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Enviado pelo autor, Belo Horizonte-MG
18 novembro, 2007
O paradoxo do orgulho e da vergonha de ser brasileiro
Somente uma sociedade corrupta e sem-vergonha pode admitir que seu presidente declare, impunemente, que: "Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Inventem uma coisa para criticar. Agora, por falta de democracia na Venezuela, não é."
Por Geraldo Almendra
Sinto vergonha da sociedade em que vivo pelo fato de estarmos deixando, pacificamente, nosso país ser destruído por um ignorante desqualificado, um delinqüente da política que está fazendo do poder público um covil de corruptos, bandidos e prevaricadores, e transformando nosso país em um Estado Comunista de Direito, em que a desonestidade intelectual, pública ou privada, interpreta as ações dos podres poderes da República e seus resultados, de acordo com o relativismo calhorda dos interesses adquiridos pelos ideólogos do projeto de poder perpétuo do petismo.
Uma sociedade que presencia, sem reação, um fascista, líder de um país vizinho, ser chamado de democrata, e sua ditadura qualificada como plena democracia, afirmação feita por um prostituto da política que quer, também, se eternizar no poder em nosso país.
Uma sociedade que presencia, sem luta, a vitória do submundo da corrupção sobre a honestidade, a moralidade, a ética a honra, e a degeneração definitiva de um poder público que alicia os canalhas de ocasião, sem fronteira de cultura, educação ou de profissão, e beneficia mais de 100 mil militantes da canalhice prostituta da política que servem aos podres poderes da República, com mordomias e sinecuras inacessíveis para mais de 95 % da sociedade que trabalha arduamente para sustentar suas famílias e pagar seus impostos.
Uma sociedade que tem nas suas Forças Armadas meros expectadores -adormecidos em suas casernas- da tomada do poder público pelos meliantes cúmplices do Foro de São Paulo.
Uma sociedade covarde que presencia o assassinato da cidadania em todos os seus termos por aqueles que são pagos com nossos impostos, para favorecer uma burguesia de canalhas e seus cúmplices das elites dirigentes.
Uma sociedade em que a ignorância predomina fazendo-se satisfeita com as esmolas oferecidas pelo Estado em troca de votos, e abrindo mão da luta honesta por oportunidades de trabalho, educação, cultura, e caminhos éticos para o crescimento com esforço individual.
Uma sociedade que admite que o projeto do PT para o Brasil seja um projeto de poder para o PT e para sua nova burguesia, que vive em função do trabalho dos outros, e que tem demonstrado, explicitamente, a inexistência de limites éticos e morais em suas ações para sustentar a tomada do Estado por gangs de militantes e seus cúmplices.
Uma sociedade em que ser servidor público virou um sonho de pertencer à mesma corja de exploradores do trabalho dos pagadores de impostos, que trabalham mais de cinco meses por ano para o Estado em troca de serviços públicos que não cumprem suas funções sociais, e servem apenas para consolidar uma casta de cidadãos para viver explorando os contribuintes.
Estamos presenciando um vergonhoso entreguismo de milhares de cidadãos, manipulados pela falência da educação e que estão se tornando dependentes do Estado, e, ao mesmo tempo, uma criminosa associação dos prostitutos da política com as elites dirigentes que continuam vendendo suas almas ao diabo em troca da preservação dos seus veios de enriquecimento aético e imoral.
A luta pelo poder político prostituído no Brasil superou todos os limites da degradação das instituições públicas. Chegamos à fronteira que qualquer nação minimamente civilizada jamais poderia aceitar. Somos vítimas de uma absurda desonestidade intelectual que tomou conta dos interesses da parcela esclarecida da sociedade que se uniu ao petismo para dominar o país.
A desonra, a falta de ética, a imoralidade, a corrupção, e a prevaricação são os alimentos da ambição patrimonial e de poder dos canalhas que assumiram o controle do poder público, assim como de seus cúmplices das elites dirigentes.
A mentira recorrente, viciosa e viciada, é o valor maior desta sociedade hipócrita que permitiu que seus princípios mais básicos fossem desqualificados pela ignorância, pela covardia e pela cumplicidade com a canalha da corrupção e da prostituição da política que transformou o Parlamento em um covil de cidadãos absolutamente desqualificados.
Diante da falência da moralidade
e da ética como princípios básicos de comportamento
social daqueles que assumiram o controle do poder público cabe
a pergunta:
- De que devemos nos orgulhar em nosso país?
Vez por outra escutamos a frase orgulho
de ser brasileiro, que é geralmente anunciada com ostentação
em solenidades ou em competições esportivas.
- Mas o que é ter orgulho de ser brasileiro em um país
considerado um dos mais atrasados no que diz respeito à educação
e a cultura e que tem sido qualificado como um dos que tem o poder público
dentre os mais corruptos do mundo, conforme estudos feitos por organismos
internacionais?
O orgulho de ser brasileiro advém de realizações individuais de atletas que são associadas a uma valorização do país; é a indução, influenciada pelos canalhas da política ou de seus cúmplices, a um sentimento coletivo de satisfação, como se essas mesmas vitórias fossem o resultado de alguma competente ação do Estado e de grandes investimentos no esporte pelo poder público.
O orgulho de ser brasileiro teve com a escolha do Brasil para sediar a copa de 2014 um motivo para virar, mais uma vez, um instrumento de manipulação de milhões de pobres consciências críticas que favorecem a exploração do país por uma minoria de calhordas que fazem o povo de imbecis, palhaços e dependentes, cada vez mais, de um criminoso assistencialismo populista, que coloca na folha de pagamento do Estado bancado pelos contribuintes, mais de 30 milhões de cidadãos, cuja única obrigação é aceitar entregar seu voto para a preservação de um projeto político prostituído e corrupto, e ficar ganhando parte do seu sustento sem trabalhar, por falta de vontade ou oportunidade.
Nosso país como agrupamento político autônomo nação em sua grandeza territorial e imensas riquezas nos conduzem, também, graças a uma ignorância coletiva, a um orgulho exacerbado de termos condições de nos transformarmos em uma grande potência econômica, sem levarmos em conta que o poder público do país é sinônimo perfeito de patifaria, corrupção, prevaricação e prostituição da política, que preservam o atraso social, econômico e tecnológico.
"Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos, mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma. Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e carrega suas bandeiras abertamente. Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do Estado. E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas. Ele arruína as raízes da sociedade; ele trabalha em segredo e oculto na noite para demolir as fundações da nação; ele infecta o corpo político a tal ponto que este sucumbe".
Discurso de Cícero, tribuno romano, 42 a.C.
O Estado corporativista protegido por uma Justiça relativista é uma grotesca fraude que tomou conta do nosso país; fará tudo o que for possível, pelas mãos de seus agentes, para preservar a tomada do poder pelos que conseguiram aliciar os podres com as esmolas de um assistencialismo comprador de votos e os ricos com o dinheiro dos impostos para remunerar suas aplicações financeiras em títulos públicos, tudo para que o paraíso da nova burguesia petista se eternize.
Somente uma ruptura da sociedade civil-militar com os podres poderes da República corruptos e prevaricadores, trará de volta para nosso país a esperança de termos novamente um verdadeiro orgulho de nossa cidadania, pois na máquina do desgoverno petista, enquanto os benefícios da carreira compensarem os custos da desonra, nada mudará!
Infelizmente não podemos mais esperar por qualquer ruptura em uma sociedade que nos envergonha a cada dia, por ter se deixado dominar pelos canalhas das gangs dos quarenta livres, leves e soltos que têm na desonestidade intelectual dos esclarecidos de todas as profissões o apoio para continuarem transformando nosso país no paraíso mundial da corrupção, da falta de ética, e da imoralidade pública.
Deitados no berço
Enviada pela autora, Alegrete-RS
Por Sandra Silva,
socióloga
E-mail:
sandrasilva33@yahoo.com.br
3 novembro, 2007
Estamos nos acostumando demais com a corrupção, com a falta de responsabilidade de quem produz gêneros e produtos, com os discursos falaciosos dos políticos em geral e outras autoridades que assumem cargos por decorrência da posição dos amigos. Estamos criando o pernicioso hábito de conviver com a canalhice sem que ela nos incomode.
A população em sua maioria não discute onde foram os milhões surrupiados especialmente nos últimos anos e que poderiam ter sido aplicados nos serviços de saúde sempre tão precários, ou nos laboratórios das universidades para fomentar pesquisas e gerar cientistas que façam este país desabrochar em tecnologia de vanguarda.
Os cidadãos não conseguem articular-se promovendo manifestações contra tudo o que dizem ser funesto. Limitam-se a reclamar em mesa de bar e roda de amigos, mas não esboçam atitude. E sem atitude o Estado (no sentido de ente público) vai se apossando e locupletando das forças de cada criatura. É como um sugador ou um aspirador que vai chupando a vontade e enfraquecendo o ânimo.
O país está sedento por autoridade e clareza nas ações quando a cada dia menor é a credibilidade nas instituições.
Instituições chafurdam em circunstâncias misteriosas enquanto a punibilidade continua sendo privilégio de quem é economicamente pobre. A cada dia mais se ouve e se sabe que as casas prisionais brasileiras só trancafiam meliantes sem status social. Qual a diferença entre o indivíduo que furta um carro e o político que desvia recursos públicos para si?
Um país da extensão e população que registra o Brasil não poderia apresentar tamanha pobreza moral. Não se vislumbram líderes, apenas criaturas que conseguiram assumir posições eleitorais tendo usado a esperança em dias melhores como o terço arrecadador da preferência do eleitor.
Um país onde se permite o lucro fácil por adulteração até nos alimentos como o recente escândalo do leite, não tem suas instituições governamentais cumprindo seu papel. Esses dirigentes estão lá apenas para rebuscar-se de um salário polpudo e de uma situação repleta de regalias com o dinheiro do tesouro público que foi retirado do trabalho de cada cidadão.
O que teremos de falcatrua esta semana? Qual o próximo escândalo? Já começaram a revirar a terra putrefata da maioria das ONGs? Quando cortarem o tumor, vai sangrar muito pus.
Se quisermos um novo Brasil precisamos esticar. Deitar em berço esplêndido são apenas versos. A realidade é outra.
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Viveco, panela e canecas", Milton
Nascimento e Fernando Brandt
Nota para a seqüência MIDI: *****
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