A Bíblia e o clima organizacional
Enviado pelo autor, Jundiaí (terra da uva)-SP

Por Faustino Vicente, consultor de empresas e de órgãos públicos
E-mail: faustino.vicente@uol.com.br
Tel.(11) 4586-7426

Fomos solicitados, numa de nossas palestras, à leitura de um livro especial na abordagem de conceitos e práticas sobre clima organizacional. Indicamos a Bíblia, o que causou uma certa estranheza pela equivocada percepção da abrangência e da profundidade desse best seller cristão – um legitimo manual de Qualidade da Vida. Visão, missão, valores, princípios, normas de procedimento e metas, elementos que ganharam status organizacional no século 20, constam nas Escrituras de forma explícita..

Uma das primeiras referências encontra-se na construção da Arca de Noé. A ordem de serviço veio com todas as especificações técnicas: “Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinqüenta, largura; e a altura,de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro” (Gênesis 6.14-16).

Hoje, produtos e serviços são desenvolvidos obedecendo normas técnicas internacionais, cujos certificados são verdadeiros passaportes para a inserção das empresas nos negócios globalizados. Entre as habilidades gerenciais de Noé destaca-se a sua capacidade de planejamento organizacional, disciplina tática no cumprimento do cronograma, “ouvido de mercador” frente as provocações dos incrédulos de plantão e a aguçada percepção no aproveitamento das características individuais de cada um de seus colaboradores. Formou uma equipe,motivou-a, alocou recursos, estabeleceu processos operacionais, distribuiu tarefas, informou o prazo e gerenciou o andamento do projeto. Noé não foi apóstolo da burocracia.

Outro personagem histórico da Bíblia é José do Egito – administrador admirável, (Gênesis 41.37-45) que pode ser comparado com o CEO (Chief Executive Officer), o Presidente Executivo de hoje. Notabilizou-se, principalmente, pela administração do país nos períodos “das sete vacas gordas e das sete vacas magras” – interpretados como anos de fartura e de escassez. Em termos de relacionamento interpessoal, a vida de José é uma das mais comoventes e atraentes da história.

As vagarosas e silenciosas passadas de Moisés pelo deserto o colocaram na galeria dos protagonistas que agregam valores à gestão de recursos humanos. Dentre os seus desafios destaca-se a complexidade no atendimento das necessidades dos milhares de judeus que liderava à caminho da Terra Prometida. A solução do problema partiu de seu sogro, Jetro, quando lhe disse: “E tu, dentre todo povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo tempo, e seja que todo negócio pequeno eles o julguem: assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo” (Êxodo, 18.13-26).

Nascia, assim, uma metodologia de descentralização do poder – o “calcanhar-de-aquiles” das atividades humanas. Reagimos como democratas, mas agimos como autocratas. Essa é a mais devastadora das causas de desmotivação de funcionários e do desaparecimento prematuro de promissoras lideranças. O clima organizacional das empresas depende, essencialmente, de uma política de recursos humanos que consolide a seguinte prática: dar oportunidades (iguais) para que os funcionários possam revelar e/ou desenvolver o seu potencial. Questionar as idéias, não as pessoas é a mais eficaz das estratégias para manter a indispensável “oxigenação” do processo gerencial.

Entendemos que se lêssemos, refletíssemos e vivenciamos com maior freqüência os ensinamentos contidos na Bíblia seríamos muito mais felizes e, de quebra, muito mais prósperos. É crer para ver.


O negócio turismo
Enviado pelo autor, Belo Horizonte-MG

Por Marcos Garcia Jansen, administrador
e professor de mercadologia e marketing

23 abril, 2005

Surpreende o poder do turismo como fator de desenvolvimento econômico, sua adequação à nova sociedade que anseia por serviços limpos e que aproxime pessoas e, é a parte desagradável, o descaso do governo com o assunto.

Estamos hoje assistindo ao ex-patinho feio da sociedade, a agricultura, mostrar seu poder e tecnologia. Salva a pátria e enriquece as regiões mais carentes, enquanto desenvolve a indústria. Estamos exportando tratores como nunca, depois que se tornou possível usá-los na produção interna. Chama-se "escala de produção".

Descobrimos que produzir alimentos é importante e tem mercado certo. Sabemos fazer, temos tecnologia, solo, clima e, o mais importante, poucos podem competir conosco. Foram muitos anos menosprezando o setor e tentando copiar indústrias onde o capital é fator preponderante e onde somos pobres. Uma miopia sem tamanho, ou foco.

Algo nos leva a crer que estamos cometendo, com o turismo, o mesmo erro...
Talvez daqui a 30 anos, depois de perdas e danos, possamos nos retratar...

Há poucos meses fomos surpreendidos com uma pesquisa encomendada pelo Ministro do Turismo, um dos ministros estadistas cada vez mais raros numa república que prima por assuntos de comadres. O que não é privilégio desse governo, pois nossa matéria prima política... Deixa pra lá!

Enfim, na pesquisa sobre o que cativava o turista estrangeiro, entre praia, beleza natural, diversidade etc, destacou-se, com 52% da preferência, um recurso que só nós temos. Não pode ser copiado. Tal como foi feito com a agricultura temos é que administrar e tirar proveito dele. Usar a recém criada marca Brasil para divulgar essa grande característica desse nosso país. Seu povo!

Simples como isso: 52% dos turistas estrangeiros consideraram como maior atrativo do turismo brasileiro o...brasileiro! Para copiar esse produto vão ter que montar, aqui, uma linha de produção de brasileiros...

Minas tem trabalhado bem, recentemente, o produto turístico. A Estrada Real é um exemplo. Mas temos que, focando, sermos mais ambiciosos. Desenvolver com as prefeituras e o Estado projetos integrados visando atrair os fornecedores de divisas em troca de nossas montanhas, comidas e modo de ser. Um produto limpo, civilizado, grande gerador de emprego e que, hoje, tem mão de obra qualificada, preparada por várias faculdades.

Estamos com um grande número de, quase profissionais, aguardando somente uma oportunidade de gerar recursos. Divisas. Empregos.

Chega de mediocridade. Aos jovens já incomoda essa lassidão. Vamos pensar e investir no futuro. No breve futuro!


A arte de se relacionar
Enviada pela autora, São Paulo-Capital

Por Priscila de Loureiro Coelho,
consultora de desenvolvimento de pessoas

Relacionamento. Tão lógico quanto complexo é este aspecto na vida do ser humano. O relacionamento implica algum conhecimento básico de sua dinâmica, pois sendo ele uma arte, como tal deve ser tratada. Relação é o conhecimento recíproco e/ou convivência entre pessoas; podendo resultar em laços afetivos, de amizade ou apenas de respeito e cordialidade.

Não se pode desvincular relações de ética, pois ambas se complementam e se auxiliam entre si. Precisamos considerar que o ser humano ao mesmo tempo em que é individuo, pertence ao coletivo. É, pois, um ser plural e singular. Esse detalhe, quando compreendido e aplicado ao comportamento, transforma-se em benefício que favorece as relações interpessoais.

Assim, o ser humano é uno. Único enquanto indivíduo, com especificidades que lhe são próprias e que são produtos de uma série de fatores, sejam biológicos, ambientais, culturais, ou econômico-sociais. Por outro lado, ele é parte de uma coletividade, que possui também características peculiares resultante de diversas influências.

Quando pensamos na arte de se relacionar, levamos em conta esses fatores e assim podemos nortear nossa conduta de maneira mais eficaz. Na base de todo relacionamento encontra-se a comunicação. Quando conseguimos fazer com que a pessoa que se relaciona conosco compreenda o que desejamos, podemos dizer que conseguimos nos comunicar. A comunicação é, portanto, o fundamento de toda relação.

Existem elementos que, aliados à comunicação, facilitam o desenvolvimento de uma relação saudável e produtiva, independente de sua natureza. Todo relacionamento exige atenção. Tudo que recebe nossa atenção tende a conquistar espaço em nossa consciência e, conseqüentemente, provocar interesse. O interesse nos leva a buscar conhecimento, passamos a desejar compreender melhor a pessoa com quem estamos nos relacionando.

Quando realmente conhecemos alguém, seja um colega de trabalho, um amigo do
círculo social, um parente, não importa, nos tornamos mais tolerantes e persistentes no cultivo deste convívio. E se assim agimos, vamos aos poucos melhorando a qualidade deste relacionamento, fazendo com que seja profícuo e harmonioso.

Ações estratégicas interligadas a uma boa comunicação promovem uma relação interpessoal satisfatória Nesta dinâmica entram outros dois elementos determinantes. Razão e Emoção. Nenhum relacionamento, seja qual for sua natureza, pode dispensar
estes dois elementos.

A razão nos permite aprimorar o conhecimento através da observação, convivência e a abstração de todo conjunto de informações que vamos obtendo ao longo do tempo. Ela nos capacita ao discernimento que é imprescindível à boa comunicação.

Já a emoção nos possibilita um envolvimento com a pessoa; criar um vínculo, vínculo este, que varia na qualidade do sentir. É necessário sensibilidade para que se construa o elo que permitirá o fluir da convivência. Talvez possamos, de modo um tanto ousado, associar a razão com o conteúdo e a emoção com a qualidade do relacionamento.

O homem não nasceu para viver isolado, realiza-se quando partilha seus talentos, quando concretiza seus projetos, sejam quais forem, e isso ele não pode fazer sozinho. Precisa sentir a justificativa para o que é capaz de elaborar; sente necessidade de reconhecimento de suas conquistas; busca afetividade em diversos níveis, para encontrar equilíbrio em seu interior.

E tudo isso, não pode se obter sozinho. Daí a importância das relações. A arte de se relacionar não pode ser reduzida ao simples ato de verbalização como condutor de idéias, mas sim apreender em profundidade, a identidade individual e coletiva das pessoas envolvidas. Quanto maior a interação do indivíduo em seu meio, tanto maior a
possibilidade de obter sucesso em todas as áreas de sua vida. As relações interpessoais são, em ultima análise, o pilar para a felicidade do ser humano.


Serão os MBAs os grandes culpados?
Enviado por João Luiz Marinho, Brasília-DF

Tradução de Robert Bánvölgyi

Fonte:The Economist
28 março, 2005

Este é o momento do ano em que os alunos de MBA correm, não de uma sala de aula à outra, mas de entrevista a entrevista, na tentativa de obter o cargo altamente remunerado que esperam que suas qualificações lhes rendam. Parece que a demanda por MBAs está firme mais uma vez, depois de quatro anos declaradamente fracos. "Os grandes consumidores de talentos de MBA recuperaram o seu apetite para contratações", disse Ken Keeley, diretor de oportunidades de carreira na Escola de Negócios Tepper, da Carnegie Mellon, em Pittsburgh. Na Escola Stern de Nova York, próxima de Wall Street, o número de postos de trabalho oferecidos à turma de MBA deste ano, até o começo deste mês, foi o dobro do ofertado na mesma época em 2004. Melhor ainda, os salários médios iniciais no setor de bancos de investimentos para formados na Stern ficaram em US$ 95 mil, numa alta de US$ 10 mil em relação ao ano anterior.

Exatamente no momento em que o valor de mercado de um MBA está se recuperando, porém, sua credibilidade acadêmica está sendo atacada. Em um artigo prestes a ser publicado, postumamente, no periódico "Academia de Aprendizado e Educação Executiva", Sumantra Ghoshal sustenta que um grande número dos "piores excessos cometidos nas práticas recentes de gestão têm suas raízes em um conjunto de idéias que surgiram com os acadêmicos das escolas de negócios ao longo dos 30 anos passados".

Ghoshal foi um acadêmico exatamente assim, sendo professor na London Businees School até seu falecimento há 11 meses, aos 55 anos. Ele acreditava que o desejo das escolas de negócios, de transformar o estudo de administração em uma ciência, em "uma espécie de Física", progressivamente as levou a basear suas teorias de administração em algumas das mais funestas pressuposições e técnicas desenvolvidas por economistas, especialmente pela "Escola de Chicago" e seu líder intelectual, Milton Friedman. Elas incluem modelos aparentemente simplistas de comportamento humano individual (racional, egoísta) e de comportamento corporativo (a noção de que o objetivo de uma empresa deve ser a maximização de valor para os acionistas).

Essas pressuposições, embora extremamente imperfeitas, na opinião de Ghoshal, foram simples o bastante a ponto de permitir que acadêmicos das escolas de negócios desenvolvessem teorias grandiosas de administração, apoiadas por elegantes modelos matemáticos e análises empíricas que pareciam ser científicos e que, conseqüentemente, conferiram respeitabilidade acadêmica à disciplina, mas que eram, na verdade, um simulacro de conhecimento, num lugar em que não havia nenhum.

Um traço particularmente preocupante dessas teorias, dizia Ghoshal, é que elas não reservam nenhum "papel para a escolha ou a intencionalidade humana". E essas teorias não só alegam falsamente ser científicas como seu ensino poderá levar à sua própria concretização. Estudantes de escolas de negócios aprendem que não podem confiar na direção - portanto, quando eles se tornam administradores, seu comportamento é do tipo indigno de confiança. Os estudantes têm sido isentados "de qualquer sentido de responsabilidade moral". Daí decorrem escândalos como os da Enron, na qual se destacaram executivos educados em escolas de administração. E, conseqüentemente, talvez, ocorrerão em Enrons futuras, que ainda poderão ser criadas pela muito disputada safra de MBAs deste ano.

Ghoshal não é o único estudioso peso-pesado a ter manifestado esse "mea culpa". Jeffrey Pfeffer, da escola de pós-graduação em negócios da Universidade Stanford, escreve no mesmo periódico que Ghoshal "talvez até expresse de forma contida o potencial prejudicial do poder de penetração e a aceitação da linguagem, das pressuposições e da teoria econômica". À guisa de apoio, ele se refere a um estudo de 2000, que concluiu que o vínculo entre porte corporativo e o número de intimações por violações de regulamentações sanitárias e de segurança se fortalecia à medida que aumentava a porcentagem de altos dirigentes da empresa que detinham diplomas de MBA. Em um livro publicado no ano passado, "Managers, not MBAs (do inglês, 'Administradores, não MBAs')", Henry Mintzberg, um professor canadense de administração e crítico de longa data do título acadêmico, escreveu que "o MBA treina as pessoas erradas nas formas erradas com as conseqüências erradas".

Também é difícil conciliar o argumento de Ghoshal, de que os escândalos recentes foram resultado de administradores ansiosos demais em tentar maximizar valor para acionistas, com o fato de os acionistas terem sido algumas das principais vítimas das suas ações. Tampouco é verdade, nesse contexto, que tudo o que é ensinado nas escolas de negócios é apresentado como científico: o método de discutir estudos de casos corporativos de Harvard, por exemplo, é tudo menos científico. Além disso, apesar de existir algum mérito nas críticas do uso de pressuposições econômicas simplistas - até a Universidade de Chicago está perdendo a sua fé no "Homo Economicus" - é fácil perceber porque os recentes fracassos na governança corporativa de alta visibilidade geralmente têm sido vistos como evidência favorável, e não contrária, à teoria da agência.

A julgar por seu comportamento recente, no entanto, muitas escolas de negócios acreditam que existe algum mérito nas críticas dirigidas a elas. Harvard e Stanford estão entre as instituições que introduziram aulas de ética nos seus cursos de MBA. Na Tuck, uma escola de primeira linha do Darmouth College, estudos de casos de dilemas morais são ministrados aos alunos de MBA por membros de sete faculdades diferentes, como marketing, estratégia e finanças. Em 2003, a Associação para o Avanço de Escolas de Negócios Universitárias (AACSB, na sigla em inglês), um organismo regulador, que conta com a presença de todas as escolas de negócios de primeira linha entre seus 495 membros, introduziu novas regras sobre ensino de ética nos currículos desses estabelecimentos de ensino. Alguns professores de escolas de negócios querem que a AACSB vá além, tornando compulsório o ensino de cursos sobre ética nos negócios nas instituições acreditadas.

Certamente, esses esforços na sala de aula podem ajudar as escolas de negócios a repelir o ataque atual desferido às suas reputações. A turma de MBAs deste ano está vindo de escolas mais conscientes eticamente e, de fato, estão sendo contratados por empresas mais conscientes eticamente na comparação com qualquer uma de suas antecessoras. Mas será que isso bastará para tornar mais éticas as empresas ou os seus dirigentes?


Empreendedorismo Lampião
Enviado pelo autor

A sua vida não é nada comparada à vida no sertão nordestino, pois as pessoas de lá não têm um milésimo do que você possui, e você ainda reclama tentando se achar uma vitima

Por Mário Mendes Jr., graduado em Tecnologia da Informação
e especializado em finanças operacionais

A indagação acima simplifica, com poucas palavras, é a visão que a grande maioria da população tem das atuais condições de vida da região do semi-árido nordestino. Fato esse passível de solução desde 1945, isso mesmo, desde o final da segunda-grande guerra, e até hoje vem se arrastando com a criação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), atualmente extinta. Mas já tem projeto para ser recriada com novos moldes, que mal sabemos por mais quanto tempo ainda se arrastará, sem uma palpável solução que traga a real sustentabilidade econômica e social para a região.

Para toda exceção há uma regra. Por isso elaboro este texto que visa demonstrar que em muitos casos os fatores de vivência e convivência, em um cenário de miséria, nem sempre são responsáveis pelas dificuldades encontradas no decorrer de uma vida. Quero dizer que o modo de ser das pessoas "depende das decisões, e não das condições". E principalmente que seja contribuinte do sucesso e felicidade individual. Até mesmo deixar de fazer uma escolha caracteriza uma escolha.

Tenho ciência de que isso contradiz algumas teorias "freudianas", pois isso isenta uma série de fatores sociais e econômicos. Daí, talvez a explicação para o surgimento de diversos ícones nacionais e internacionais, que mesmo nascidos e criados em ambientes repletos de disparidades sociais, culturais, e principalmente econômicas, conseguem atingir sucesso durante a sua vida, que não condizem com as estatísticas de desenvolvimento humano. No Brasil temos diversos casos, e um muito recente que merece grande reflexão é o caso de um Silva, nascido e criado no semi-árido nordestino, que atinge o grau máximo da República, entre diversos outros nas grandes capitais com histórias semelhantes.

As atitudes empreendedoras nem sempre são aquelas que trazem riquezas materiais, e sim aquelas que ultrapassam as expectativas de uma determinada sociedade, e que possam de alguma maneira trazer o desenvolvimento, seja ele econômico, social ou cultural. Nesse contexto podem constar pequenos agricultores, comerciantes e até poetas, isso mesmo, até poetas.

Para melhor explicar, gostaria de lhes propor um resgate a nossa cultura regional tão pouco explorada nos dias de hoje. Brevemente falarei da vida de um empreendedor diferente, que talvez não tenha tido ciência de suas atitudes empreendedoras e o quanto isso foi capaz de motivar outros artistas e a economia regional, por intermédio da disseminação de suas obras. Estou falando de Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nascido em 5 de março de 1909 em uma pequena propriedade rural no município de Assaré, região Sul do Ceará.

Este é sem sobra de duvida o poeta popular mais respeitado de todo o Brasil. Patativa só freqüentou a escola durante seis meses. Mais isso não o impediu de ganhar títulos de Doutor Honoris Causa de no mínimo três universidades. Não teve formação acadêmica, mas possuía uma habilidade intelectual para discutir a arte de versejar.

Ao meu ver isso comprova que o sucesso está em nossas escolhas. Em um de seus livros, o "Cante lá que eu canto cá", Patativa dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para "ser poeta de verdade é preciso ter sofrimento". E realmente não há sucesso real sem muito trabalho. Patativa morreu em 8 de julho de 2002, na mesma cidade que lhe emprestava seu nome.

Por isso, não podemos perder muito tempo com nossas escolhas, pois pode ser tarde demais.


Reflexão

Os fatos vistos de uma forma diferente
Enviada por Mag Guimarães, Roterdã-Holanda

Quando o povo de Israel viu Golias, falou:
"Ele é muito grande, não conseguiremos derrotá-lo".

Quando Davi viu Golias, disse:
"Ele é muito grande, não tenho como errar o alvo".

A forma como encaramos os problemas é que determina nossa vitória.
Essa é a diferença entre vencedores e perdedores.

Isso me fez lembrar uma frase célebre de Charles Chapplin:
"Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Pessoa de valor ou de sucesso?
Enviada por Maricelma de Almeida e Silva

Autoria desconhecida

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha essa determinada raça. Atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu e ele chamou o veterinário:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento
durante 3 dias. No terceiro dia eu retornarei, e caso ele não esteja melhor será
necessário sacrificá-lo.

Nesse momento, o porco escutava toda a conversa. No dia seguinte deram o medicamento ao cavalo e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!!!

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa! Um, dois, três.

No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os
outros cavalos.

Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar!
Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai...fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu, Campeão!!!

Então de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre!!! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa...vamos matar o porco!!!

Moral da história

Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso. Saber viver sem ser reconhecido é uma arte. Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional,
lembre-se: "Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso.

Ver anterior


Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Ovelha Negra" de Rita Lee e Roberto de Carvalho
Nota para a seqüência Midi: ****

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Belo Horizonte, 25 abril, 2005

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