|
|
Gerenciamento sem fronteiras
Enviado pelo autor, Jundiaí (terra da uva)-SP
Por Faustino Vicente,
consultor de empresas
E-mail: faustino.vicente@uol.com.br
16 abril, 2006
Entre os e-mails que recebemos sobre um de nossos artigos "Dinheiro Motiva?" destacamos as seguintes colocações: ...exerço minha profissão numa empresa que é muito boa para trabalhar.Tem muitos benefícios, mas infelizmente dá poucas oportunidades de crescimento. Os empregados estão desmotivados por não verem futuro profissional. Muitos estudam, mas mesmo assim quando surge uma vaga é raro pegarem quem já trabalha lá. Trabalho na empresa há quatro anos, estou estudando, faço cursos,mas ainda não consegui um cargo melhor. Sou líder de àrea, sou muito elogiada por todos, mas é só. Os gerentes acham que só os prêmios são suficientes para motivar.
Trabalho numa empresa, que não é pequena, mas a chefia é centralizadora. Aqui vale a máxima: quem pode manda, quem tem juízo obedece.Quero participar,sentir que sou parte da organização,quero interagir.
Essas manifestações nos levam à refletir sobre um tema da mais alta importância para recursos humanos. É inquestionável que as fantásticas inovações tecnológicas, das últimas décadas, provocaram transformações estruturais em todos os segmentos da sociedade, desde o mundo dos negócios e até as relações interpessoais. Como exemplo passamos a destacar os meios de transmissão das olimpíadas o maior espetáculo da terra.
A primeira olimpíada dos tempos modernos foi realizada em Atenas (1896), e, a tecnologia da época era o telégrafo. Paris (1924), rádio. Berlim (1936), cinema. Helsinque (1952), placares eletrônicos. Roma (1960), televisão e telex. Tóquio (1964), cronômetros eletrônicos e células fotoelétricas. Munique (1972), transmissão de TV via satélite e em cores. Seul (1988), fax. Atlanta (1996), telefone celular. Em Sydney,(2000), a novidade foi a sedutora Internet. Ela ditou um novo estilo de relações em todos os segmentos. Há um evidente descompasso entre o progresso material do mundo e a melhoria das relações interpessoais no trabalho. Esta evoluiu timidamente. Em alguns aspectos a tecnologia aproximou distâncias e distanciou proximidades. Para motivar os funcionários é preciso melhorar a comunicação interna e fazer com que o corpo gerencial da empresa pratique, diuturnamente, a liderança compartilhada. É dividindo que se soma.
Ao longo do nosso trabalho de consultoria temos desenvolvido pesquisas com grupos dos mais variados segmentos e,no topo do ranking das necessidades humanas, aparece com acentuada pontuação o anseio dos funcionários em revelar e desenvolver as suas competências e as suas habilidades. Para ir de encontro a essa expectativa dos colaboradores, uma das estratégias mais eficazes reside na implementação de um sistema que consolide o espírito de equipe.Exemplo? Os fundamentos do vôlei. A globalização, que trouxe na carona, o acirramento da competitividade internacional exige estratégias que conciliem interesse dos acionistas lucro e sonho dos funcionários construir uma carreira bem-sucedida e duradoura.
A implementação do SEI sistema de excelência interativa oferece aos funcionários a liberdade de dar idéias que tenham como objetivos a melhoria contínua da qualidade, o aumento da produtividade, a lipoaspiração dos custos e a harmonização do clima organizacional. São esses fatores estratégicos que tornam o ambiente de trabalho prazeroso, encantam os clientes e oxigenam a lucratividade. Esse sistema prevê o envolvimento, a conscientização, a capacitação e o comprometimento de todos os dirigentes e funcionários do presidente ao servente. Nas empresas de classe mundial não há lugar para funcionários, todos são gerentes.
O executivo que tiver a ousadia, e a humildade, de descentralizar o poder decisório, agregará valor à sua biografia e ganhará a medalha de ouro olímpica em gestão de recursos humanos, o respeito, a estima e a admiração de seus funcionários.
Deu no New York Times
Enviado pelo Joni Lopes, Rio de Janeiro-Capital
22 fevereiro, 2006
Gerentes de uma editora americana estão tentando descobrir porque ninguém
notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa havia
CINCO DIAS, até que alguém perguntou se ele estava bem.
George Turklebaum, 51, que trabalhava como revisor em uma firma de Nova York
há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava
(andar aberto, sem divisórias) com outros 23 funcionários.
Ele morreu na segunda-feira, mas ninguém notou até o sábado
seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou
porque ainda estava trabalhando no final de semana.
Seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: "O George era sempre o primeiro a
chegar todo dia e o último a sair no final do expediente. Ele estava
sempre envolvido no seu trabalho e o fazia sozinho". Ironicamente, George
estava revisando um livro médico quando morreu.
Comentário
De vez em quando balance a cabeça para os seus colegas de trabalho
terem certeza de que você está vivo.
Mas esse é o aspecto atual das relações interpessoais
entre patrões e empregados. É preciso estreitar a comunicação,
mais calor humano...
Os limites da tolerância
Enviada pela autora, São Paulo-capital
Por Priscila de Loureiro Coelho, consultora de desenvolvimento de pessoas
2 fevereriro, 2006
Em épocas difíceis os valores
que pautam a conduta do ser humano são postos à prova. Justamente
em momentos de crise podemos conhecer parte do conteúdo interior das
pessoas, uma vez que a "censura" é praticamente anestesiada
pela intensidade de emoção que ali se manifesta.
Vivemos num momento peculiar na história da humanidade. A sociedade,
de maneira geral, passa por uma transformação considerável,
em decorrência dos avanços científicos, do advento da
informática, internet, entre tantas outras novidades que se instalam
no cotidiano das pessoas, com uma rapidez vertiginosa. A rapidez com que tudo
acontece não permite que haja tempo para que se assimilem padrões
de conduta, mais adequados às novas estruturas que vão surgindo.
Ocorre que o comportamento humano é a expressão, em ação,
do conteúdo interior que possui. Os valores, as crenças, conceitos,
pré-conceitos, enfim, a cultura em sua abrangência mais sutil,
e sua carga genética.
Uma das características marcantes da atualidade é o culto ao
tempo. Por alguma razão a sociedade contemporânea, praticamente,
persegue o tempo, como se dele fosse extrair uma parcela a mais, assegurando-lhe
algo vantajoso e vital. Temos então um quadro perverso, já que
produz a ilusão de eficiência. Esta compulsão em relação
ao tempo, provoca nas pessoas uma ansiedade que, invariavelmente, passa a
interferir no grau de tolerância que se utiliza para lidar com dia a
dia.
Uma vez que estão todos correndo, afobados e provavelmente sobrecarregados, a tendência é exaltar-se sempre que algo desvie sua atenção, interrompa, ou saia diferente do previsto. O que se deseja ressaltar é: até que ponto esta atitude irrefletida pode afetar a qualidade de vida das pessoas, pode interferir na produtividade efetiva de um profissional, e criar sérios desentendimentos nas relações interpessoais.
Estudos já mostram que a intolerância
é produto da tensão constante entre o desejar e o realizar.
Avalia-se o grau de tolerância das pessoas baseado na capacidade que
o indivíduo tem de driblar os contratempos sem chegar ao limite de
sua paciência, e consequentemente, sem reagir tempestivamente, no decorrer
desta tensão.
A tolerância nada mais é que a habilidade para contornar diferenças,
conflitos e até o caos, sem abrir mão da razão e bom
senso.
Albert Einstein dizia que no meio da dificuldade
está a oportunidade. Se tivermos flexibilidade para lidar com conflitos,
diferenças e dificuldades teremos a oportunidade de descobrir coisas
novas, não raras vezes, e em diversos aspectos de nossa vida.
O estresse causado pelas inúmeras solicitações impostas
pela sociedade, tal como está configurada, leva o ser humano a perder
o contato com as coisas mais simples e que lhe proporcionavam bem estar e
prazer. Isso se agrava conforme o tempo passa e esta tensão não
se desfaz, apertando ainda mais o cerco, induzindo a um estado de agonia crônica,
que muitas vezes não é percebido a não ser quando já
está exacerbado.
O ser humano nasceu com o impulso para ser feliz, e pode-se afirmar que a felicidade é a capacidade de lidar adequadamente com cada situação que se vive. Se não consegue lidar com sua rotina, de tal sorte que sinta-se relativamente confortável, a infelicidade vai se avolumando aos poucos e provocando efeitos nocivos na conduta deste indivíduo.
O resultado desse processo é a intolerância
em seu grau mais agudo. Isso estabelece uma relação propícia
a violência, retro alimentada pela generalização deste
comportamento na sociedade como um todo.
Tudo começa com uma pequena falta de paciência, e se não
é bem trabalhada irá progredindo num crescer até ganhar
proporções desastrosas que impedirão qualquer relacionamento
saudável.
Muito comum sermos, ironicamente, tolerantes
com a intolerância das pessoas em algumas situações. Não
alcançamos talvez, a gravidade e importância que este comportamento
tem na vida de quem o pratica e de todas que com ela se relacionam.
Quando levantamos bandeiras, organizamos movimentos, investimos em propagandas
e campanhas em prol da Paz, esquecemos que a violência não esta
fora do ser humano, mas dentro dele. Que o que vemos fora são os efeitos
que a violência provoca. Sabe-se que para resolver um problema é
necessário chegar à causa e lidar com ela, pois só assim
desaparecerão os efeitos que ela provoca.
Portanto, é de extrema importância que todos nos, que formamos a sociedade, tenhamos a consciência de que é preciso haver tolerância, aceitação e flexibilidade em todos os segmentos de nossa vida. Para isso deve-se investir sim na compreensão das pessoas em relação ao comportamento. Primeiro mudamos o modo de pensar e depois o modo de agir.
Impossível exterminar a violência, pois ela habita dentro de cada ser humano. Penso que se deve levar em conta a utilidade que tem, nos auxiliando em determinadas situações. O que me parece lógico e necessário é aprender a lidar com ela. Há que se conduzi-la e não sermos por ela dominados. Precisamos aprender a dirigi-la satisfatoriamente de modo a torná-la uma aliada em nossa vida, que seja produtiva e não destrutiva.
Esse talvez seja um dos grandes desafios que a modernidade nos lança. Não podemos assistir a degeneração das relações interpessoais sem interferir, uma vez que temos o poder e a capacidade para tal. E enquanto o ser humano distrair-se imaginando estratégias para acabar com a violência na sociedade, tendo como objeto os efeitos, nada conseguirá e estará retardando a evolução da humanidade.
Se refletirmos sobre os limites da tolerância, estaremos em ultima análise, levando em conta a essência da cidadania, que nada mais é do que viver em harmonia dentro das diferenças.
Que tal aceitarmos o desafio todos juntos?
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Influência do jazz", de Carlos Lyra
Nota
para a seqüência Midi: ****
Participe do Jornal dos Amigos,
cada vez mais um jornal cidadão
O Jornal dos Amigos agradece a seus colaboradores e incentiva os leitores a enviarem textos, fotos ou ilustrações com sugestões de idéias, artigos, poesias, crônicas, amenidades, anedotas, receitas culinárias, casos interessantes, qualquer coisa que possa interessar a seus amigos. Escreva para o e-mail:
Se o conteúdo
estiver de acordo com a linha editorial do jornal, será publicado.
Não esqueça de citar seu nome, a cidade de origem e a fonte
da informação.
Solicitamos
a nossos colaboradores que, ao enviarem seus textos, retirem as "flechas",
isto é, limpem os textos daquelas "sujeiras" de reenvio do
e-mail. Isso facilita bastante para nós na diagramação.
www.jornaldosamigos.com.br
Gestão