mas não era bem isso. Bôscoli era jornalista e como tal estava sempre por dentro dos bastidores. No final do texto Ronaldo Bôscoli solta um brado: "Deixa eu gostar de você, pô!". Mas com ele Carlos Lyra compôs uma linda canção: "Se é tarde me perdoa". Essa música Ronaldo dedicou a seu grande amor mal resolvido: Nara Leão. Mas essa já é uma outra história.
Músicas de sucesso
Você e eu
Carlos Lira e Vinícius de Morais
Introdução: D6/9 Gm7 F7+
D7+ Dm7 Podem me chamar e me pedir e me rogar D7+ E podem mesmo falar mal F#m5-/7 B5+/7 Ficar de mal que não faz mal G7+ Gm7 C7/9 Podem preparar milhões de festas ao luar D7+ Ab° Que eu não vou ir, melhor nem pedir G/A Eu não vou ir, não quero ir D7+ Bm7 E também podem me entregar C#7/9+ Até sorrir, até chorar D7+ Bm7 B5+/7 E podem mesmo imaginar o que melhor lhes parecer G7+ C7/9 Podem espalhar que eu estou cansado de viver F#m7 B5+/7 E7/9 E que é uma pena para quem me conheceu D7+ B5+/7 E7/9 A7/6 D7+ Eu sou mais você e eu
Produtor, diretor e compositor
Por Roberto Bendia
Ronaldo Bôscoli, ou melhor, Ronaldo Fernando Esquerdo Bôscoli, produtor, diretor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, capital, em 28 de outubro de 1928.
Descendente de uma família de artistas (era sobrinho-bisneto da compositora Chiquinha Gonzaga e primo do ator Jardel Filho), começou a trabalhar em 1951 -assim que saiu do colégio- como jornalista esportivo no "Diário da Noite". A convite de Samuel Wainer foi trabalhar como repórter no "Última Hora", onde se aproximou de Nelson Rodrigues. Nessa ocasião iniciou amizade com Vinicius de Moraes, que já havia jogado o seu charme para sua irmã, Lila, com quem se casaria tempos depois. Amigo de vários músicos e artistas e disposto a trocar as redações pela noite carioca, tornou-se um dos principais agitadores do movimento musical que mais tarde ficaria conhecido como Bossa Nova.
Em 1958 transferiu-se para a recém-fundada
Manchete esportiva e, posteriormente, para a revista "Manchete".
Fez parte do pequeno grupo que deu início ao movimento da Bossa Nova,
organizando e apresentando seus primeiros shows na faculdade de arquitetura
do Rio e no Clube Israelita, além de escrever crônicas na "Última
Hora", propagando o movimento.
Em 1956 conheceu Luiz Carlos Miéle, com quem mais tarde passa a compor a famosa dupla de produtores Miéle & Bôscoli. Em 1959 idealizou seu primeiro pocket-show -expressão lançada por ele- apresentando, no Little Club, Odete Lara acompanhada de Sérgio Mendes e seu conjunto. Organizou e dirigiu então dezenas de shows no lendário Beco das Garrafas, onde ganhou o apelido de "O Véio", não só por ser mais velho que a turma de artistas, mas pelo jeito ranzinza e reacionário. O Beco, graças ao Ronaldo, contou com as presenças marcantes de Nara Leão, Sílvia Teles, Elis Regina, Copa Trio etc. Escreveu sua primeira letra em 1957, "Sente", musicada por Chico Feitosa e interpretada no mesmo ano por Norma Benguel para o seu LP "Oh Norma", da gravadora Odeon. |
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Escreveu com Carlos Lyra duas canções: "Lobo bobo" e "Saudade fez um samba" para o histórico disco "Chega de saudade", de João Gilberto, lançado em 1959. Fez com Oscar Castro Neves "Não faz assim".
Passou a compor com mais freqüência
ao lado de um novo e fiel parceiro: Roberto Menescal, que também conheceu
em 1956. Juntos, assinaram vários clássicos da Bossa Nova, como
"O Barquinho", "Nós e o Mar", "Telefone",
"Me lembro vagamente" e "Balançamba. Suas
composições apareceram no LP "Balançamba",
gravado por Lúcio Alves, na Elenco, com arranjos de Carlos Monteiro
de Sousa.
Em 1962 Miéle & Bôscoli realizaram o último pocket-show
no Beco das Garrafas, com a dupla Wilson Simonal e Rosinha de Valença.
Seguiram-se o show de Bossa Nova, no Golden Room do Copacabana Palace
Hotel, o show de Joan Crawford em 1967, a excursão da Rhodia que levou
Wilson Simonal e Luís Carlos Vinhas à Europa.
Dirigiu programas de televisão, como a última fase do "Fino da Bossa", com Elis Regina, na TV Record. Casou-se com Elis em 1967, com quem viveu uma conturbada relação até o divórcio em 1972.
Em 1971 montou o show de Wilson Simonal e Sarah Vaughan no teatro Tuca, em São Paulo. A maior produção artística com Miéle foi a transformação de Roberto Carlos em cantor romântico, no início da década de 1970. A parceria com Roberto Carlos obteve tanto êxito que a dupla dirigiu por 24 anos os seus shows no Canecão, no Rio de Janeiro.
Durante a década de 80 seguiu escrevendo programas para a TV Globo e produzindo um show anual de Roberto Carlos, mas deixou de ter a mesma influência no cenário musical.
Depois do casamento desfeito com Elis Regina, de quem teve um filho -João Marcelo-, casou-se com Heloísa de Souza Paiva de quem teve dois filhos -Bernardo e Mariana.
Separou-se de novo e morreu só, lutando
contra o câncer na próstata em 18 de novembro de 1994.
Em 1994 foi publicado com sucesso o livro de memórias "Eles e
eu - Memórias de Ronaldo Bôscoli", depoimento feito a Luís
Carlos Maciel e Ângela Chaves (Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro,
1994). Em 1997 foi lançado o livro "Ronaldo Bôscoli, o senhor
Bossa Nova", depoimento de José Jorge Pessanha, que trabalhou
17 anos com ele.
Músicas de sucesso
Em parceria com Roberto Menescal
Em parceira com Carlos Lyra
Lobo bobo
Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli
Era um vez um lobo mau
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém
Mas arriscou e logo se estrepou
Um chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Mas o lobo insiste
E faz cara de triste
Chapeuzinho ouviu
Os conselhos da vovó
Dizer que "não" pra lobo
Que com lobo não sai só
Lobo canta
Pede, promete tudo, até amor
E diz que fraco de lobo
É ver um chapeuzinho de maiô
Mas chapeuzinho percebeu
Que o lobo mau se derreteu
Pra ver você que lobo
Também faz papel de bobo
Só posso lhe dizer
Chapeuzinho agora traz
Um lobo na coleira
Que não janta nunca mais
Lobo bobo...uuuuuh...
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Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Eu e
a brisa", de Johnny Alf
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No tempo da Bossa Nova