Que bicho é este?
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Foto
Roberto Bendia |
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Durante um passeio pela
propriedade de Guilherme Dumont, engenheiro florestal e ambientalista
-localizada
em Macacos, Nova Lima-MG-, defrontamos
com o bichinho acima que acabara de parir seus rebentos. De forma
alguma esboçou alguma reação com nossa presença.
O lugar estava úmido, resultado das últimas chuvas.
Solicitamos aos biólogos que escrevam para o JA e digam
que bicho é esse.
A
bióloga Olíria
Fontani Villarinhos, do Instituto Estadual de Florestas de Minas
Gerais, nos informou tratar-se de uma Cuica, um animal marsupial
parente do canguru. Muitas vezes é confundido com o gambá,
mas é um grande preservador da gabiroba, uma árvore
em extinção. A cuíca -assim como inúmeros
outros seres vivos- promove a degradação da matéria
orgânica e a fertilização da terra, o que
a coloca como membro de um grupo especial de animais, batizados
por pesquisadores de jardineiros da floresta.
Restam 6,98% de Mata Atlântica
Nos últimos
cinco anos foram desmatados cerca
de 95 mil hectares, o equivalente a 8 mil Maracanãs
Fonte: O
Tempo
18 dezembro, 2006
A
Mata Atlântica possui hoje 6,98% de sua cobertura vegetal
original, segundo levantamento parcial realizado recentemente
pela organização não governamental (ONG)
SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE).
A
redução verificada entre 2000 e 2005 é
mínima, mas, não, em números absolutos.
Em cinco anos, foram desmatados 95.066 hectares, equivalente
a 8 mil Maracanãs.
É muita vegetação derrubada para o
bioma mais desmatado do país, um dos mais ameaçados
do mundo e que guarda em locais de difícil acesso,
como a serra do Mar, seus maiores estoques.
Originalmente
havia 136 milhões de hectares de floresta tropical
atlântica. Em oito Estados analisados, sobram 9,47
milhões de hectares desse tipo de matas, restingas
e mangues que formavam o bioma quando os portugueses chegaram.
Goiás foi o que desmatou num ritmo mais alto.
Nos seis anos analisados, foram destruídos 7,94%
do que existia no Estado em 2000. Mas foi o Paraná
que perdeu a maior área: 28.142 hectares de florestas
e 87 hectares de restinga.
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A Mata Atlântica é uma
formação vegetal que acompanha o litoral brasilerio
do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões
meridional e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste
chegava até Argentina e Paraguai. Cobria importantes
trechos de serras e escarpas do planalto brasileiro, e era
contínua com a Floresta Amazonica. Foi a segunda
maior floresta tropical em ocorrência e importância
na América do Sul, em especial no Brasil.
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Mata Atlântica no Hotspots
O conceito dos Hotspots foi
criado em 1988 pelo dr. Norman Myers. São 10 áreas
críticas para conservação em todo o mundo.
Essa estratégia foi adotada pela Conservation International
para estabelecer prioridades em seus programas de conservação,
assim como pela John D. & Catherine T. MacArthur Foundation
A Mata Atlântica está
entre os cinco primeiros colocados na lista dos Hotspots. O total
de mamíferos, aves, répteis e anfíbios que
ali ocorrem alcança 1361 espécies, sendo que 567
são endêmicas, representando 2% de todas as espécies
do planeta, somente para esses grupos de vertebrados. A Mata Atlântica,
que possui 20 mil espécies de plantas -das quais 8 mil
são endêmicas- é o segundo maior bloco de
floresta tropical do Brasil. Inclui diversos tipos de ecossistemas
tropicais, como as faixas litorâneas do Atlântico,
as florestas de baixada e de encosta da Serra do Mar, as florestas
interioranas e as matas de Araucária.
Originalmente, a Mata Atlântica
ocupava 1.290.000 km² do território brasileiro. Os
impactos de diferentes ciclos de exploração e a
concentração das maiores cidades e núcleos
industriais fizeram com que a vegetação natural
fosse reduzida drasticamente. A devastação foi maior
nas áreas planas da região costeira e na estreita
faixa litorânea do Nordeste, onde resta menos de 1% da floresta
original.
Insensatez no
Mato Grosso
Enviado pela autora,
Brasilia-DF
Por Sonia Wiedmann
15 dezembro,
2006
O Parque Estadual Cristalino, localizado
nos municípios de Alta Floresta e Novo Mundo, no Mato Grosso,
é reconhecido no Brasil e internacionalmente como um dos
melhores destinos de ecoturismo. Isso ocorre graças à
visão de longo prazo dos proprietários da RPPN do
Cristalino Lodge, que investiram em um empreendimento em que a
qualidade se encontra com a sustentabilidade, além de projetos
de conservação em uma região de alta biodiversidade
e chave para proteger a Amazônia.
O que acontece
A Assembléia Legislativa
do Estado de Mato Grosso está estudando um substitutivo
de projeto de lei que, na prática, reduz a área
sob proteção ambiental no Parque Estadual Cristalino
em 14%. A redução beneficiaria fazendeiros locais,
numa área sob forte pressão de desmatamento. Um
dos apoiadores da medida é o presidente da Casa e vice-governador
eleito do Estado, Silval Barbosa (PMDB).
Todos perdem
A aprovação do substitutivo
para atender a insensatez de alguns, que só pensam no próprio
benefício, significa que:
- o Brasil perde,
- a Amazônia perde,
- o Mato Grosso perde,
- Alta Floresta e Novo Mundo perdem,
- a área de Cristalino
perde.
Como ajudar
Assinando o manifesto contido no
site http://www.ecobrasil.org.br.
Comércio de animais silvestres
Fonte: IEF-MG
10 dezembro, 2006
O comércio ilegal de animais
silvestres movimenta cerca de 20 milhões de dólares
por ano, de acordo com o relatório da Rede Nacional de
Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). O Brasil
é responsável por até 15% do total mundial.
A prática é a terceira atividade ilícita
no mundo, só perdendo para o comércio de armas e
de drogas. Segundo dados da Polícia de Meio Ambiente do
Estado de Minas Gerais, na Região Metropolitana são
apreendidos cerca de 10 mil pássaros por ano.
Ter um animal silvestre em casa
é possível, mas é preciso estar de acordo
com a Lei e a regulamentação do IBAMA.
Degelo na Sibéria
pode piorar aquecimento global
Enviado por Philippe
Piet van Putten, Florianópolis-SC
Fonte: Folha Online
9 setembro, 2006
O solo congelado da Sibéria
pode guardar uma bomba-relógio do aquecimento global, afirma
uma nova pesquisa. Conforme a Terra esquenta, gases-estufa capazes
de tornar o planeta ainda mais abafado estão escapando
do chão em velocidade cinco vezes maior do que o esperado.
Nesse tipo de chão, conhecido
como "permafrost", são especialmente grandes
as quantidades de metano, um gás-estufa 23 vezes mais poderoso
que o dióxido de carbono, principal vilão do aquecimento
global hoje. Os pesquisadores temem que se instaure uma espécie
de "feedback", ou círculo vicioso.
"Quanto mais alta a temperatura
fica, mais permafrost derretemos, e maior a tendência
de que surja esse círculo vicioso", afirmou Chris
Field, diretor de ecologia global da Instituição
Carnegie de Washington (EUA). "Essa é a parte assustadora
dessa coisa. Há vários mecanismos que tendem a ser
autoperpetuadores e relativamente poucos capazes de desligar esse
processo", disse Field, que não participou do estudo,
publicado na revista científica "Nature" (www.nature.com).
O efeito vem basicamente da Sibéria,
mas também de outros lugares, onde um tipo de "permafrost"
rico em matéria orgânica congelou há 40 mil
anos.
"Os efeitos podem ser enormes",
disse Katey Walter, principal autora do estudo, da Universidade
do Alasca em Fairbanks. "Há muita coisa saindo, e
ainda há muita coisa que pode sair". A evaporação
não deve acontecer de uma vez e levaria décadas
para se completar, mas o metano e também o dióxido
de carbono vão escapar do solo se as temperaturas aumentarem,
afirma.
"É como uma bomba-relógio
em câmera lenta", compara Ted Schuur, da Universidade
da Flórida. Nesse tipo de solo congelado, plantas ricas
em carbono ficaram presas no gelo durante um período glacial
que veio rápido demais. Conforme o "permafrost"
derrete, o carbono contido na matéria morta é liberado
na forma de metano, se estiver debaixo d'água, em lagos,
como boa parte da Sibéria estudada por Walter. Se estiver
no seco, o carbono é liberado na forma de dióxido
de carbono (CO2).
Os cientistas ainda não
sabem o que é pior. Embora o metano seja muito mais eficiente
em reter calor, só dura cerca de uma década na atmosfera.
Já o dióxido de carbono funciona como um cobertor
atmosférico durante mais de um século, em média.
"O resumo da ópera
é que é melhor deixar esse negócio congelado
no chão", diz Schuur. "Mas estamos chegando ao
ponto em que mais e mais dele está indo parar na atmosfera",
afirma.
Na Sibéria, a grande quantidade
de lagos complica a situação porque a água,
embora fria, ajuda a aquecer e derreter o permafrost, afirma
Walker.
Descarte de pilhas e baterias
Fonte: Instituto
Akatu
18 dezembro, 2006
Pilhas e baterias são produtos
que merecem cuidados especiais na hora de serem descartados, isto
é, jogados ao lixo. Isso porque trazem substâncias
tóxicas (metais) em sua composição.
Nas cidades onde há aterros
sanitários, com sistemas de impermeabilização
do solo, os metais tóxicos não causam danos ao meio
ambiente.
Mas em muitas cidades brasileiras,
o lixo ainda é depositado em lixões, que não
têm qualquer sistema de impermeabilização.
Assim, as substâncias tóxicas vão para o solo
e contaminam os lençóis dágua subterrâneos.
A legislação
brasileira proíbe o lançamento de pilhas e baterias
"in natura" a céu aberto, tanto em áreas
urbanas como rurais; queima a céu aberto ou em recipientes,
instalações ou equipamentos não adequados,
conforme legislação vigente; lançamento em
corpos d'água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços
ou cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de drenagem
de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo
que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.
Veja aqui
reportagem completa
Aquecimento global pode gerar
crise ambiental no Brasil
Enviado por Philippe Piet van
Putten, Florianópolis-SC
Fonte: BBC Brasil e Estadão
Online
23 agosto, 2006
Litoral com ciclones tropicais
e avanço do nível do mar, floresta amazônica
e nordeste com paisagens de deserto e uma reorganização
da produção agrícola brasileira. Esses
são alguns cenários que a organização
não-governamental Greenpeace prevê para o Brasil
no próximo século, devido ao aquecimento global.
A previsão está no
documento Mudanças do Clima, Mudanças de Vida
- Como o aquecimento global já afeta o Brasil, apresentado
pela ONG nessa quarta-feira (23), em São Paulo.
O levantamento -que inclui pesquisas
de universidades e órgãos ambientais nacionais e
internacionais- mostra como o efeito estufa está afetando
cada uma das regiões brasileiras e como seria o futuro
do Brasil com o aumento global das temperaturas.
Cita a população
das cidades da costa brasileira -hoje estimada em 42 milhões-
enfrentaria também o aumento de 30 cm a 80 cm do nível
do mar nos próximos 50 a 80 anos. Com
isso, as construções a beira-mar desapareceriam,
provocando o remanejamento de moradores. Os sistemas de esgoto
mais precários não suportariam a alteração
do nível do mar.
O aquecimento global seria responsável
por um grande rearranjo na geografia da produção
agrícola brasileira, segundo o estudo.
Citando pesquisas da Embrapa, o relatório do Greenpeace
diz que a cultura do café deve migrar para a região
Sul, em busca de temperaturas máximas mais amenas.
Já as culturas de arroz,
milho, feijão e soja se deslocariam para o Centro-Oeste.
Todos os plantios, no entanto, teriam perdas significativas de
área cultivada.
As áreas destinadas à
soja -um dos principais produtos agrícolas de exportação
do Brasil- poderiam ter uma redução de até
75%.
A Amazônia é
uma das principais ênfases do relatório do Greenpeace.
De acordo com o documento,
o desmatamento da região contribui hoje com 200 a 300 milhões
de toneladas anuais de emissão de gases de efeito estufa
- o dobro ou triplo do que é emitido no Brasil através
da queima de combustíveis fósseis. Com
o aquecimento global, a Amazônia poderia entrar em um processo
de savanização, tornando algumas de suas áreas
mais secas e pobres que o cerrado brasileiro nos próximos
50 anos.
Um estudo da ONU, citado pelo relatório,
indica que até o final do século 21, os desertos
podem ter aumento de temperatura entre 1º C a 7º C.
N o semi-árido brasileiro,
o impacto é avaliado pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) de 2º C a 5º C. Nesse
cenário, o problema da água enfrentando hoje pelo
Nordeste se tornaria ainda mais crônico, com a vegetação
da caatinga dando lugar a uma paisagem de zonas totalmente áridas.
A o mesmo tempo, o semi-árido
nordestino ficaria mais vulnerável a chuvas torrenciais
e enchentes, resultando em graves impactos sócio-ambientais.
O documento alerta que o mundo
está se encaminhando rapidamente para um aumento de 2ºC
na temperatura global, que é considerada uma marca muito
perigosa.
Oportunidade de colocação
Enviada por Sonia
Wiedmann, Brasília-DF
19 dezembro, 2006
Empresa multinacional sediada em
Curitiba procura gerente de Meio Ambiente. A empresa é
reconhecida internacionalmente por sua preocupação
ambiental e responsabilidade social.
O profissional desejado deve ter
formação superior completa e experiência em
Meio Ambiente nos seguintes assuntos: Programas de coleta seletiva
de lixo; Reciclagem de materiais; Redução de consumo
de energia e água; Destinação final de resíduos
e Gestão Ambiental. Além disso, inglês fluente,
capacidade de implantar, gerenciar e controlar programas de Meio
Ambiente em diversas localidades do Brasil, ótimo relacionamento
interpessoal, característica de facilitador, profundos
conhecimentos da norma ISO 14001. Desejável pós-graduação
em Meio Ambiente.
Considerações adicionais: Deverá residir
em Curitiba, seguirá normas e políticas da matriz
internacional e terá um grande desafio profissional na
implantação de programas voltados
à melhoria ambiental.
Salário entre e 5 e 5,5 mil
reais, benefícios de grandes empresas e ótimo ambiente
de trabalho.
Os Interessados deverão enviar currículo em português
e inglês, com urgência, para o e-mail: facility@institutotalentos.com.br,
aos cuidados de Patrícia Longhi.
Partido
Verde no Brasil
O Partido
Verde foi criado
no Brasil em 1986 para, em sua essência, defender a vida.
Não só no Brasil, mas por intermédio de atitudes
ter desdobramento planetário. Acontece que, pela própria
natureza humana, poder e dinheiro significam muitas vezes mudança
de rumo. E preocupados com a mudança de rumo da filosofia
em que o Partido Verde foi criado, membros do PV da cidade do
Rio de Janeiro resolveram criar o grupo de discussão Democracia
Verde. Esse
grupo discute política ambiental, política interna
do PV e assuntos ligados ao meio ambiente. Caso você se
interesse em participar é só digitar seu e-mail
na janela abaixo.
O administrador
do grupo é Glauber Pinheiro, Engenheiro Florestal, presidente
da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais - SBEF
e membro do PV.
Edição
anterior
Música
de fundo em arquivo MIDI (experimental):
"Espirito de verão",
de Eumir Deodato
Nota para a seqüência MIDI: *****
Participe
do Jornal
dos Amigos, cada
vez mais um jornal cidadão
O
Jornal dos Amigos agradece a seus colaboradores e incentiva os
leitores a enviarem textos, fotos ou ilustrações
com sugestões de idéias, artigos, poesias, crônicas,
amenidades, anedotas, receitas culinárias, casos interessantes,
qualquer coisa que possa interessar seus amigos. Escreva para
o e-mail:
Se
o conteúdo estiver de acordo com a linha editorial do jornal,
será publicado.
Não
esqueça de citar seu nome, a cidade de origem e a fonte
da informação.
Solicitamos
a nossos colaboradores que, ao enviarem seus textos, retirem as
"flechas", isto é,
limpem os textos daquelas "sujeiras" de reenvio do e-mail.
Isso facilita bastante para nós na edição.
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