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O imperador Hailé Selassié
Enviado por Joni Lopes, Rio de Janeiro-Capital
O episódio do imperador Selassié deve ser de conhecimento de os
maiores de 50 anos. Mas vale a pena relembrá-lo para as jovens gerações
que estão assistindo a falta de decisão do presidente da República
Por Sebastião
Nery
Fonte: Jornal Diário de Pernambuco
8 abril, 2004
Estava jantando com o presidente Kubitschek
no Palácio da Alvorada, aproxima-se um assessor e lhe diz qualquer
coisa no ouvido. Selassié parou um instante, pensou, voltou a jantar
tranquilamente. Juscelino percebeu:
- Alguma coisa, imperador?
- Presidente, acabo de ser deposto por meu filho, na Abissínia
(hoje novamente Etiópia). Mas eu sei que o rei sou eu. Não
vamos alterar o nosso programa. Quero apenas, quando sairmos daqui, uma
audiência reservada com o senhor.
Depois do jantar, foram para o gabinete, Selassié pediu a Juscelino
que convocasse o gerente do Citibank. Queria sacar US$ 100 mil para alugar
um avião e mandar de volta os cem generais que tinham vindo com
ele.
Juscelino chamou, veio o gerente. Não podia ser. O dinheiro, depositado
em nome do País, já tinha sido bloqueado por ordem do novo
governo de Adis-Abeba. Só havia uma possibilidade: se o Brasil
avalizasse o cheque.
JK mandou chamar o secretário-geral do Itamaraty, Edmundo Barbosa
da Silva, que estava respondendo pelo ministério do Exterior, porque
o ministro Horácio Lafer estava viajando.
Na hora de assinar o cheque, avalizando-o, o embaixador tremeu tanto que
a assinatura não saía. Juscelino tomou-lhe a caneta:
- Ora, Edmundo, me dá isso que eu assino.
Juscelino assinou, avalizou o cheque, Selassié alugou um avião
da Panair, embarcou na frente de seus cem generais, cumpriu fielmente
todo o programa no Brasil e voltou para Adis-Abeba. Os três chefes
do golpe o "ras" Imru, primeiro-ministro, o general Girmamé
Neway, governador de província, e seu irmão Mengistu, comandante
da guarda
imperial, mataram um grupo de nobres que tinham tomado como reféns,
e "suicidaram-se" depois.
Selassié deu uma surra de chicote, no meio da praça central,
no filho e príncipe herdeiro, Merede Azimach-Asfa Wessen Hailé
Selassié, mandou-o para Londres como embaixador. E continuou imperador
até setembro de 74, quando afinal foi deposto e preso por um golpe
militar, aos 82 anos.
Em 74, quando Selassié foi derrubado, perguntei a Juscelino:
- Presidente, e se o Leão de Judá não conseguisse
reassumir?
- O prejuízo seria de US$
100 mil. Muito mais barato do que deixar e sustentar no Copacabana Palace,
e todas as noites no Sacha's, cem generais criolos abusados, mal-acostumados
com o poder total.
E deu uma de suas gargalhadas de janela abertas e olhos fechados. Parou
um pouco, pensou, falou mais para ele do que para mim:
- Tanto faz ser imperador na Etiópia, presidente no Brasil ou prefeito
em Diamantina. Chega uma hora de decidir. E quem tem que decidir é
você, eleito pelo povo ou herdeiro de uma ditadura africana. Ouve,
discute, analisa, mas não pode transferir a decisão. Se
transferir, não dá certo. Na hora ou lá na frente,
vai ficar pior. No
Governo você tem sempre que saber que rei você é.
O problema mais dramático que o País enfrenta hoje não
é o modelo econômico inviável, a economia trôpega,
quase paralítica, o desemprego galopando, a questão social
explodindo, a sangria salarial gritando nas ruas, o Banco Central cada
dia mais um transgênico sindicatão de banqueiros.
Tudo isso podia ser enfrentado por um governo de verdade. Mas governo
de verdade é governo que decide. E o País de repente passou
a perceber que esta é nossa maior tragédia: Lula é
um Presidente que não preside, um governante que não governa,
um mandatário que não decide.
E não é má vontade ou má fé. É
inapetência, preguiça. Ele é assim mesmo. Sempre foi.
Faz parte da natureza dele. E acha que sempre deu certo.
No primeiro ano, o País foi embalado pela palavra fácil,
pela lábia solta de Lula, que encantava uma metade e engabelava
a outra. Mas chegou uma hora em que é preciso mostrar alguma coisa,
transformar palavras em fatos.
E todo mundo de repente começou a se dar conta de que este é
o nó da questão: falta um presidente. O País elegeu
um presidente e Lula é um prefalante. Votamos em Lula para governar
e ele não gosta de governar.
Vejam a Imprensa. Só se fala nisso. Numa só página
da "Folha", três artigos dizem:
"o Governo Lula não sabe administrar" (Vinícius
Freire);
"o presidente não sabe bem o que fazer para governar"
(Heitor Cony) e,
"a maior carência do Brasil hoje é a falta de governo"
(José Serra).
Cadê meu voto?
As duas faces da moeda
Enviado por Paulo Sérgio Loredo, São Paulo-Capital
Por Alcides Amaral,
jornalista, ex-presidente do Citibank S.A., autor do livro "Os Limões
da Minha Limonada" - Editora Cultura
E-mail: alcides.amaral@uol.com.br
Fonte: O Estado de S.Paulo
25 julho, 2005
"O PT vai ter de ser reinventado. O PT vive a pior crise da sua história
e esse é o fim de uma fase" - Tarso Genro, novo presidente
do partido, tendo a discordar do presidente Lula quando ele afirma que
"o Brasil não merece tudo isso que está acontecendo".
Merece, sim, pois fomos nós, mais de 52 milhões de brasileiros,
que o elegemos, a ele e ao Partido dos Trabalhadores (PT), para nos governar.
Embora essa afirmação seja injusta para com todos aqueles
que não votaram nos companheiros do PT, assim é a vida.
Como, de acordo com o velho ditado, cada povo tem o governo que merece,
o presidente Lula é o presidente dos 170 milhões de brasileiros,
queiramos ou não. Ele e sua equipe são responsáveis
pelo destino deste pobre país, que hoje nos envergonha e nos humilha.
A imprensa internacional já percebeu a gravidade da crise por que
estamos passando e o Brasil passa a ser olhado com desconfiança.
E, quando a senadora Heloisa Helena afirma na CPI dos Correios que agradece
"a Deus por ter sido expulsa do PT", nada mais precisa ser dito.
A verdade é que a eleição do PT para governar o Brasil foi uma decisão de risco, uma vez que todos sabiam que lhe faltavam equipe e experiência administrativa para conduzir um país como o nosso. Administrar Estados e municípios fornece alguns subsídios importantes, mas a Presidência do País é algo muito mais complexo e fica ainda mais difícil quando o próprio presidente eleito não tem experiência administrativa alguma. O presidente Lula tinha -e ainda tem- uma bela história de vida. Foi um grande líder metalúrgico, mas daí a ser um bom e eficiente presidente da República vai uma diferença muito grande. Isso tudo não era novidade para a grande maioria, mas o povo brasileiro deixou que 52 milhões de "petistas" o colocassem no cargo mais alto da nossa hierarquia política. Portanto, estamos colhendo aquilo que plantamos.
O que, entretanto, causa mais revolta é que o PT construiu duas décadas de história dizendo ser o defensor de um país mais justo, mais democrático e mais ético. E o que estamos vendo é que, na primeira oportunidade, a ética foi jogada para o espaço e Brasília se transformou num verdadeiro lamaçal. Milhões de brasileiros foram iludidos por esse discurso que parecia ser genuíno e sincero, o que nos deixa a todos revoltados e, em certas circunstâncias, enojados.
O presidente Lula, devidamente blindado e aparentemente alheio a tudo o que acontece no Congresso Nacional envolvendo o seu PT, ainda vem a público -como o fez na última viagem a Paris- para afirmar: "Tenho o PT como filho. Porque sou um dos fundadores. Em 20 anos, o PT chegou à Presidência, coisa que muitos partidos demoram cem anos para conseguir".
As últimas pesquisas do Ibope mostram, entretanto, que o afeto dos "filhos" não é mais o mesmo, pois, se em março de 2005 cerca de 60% dos brasileiros confiavam no presidente e apenas 34% tinham restrições, agora, em julho de 2005, aqueles que ainda confiam no presidente se reduziram para 53% e os brasileiros que não confiam já alcançam 42% da população. O aumento da corrupção é visto pela população como o maior dos males atuais do Brasil, um país em que não há segurança e onde muitos brasileiros ainda morrem de frio e de fome.
Há os mais exaltados, como o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, que afirmou recentemente: "Vamos acabar com essa história de que Lula não sabia de nada. Ou ele é um completo idiota ou sabia, sim, de toda a corrupção que se passou embaixo do seu nariz". Não chegamos a esse extremo, mas não podemos ignorar o mal-estar existente pelo fato de o presidente dizer não saber nada do que se passa na cúpula do PT, seu filho. Entretanto, como toda moeda tem duas faces, há os mais otimistas, que vêem o lado positivo dessa bandalheira toda. Se a crise que estamos atravessando não tomar proporções tais que venham a afetar os rumos da nossa economia (a única coisa de bom que ainda nos resta), tudo bem. O custo será pequeno para nos vermos livres do PT.
É uma experiência por que tínhamos de passar, os custos aí estão, mas a longo prazo isso deve ser bom para o País. Como o PT, segundo ainda o seu novo presidente, Tarso Genro, "vive crise moral e devastadora", é de esperar que nas novas eleições tudo venha a ser diferente. Esse é, pelo menos, o meu desejo. Depois desse escândalo todo que emporcalha a Nação, chegou a hora de termos a nossa reforma política. Mas não a reforma política efetuada pelos políticos, e sim aquela realizada pelo povo brasileiro. Em não havendo candidato ou candidatos que nos dêem a segurança de que teremos dirigentes à altura deste país, vamos dizer um sonoro "não" nas urnas. Quando tivermos um presidente eleito pelo povo com menos votos do que os nulos e em branco, a história pode mudar. Ao invés de assumir o poder e "começar a gastar" os milhões de votos conseguidos nas urnas, o novo mandatário terá de trabalhar para conquistar a confiança da população. Sem isso mal poderá governar, não terá "trunfos" para gastar. Terá, pois, de obter o respaldo popular para poder, efetivamente, administrar o País.
Se, entretanto, continuarmos a agir como temos feito até agora, colocando, com votação significativa, o "menos pior" no poder, nada mudará neste país. E teremos de continuar ouvindo que "o Brasil não merece tudo isso o que está acontecendo". Merece, sim!
Linha de raciocínio
Autoria desconhecida
28 julho, 2005
Quando foi a primeira
denúncia de corrupção no PT?
- Quando o prefeito Celso Daniel foi assassinado. Todos os familiares,
inclusive o irmão do prefeito morto, afirmam que Celso Daniel foi
assassinado por ter escoberto um esquema de corrupção na
prefeitura de Santo André. E os familiares dizem mais: Que o dinheiro
da corrupção era destinado ao Deputado José Dirceu.
Um dos irmãos de Daniel espera ansioso por uma acareação
com José Dirceu, que nunca foi autorizada pela Justiça,
aliás, a Polícia foi impedida de investigar José
Dirceu.
Qual era, inicialmente,
o objetivo dos dirigentes do PT com a corrupção instalada
nas prefeituras?
- Fazer de Lula o presidente do País para chegar à máquina
do Governo Federal e poder angariar mais dinheiro para o partido, a fim
de tornar a estrutura política mais forte da América Latina
e, quem sabe assim, impor o regime "UTÓPICO" tão
sonhado por José Dirceu.
Quando a facção
representada por José Dirceu do PT chegou ao governo, quais foram
as suas táticas para fortalecer o partido e tornar LULA o presidente
latino do tal regime "UTÓPICO"?
- Inicialmente, o objetivo era fazer NADA, absolutamente NADA PELO PAÍS,
mas SIM, por esta FACÇÃO DO "PT". Então,
NENHUM BURACO FOI TAPADO, nenhum projeto foi levado adiante. O primeiro
passo foi administrar TODOS os cargos importantes do PODER EXECUTIVO,
qualquer CARGO que pudesse representar retorno a esta FACÇÃO
DO PARTIDO, LIDERADA POR JOSÉ DIRCEU, inteligentemente "ADMINISTRADA".
Logo em seguida, COMPROU-SE UM AVIÃO bem equipado, para que LULA
pudesse ser o REPRESENTANTE LATINO do tal "regime utópico"
(isso foi acertado, inclusive, com Fidel Castro e com Hugo Chaves, da
Venezuela, que ganhou de Lula uma emissora de TV no Brasil (Canal 8 na
NET - ACONSELHO QUE ASSISTAM A PROGRAMAÇÃO), para divulgar
o "regime utópico". Mas esquecem de dizer que o tal regime
é DITATORIAL.
Qual era o maior objetivo com o MENSALÃO?
- Fortalecer ainda mais ESTA FACÇÃO DO PT, com os projetos
sendo aprovados e o presidente LULA ganhando os LOUROS de uma "estabilidade
política" e o partido se MANTERIA indefinidamente no PODER,
podendo assim continuar ANGARIANDO FUNDOS para seus objetivos espúrios.
Portanto, os deputados só estariam FORTALECENDO ainda mais a estrutura
corrupta desta FACÇÃO DO PT liderada por José Dirceu.
Por que a FACÇÃO do PT
não queria a CPI?
- Por que não era o momento de se desvendar as táticas espúrias
de José Dirceu e eles cometeram um erro grave ao tentar incriminar
Roberto Jefferson, que assim como Celso Daniel, SABIA DEMAIS.
O "MENSALÃO"
então, NÃO era o CRIME mais grave?
- Não, o mensalão pago aos Deputados não era o pior
crime praticado por essa FACÇÃO DO PT liderada por José
Dirceu, que buscava continuar indefinidamente no poder, pois através
do controle da estrutura governamental (licitações fraudulentas,
contratos milionários com empresas de comunicação)
esta FACÇÃO DO PARTIDO queria destruir o regime democrático
existente no país (assim como na Venezuela) e constituir um novo
regime com toda a estrutura "ideológica" existente NESTA
FACÇÃO do PT (registre-se aqui, que não eram todos
os integrantes). Dos R$ 1.200.000.000,00 (Um bilhão e duzentos
milhões) desviados por esta facção do PT, só
vinte milhões foram gastos com o mensalão (UMA NINHARIA
DIANTE DOS NÚMEROS ASTRONÔMICOS).
Como funcionava o
esquema para arrecadar dinheiro para esta FACÇÃO DO PARTIDO?
- Através do domínio da máquina governamental. Em
verdade, Marcos Valério era uma das "pontas" de arrecadação
e lavagem. Responsável pela "publicidade" do Governo,
Marcos Valério era um, entre vários "laranjas"
do partido. Em síntese, ESTA FACÇÃO DO PT, administrando
os CARGOS, determinava o "vencedor" das licitações
MILIONÁRIAS. As empresas vencedoras das licitações
eram, em verdades, "laranjas" que atuavam como RECEPTORES desta
FACÇÃO DO PARTIDO. Isso foi comprovado através do
empréstimo autorizado por José Genoíno e avalisado
por Marcos Valério que, por fim, acabou pagando o empréstimo
com o DINHEIRO QUE O MESMO MARCOS VALÉRIO GANHAVA ATRAVÉS
DAS LICITAÇÕES FRAUDULENTAS.
Lula sabia de tudo?
- Lula sabia de tudo...ele é analfabeto, mas não é
burro!
Especial
Carta de solidariedade
ao presidente da República
Enviado por Marcos Garcia
Jansen, Belo Horizonte-MG
22 julho, 2005
Por Paulo de Faria Pinho, advogado, poeta e escritor, autor de: "Alcoolicamente" - editora Relume Dumará, obra vencedora da bolsa para escritores brasileiros do Ministério da Cultura, categoria poesia; "Memórias sem maquiagem" - editora Cultura, sobre a vida do produtor e rei da noite, Carlos Machado; "Calçadas do Leblon" - editora 7 Letras, poesia; "Boêmios & Bebidas" - editora Casa da Palavra, livro sobre a boemia do Rio de Janeiro e "O Azarão" - editora Garamond, folhetim erótico. Tem trabalhos sobre o cantor, poeta e compositor Jacques Brel publicado em jornais do Rio, Bruxelas e na revista da Fondation Internationale Jacques Brel
Prezado Senhor Presidente,
Hoje eu li uma declaração do senhor - eu leio tudo que o
senhor fala porque o senhor é o meu guru. Afinal o senhor e eu
falamos muito parecido. Nós dois estudamos português com
o grande filólogo Ibrahim Sued - eu gostava do Turco, era gente
boa, parecido com nós, ele também não era muito chegado
a usar o tal do esse no final das frases - afinal eu acho uma grande estupidez
esse (agora é pronome) negócio do objeto concordar com o
sujeito. São duas coisas completamente diferentes.
Objeto é coisa, tipo mala, cueca, dólar, dinheiro, mesada, sei lá, tem muita coisa que é objeto; já sujeito é gente, como o seu filho, gente mais do que legal o seu filhinho, bom de negócio, tem futuro o menino, valeu mesmo apostarem nele; gente é o José Genoíno, fantástico orador, como é bem articulado o seu companheiro, mal comparando, até faz lembrar o falecido Carlos Lacerda. Cara mais do que maneiro o Genoíno, um pouco ingênuo, fica assinando uns papéis sem ler antes, mas isso acontece com muita gente, o Senhor não precisa se preocupar; gente é o carequinha Marcos Valério, tremendo criador de bois, vacas, cavalos e outro bichos.
Por falar em bicho, e o Waldomiro? Por onde anda? Ele era assessor do seu amigo José Dirceu, esse também é gente, logo sujeito, sujeito de duas caras, é verdade, mas o Senhor sabe como é fazer plástica, parece que muda muito o sujeito. Eu nunca fiz porque sou duro, mas acho que estou precisando dar uma recauchutada. Mas se um dia fizer, quero fazer com o mesmo médico que operou o Zé Dirceu, médico bom tal aí, mudou a cara e o caráter do sujeito de uma só vez. Gostei muito! E tem muita mais gente, como o Luiz Gushiken, empresário desastrado, foi só deixar a empresa com os cunhados, assumir o ministério e as empresas começaram a dar um lucro do tamanho de um bonde, mas o Senhor também não precisa se preocupar porque como dizia o rei das favelas, o falecido engenheiro -sem diploma- Leonel Brizola, cunhado não é parente...
E tem mais gente, como o tesoureiro Delúbio Soares, dizem que na outra encarnação ele trabalhou com um tal do Alí Babá. O Alí parece que dispensou os outros quarenta! Pois é, voltando ao que o Senhor falou que o Brasil não merece o que estão fazendo com ele, eu confesso que apesar de ser um profundo admirador do seu raciocínio sempre claro, dessa vez não entendi nada. Quem está fazendo uma sujeira que não tem mais nome - nome tem, só que não dá para escrever em um jornal de respeito, é exatamente o seu partido e toda essa gente que eu fui citando nessas mais do que mal traçadas linhas. E quando eu tentava com a minha pouca inteligência entender o que o Senhor queria dizer, vi que ao lado havia uma declaração de um senador do PSDB, um certo Arthur Virgílio, dizendo que o Senhor era, na melhor das hipóteses, idiota, e, na pior, corrupto.
Senhor Presidente, confesso que fiquei muito chateado com esse senhor. Isso é falta de respeito com uma pessoa como o Senhor, um cidadão digno, que lutou toda a vida contra preconceitos, uma pessoa correta, um homem preocupado com o povo brasileiro, em acabar com fome, com a miséria, com o desemprego dos petistas, com as desigualdades. Preocupado, no seu portentoso avião, em mostrar ao mundo inteiro para o Senhor e a sua Senhora -dizem que ela mandou fazer cem vestidos para todos os presidentes dos países que o Senhor está sempre visitando verem que a esposa do nosso amado Presidente sabe se vestir- um homem que, para facilitar a vida política do Brasil, criou trinta e cinco secretarias e ministérios, cobrindo, com tão desprendido gesto, todos os setores nacionais.
Mostrar um homem que vive preocupado com o boné de plantão, que tem de aturar dos arruaceiros do MST, pensar no vinho francês que vai beber no jantar -eta saudade boa dos tempos da caninha da roça-, mostrar também um homem que nunca se afastou das suas raízes populares -tanto que adora uma quadrilha-, mostrar ainda um homem que nunca perdeu a cabeça, perdeu uma parte do dedinho e conseguiu uma aposentadoria por incapacidade para trabalhar, o que sempre me pareceu muito justo, porque uma falange é fundamental para o exercício de qualquer profissão, até de presidente da República - tem uns loucos, como o tal do Aleijadinho, que amarrava um martelo e um cinzel em suas mãos destruídas e criava obras eternas, mas só louco é que faz uma coisa dessas. E o Senhor, de louco não tem nada, nem de idiota, como falou o senador despeitado. Ele tem é inveja do Senhor, do homem brilhante, gente de fé, sujeito, nunca objeto, que com sua inteligência conseguiu que cinqüenta e três milhões de idiotas votassem no Senhor.
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Delibes pizzicato"
Nota para a seqüência MIDI: *****
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