Reforma no legislativo já
Enviado pelo autor, Belo Horizonte-MG
Por Marcilio Moreira,
professor, consultor de marketing, promoções e eventos
E-mail: maramor171@yahoo.com.br
Não adianta mais ficarmos apontando
os erros e/ou criticando as aberrações da política
brasileira, pois isso já se integrou a sua rotina. Temos de ter
atitude e apresentar soluções. E essas soluções
passam obrigatoriamente por uma reforma política descente, principalmente
austera, indo ao encontro dos anseios da população. Reforma
política feita pelos políticos seria o mesmo que a revisão
do código penal brasileiro realizada pelos detentos.
"Somos a matéria
prima deste país e temos muitas coisas boas, mas nos falta ainda
muito para sermos os homens e mulheres que o nosso Brasil precisa. Esses
defeitos, essa esperteza brasileira congênita, essa desonestidade
em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se
em casos de escândalos, essa falta de qualidade humana, real e
ruim, tem que acabar"
João Ubaldo
Ribeiro
Quem vai ganhar essa batalha?
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1.
Ética
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2.
Justiça
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3.
Dignidade
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4.
Honestidade
-
5.
Transparência
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6.
Respeito
-
7.
Confiança
-
8.
Liberdade
-
9.
Trabalho
-
10.
Solidariedade
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Contra-Valores
- 1. Corrupção
- 2. Injustiça
- 3. Desigualdade
- 4. Desonestidade
- 5. Escândalos
- 6. Desrespeito
- 7. Desconfiança
- 8. Oportunismo
- 9. Esperteza
- 10. Impunidade
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Propostas
Reforma política
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Elaborada
e votada pelos parlamentares.
- Ouve-se falar
mas ninguém assume a iniciativa. Os políticos por
terem receios de perderem algumas prerrogativas e a sociedade
por não se organizar.
- Se os políticos
fizerem esta reforma, mais uma vez estariam legislando em causa
própria, ou seja, olhariam somente para si e seus partidos.
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- Elaborada pela
sociedade e
votada pelos políticos.
- O povo não
pode e não deve continuar passivo. Tem que se organizar
e apresentar ao país uma proposta de Reforma, coerente
e sobretudo consistente.
- A Reforma política
feita pelos políticos é o mesmo que a revisão
do código penal brasileiro realizada pelos detentos.
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Campanhas políticas
Financiamento de campanha
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Caixa 2
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- É uma prática
normal no Brasil
- Apesar de proibido,
todos sabemos que a maioria dos partidos e seus respectivos políticos
se utilizam dessa prática.
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- Caixa 2 é
crime.
- Uma vez identificada,
os responsáveis serão levados à justiça
comum e não às CPI's,
e punidos exemplarmente e com rigor, tanto o político como
seu partido.
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Caixa 1
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Não existe
controles eficazes para as doações de campanhas
- Existe uma forma
legal para se fazer as doações de verbas para as
campanhas, que são declaradas pelos candidatos. Todos sabemos
que os valores declarados nunca são verdadeiros.
- É tão
complicado quanto o "Caixa 2", uma vez que os candidatos
se elegem já com o "rabo preso".As empresas que
colocam dinheiro nessas campanhas esperam sempre a contrapartida
de seu investimento, e aí somos nós que pagamos.
- Os custos de
uma campanha são absurdos, e só com publicidade,
de baixo nível, absurdamente repetitiva, e suja. Após
o pleito, poucos se elegem, muitos perdem, muito dinheiro se gasta
e nada fica de bom para a população, só papel
e sujeira.
- Estranho. O valor
que se gasta numa campanha "nunca é recuperado com
o salário do parlamentar durante todo seu tempo de mandato.
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- Estabelecer valores
teto para as campanhas, para vereadores, deputados estaduais,
federais e senadores.
- A verba de campanha
deverá ser contabilizada oficialmente e investida de forma
planejada, em projetos de interesses sociais, deixando algo de
bom para a população após o pleito eleitoral,
e não só a sujeira e poluição visual.
- As empresas deveriam
investir nos candidatos melhores para o país, e não
para os seus próprios interesses, esperando a contrapartida
dos seus candidatos..
- Estabelecer valores
máximos que uma empresa poderá investir em um candidato
e após o pleito eleitoral, fiscalizar bem de perto estas
empresas.
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Voto obrigatório
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- O povo brasileiro
é obrigado a votar.
- Obrigar as pessoas
a votarem, num país como o nosso, é a forma mais
sagaz de manipular e iludir o população sem cultura.
- O voto obrigatório,
provavelmente determina maiores custos de campanhas.
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- O voto será
facultativo.
- Os custos das
campanhas se tornariam menores, já que os candidatos terão
de se apresentar para muito menos pessoas. A questão será
muito mais estratégica do que quantidade de peças
de campanha e evitaria a "compra de votos", tão
comuns nos pleitos eleitorais brasileiros.
- O eleitor não
cria nenhuma relação com o eleito, na verdade, nem
se lembra em quem votou na última.
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Divulgação de pesquisas
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- A mídia
divulga as pesquisas de intenção de votos.
- O povo é
altamente manipulado. Não tem cultura e tão pouco
opinião própria.O que mais se ouve é "Não
vou perder o meu voto".
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- Não será
permitido a divulgação das pesquisas.
- Será um
instrumento de marketing apenas para orientar as agências
de comunicação a definirem suas estratégias,
e não para influenciar o voto do povo.
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Voto distrital
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- O candidato faz
sua campanha em várias regiões.
- Os custos das
campanhas são muito altos e o compromisso do candidato
para com seus eleitores é mínimo.
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- O voto será
distrital.
- Os custos de campanha
será substancialmente reduzidos e o candidato terá
uma maior responsabilidade para com os eleitores daquela sua região.
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Exposição na mídia
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- O tempo de exposição
é determinado de acordo com o tamanho do partido e suas
coligações.
- Maus candidatos
em grandes partidos terão maior exposição,
por conseguinte, maiores chances de se elegerem. A recíproca
não é verdadeira.
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- O tempo será
igual para todos os candidatos independentemente do tamanho de
seu partido.
- Os candidatos,
independentemente do tamanho de seu partido, terão tempos
iguais nas TVs e rádios; o Brasil precisa de bons governantes
e não de candidatos poderosos.
- Analisemos uma
situação totalmente hipotética. Numa campanha
à presidência da República, de um lado pelo
PSDB o sr. Sadan Hussen e do outro, pelo PSD o sr. Jucelino Kubstcheck.
Este segundo não teria a menor chance diante da quantidade
de exposição da mídia.
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Showmícios
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Shows de artistas
famosos para levar públicos para ouvirem os candidatos
falarem (mentiras).
- Os artistas fazem
os shows independentemente de suas ideologias políticas,
sem qualquer responsabilidade, única e exclusivamente em
função do dinheiro. Depois, insatisfeitos com a
atuação de seus clientes-candidatos, vão
para os veículos de comunicação para reclamarem
da situação sócio econômica e cultural
do país. Ora, não é um contra senso?
- Shows caríssimos.
Nesta época o preço dos shows quase que duplicam
os seus preços. Poderíamos então chamar esses
artistas de mercenários e/ou oportunistas?
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- Proibir definitivamente
essa pratica
- Proibir definitivamente
esta ação em campanhas.
- Artistas deveriam
sim se envolver em campanhas, não fazendo shows visando
o aspecto financeiro, mas sim vinculando suas imagens aos políticos,
dentro de suas convicções.
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Políticos em atividade
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Em todo pleito
fazem suas campanhas normalmente.
- Gasta-se muito
dinheiro, alguns até envolvem a máquina governamental
nas suas campanhas.
- Enquanto estão
no poder, trabalham única e exclusivamente visando os seus
interesses e do seu partido, depois das empresas que investiram
em suas campanhas e, por fim, se der, no povo. No ano de eleições,
contratam grandes empresas de comunicação, a peso
de ouro, para, estrategicamente.
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- Não poderão
mais fazer campanhas.
- Durante os 4 anos
de seu mandato, se trabalhasse efetivamente pelos interesses da
sociedade, com uma equipe de profissionais competentes e não
de parentes e amigo (nepotismo), estariam se qualificando para
um novo mandato, sem a necessidade de se gastar muito dinheiro
conforme se faz nas campanhas convencionais.
- Na época
de eleição, visitam favelas, creches, orfanatos,
azilos e escolas, prometendo mundos e fundos, trabahando mais
de 10 horas por dia; mas depois de eleitos, nunca mais visitam
estes locais. Se continuassem, estariam fazendo suas respectivas
campanhas para o próximo pleito.
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Voto de legenda
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- A coligação
precisa atingir o coeficiente eleitoral.
- Muitas vezes alguns
políticos são eleitos com uma pequena margem de
votos, favorecidos pelos chamados puxadores de votos, candidatos
famosos ou normalmente os mais poderosos.
- Cria-se um poder
paralelo, pois os eleitos através da força daquele
político, certamente serão manipulados por ele.
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- O voto será
na relação partidária.
- Com a distritalização
do voto, o eleitor passa a votar na relação de candidatos
apresentadas pelo partido e ou coligação.
- Serão eleito
aqueles que tiverem mais votos nas urnas.
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Fidelidade partidária
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Trocam-se de partidos
de acordo com os "interesses".
- A fidelidade partidária
é coisa do passado. Não existe ideologia partidária,
o que vemos é acordos e jogos de interesses.
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- Não poderá
haver troca de partido.
- Só poderá
trocar de partido na próxima eleição e o
can-didato terá de disputar o pleito por aquele novo partido.
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Verticalização partidária
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Querem acabar
com ela.
- Acabando-se com
a verticalização estaríamos oficializando
e legiti-mando a bandalheira política no pais.
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- Será preservada
na íntegra.
- Não podemos
permitir que a ética e a ideologia dos partidos se banalizem
diante dos interesses de alguns políticos inescrupulosos.
As alianças devem ser feitas com os mesmos partidos em
todo o território nacional.
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Reeleição
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Os poderosos se
perpeturam no poder.
- O que vemos hoje
não são os melhores candidatos sendo reeleitos e
sim os mais articulados e poderosos economicamente.
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- Poderá
ser reeleito apenas 1 vez, ou...
- A partir desta
posição, o candidato, para se reeleger terá
de obter 50% a mais dos votos do que recebeu na última
eleição, e assim sucessivamente a cada novo pleito,
independentemente qual seja o seu partido.
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Projetos
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Aprovam projetos
de seus interesses.
- Os projetos levados
pelos parlamentares para votação, muitas vezes são
visando seus próprios interesses, pois no momento da reeleição,
contratam as melhores empresas de comunicação para
articularem suas campanhas, lógico, a preço de ouro...
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- Terão de
aprovar projetos de interesse da sociedade.
- Para se reeleger,
o parlamentar terá de aprovar a cada ano, pelo menos um
grande projeto de interesse da sociedade.
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Suplência
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Os próprios
senadores escolhem seus suplentes.
- Atualmente, são
os próprios senadores de indicam seus suplentes. Ora, se
este homem for considerado de conduta duvidosa, será que
ele indicaria um homem de boa índole para substituí-lo?
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- Os suplentes serão
determinados pelos votos.
- Aquele que tiver
mais voto, mas não o suficiente para se eleger, será
automaticamente o suplente, tanto para senadores, deputados e
vereadores.
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Quantidade de partidos
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Temos hoje 27
partidos.
- São muitos
partidos, alguns apenas de aluguel.
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- Devemos ter cerca
de 8 partidos.
- Devemos substituir
a quantidade pela qualidade.
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Eleições Gerais
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Atualmente
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Nossa
proposta
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- Temos hoje eleições
a cada 2 anos.
- Altos custos para
a realização dessas eleições.
- Os parlamentares
deixam seu trabalho para se dedicarem à campanhas de outros
candidatos.
Exemplo: Deputados apoiando vereadores e prefeitos.
- Interrupção
nos projetos em andamento por renovação dos políticos
e incompatibilidades políticas.
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- Realizar apenas
um pleito eleitoral a cada 4 anos.
- Reduzir drasticamente
os custos com eleições.
- Reduzir os custos
com campanhas.
- Ter mais unidade
no desenvolvimento dos trabalhos.
- Cada candidato
trabalhará na sua própria campanha.
- Poupar a população
de votar a cada 2 anos.
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Continua
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"Marina", de Dorival Caymmi
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Nota para a seqüência MIDI: ****
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