Você e o meio ambiente

Por Luiz Roberto Bendia, editor do Jornal dos Amigos e
Secretário Estadual de Comunicação do PV Minas Gerais

A natureza é sábia

Quem tem mais sabedoria? Você ou a natureza?

Sinto muito em desapontá-lo(a), mas é a natureza. Ela não só é sábia, mas abundante, paciente e generosa.

Sábia porque esconde consigo o mistério da vida, da reprodução, da interação perfeita e equilibrada entre seus elementos.

Abundante em sua diversidade, em sua riqueza genética, em sua maravilha e em seus encantos.

É paciente. Isso porque não conta seus ciclos em horas, minutos e segundos, nem no calendário gregoriano com o qual estamos acostumados a fazer planos, cáculos, contagens...

E generosa porque acolhe o homem com sua inteligência, seu significado divino, desbravador, consquistador, insaciável...

Mas o homem tem extrapolado seus poderes. É quando a natureza se cala ou se revolta. Mas ela, tendo oportunidades, volta majestosa sobrepondo a obra humana, tornando a ocupar seu espaço e sua importância devida.

Ao longo da história da humanidade, somente a partir do século 18 o homem começou a enxergar a importância dos recursos naturais. Determinou necessidades de seguir regras claras que considerem e respeitem a biodiviersidade e os elementos que compõe o planeta Terra.

A lei dos homens veio para proteger os rios, as matas, o ar, as montanhas, os animais, os peixes, enfim, o planeta! Nesse sentido o homem foi sábio. Mas é a Lei da Natureza que é soberana no meio ambiente.



As mudanças climáticas

Se houver aumento de 1,8ºC a 2ºC na temperatura média do planeta,
poderá ocorrer o desaparecimento de 24% das espécies vivas conhecidas

Segundo informações de cientistas, até 2030 espera-se um aumento de 2ºC na temperatura da Terra, com um índice variando de 0,2 a 0,4 graus por década. Contribuirão para esses cálculos certos mecanismos da natureza, complexos e pouco conhecidos pela ciência. Quando há intereferência nesses mecanismos, há resposta em cadeia de vários sistemas interligados.

Num mundo cada vez mais quente, as plantas respiram mais rápido e liberam mais gás carbônico para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Aliado a isso, tem-se a liberação de gás carbônico pela queima de florestas, motores a combustível a base de petróleo e fábricas. É por isso que já constatamos mudanças abruptas nos padrões climáticos devido ao volume concentrado de gás carbônico na atmosfera.

Segundo estudos da Universidade de Leeds, na Inglaterra, se houver aumento de 1,8ºC a 2ºC na temperatura média do planeta (estimativa provável), ocorrerá o desaparecimento de 24% das espécies vivas conhecidas. Das 163 espécies do cerrado brasileiro analisadas nas pesquisa, 52 poderão desaparecer.

Com o calor, a camada dos oceanos que absorve o gás carbônico diminuirá e menos quantidade dele será removida da atmosfera. Mais calor, mais evaporação, mais vapor d'água na atmosfera, que é outro causador do efeito estufa.

O degelo das calotas polares libera grandes quantidades de gás metano (congelado na matéria orgânica), que também é causador do efeito estufa.

A destuição da camada de ozônio -proveniente de gases CFC (clorofluorcarbônicos)- reduz ainda mais a capacidade que os oceanos têm de absorver o gás carbônico, pois essa absorção é realizada pelos fitoplânctons que morrem sem a proteção da referida camada.


Alerta: nível do mar começa a se elevar

A temperatura aumentando em razão do efeito estufa, os índices pluviométricos se alteram e as temperaturas se intensificam. O derretimento das calotas polares farão com que o nível do mar se eleve. Considera-se também que as águas aquecidas apresentam maior volume. Com isso, países insulares poderão ser inteiramente cobertos pelas águas, e continentes poderão ter suas faixas costeiras destruídas (no litoral norte e nordeste brasileiro esses efeitos já se fazem sentir).

A prova de que já começaram os efeitos da elevação da temperatura foi observada na Península Antártida, em janeiro de 1995. Um canal de 70 quilômetros de extensão formou-se junto à ilha de James Ross, entre o continente e o mar. O canal abriu-se em uma área que por 20 mil anos estivera coberta pelo gelo.

Maldivas, ilhas do oceano Índico, é outra prova do melefício do efeito estufa. A previsão é que estarão cobertas pelas águas até 2050. Hoje, nessas ilhas, a água doce vem sendo contaminada pela água salgada.


Música de fundo em arquivo MIDI (experimental):
"Allegro", de Mozar
Nota para a seqüência MIDI: *****

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Belo Horizonte, 15 fevereiro, 2004

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