Sinal de alerta

Da editoria do Jornal dos Amigos

Embora a Imprensa tenha dada ampla cobertura sobre o assunto, vale a pena lembrar. O crescimento da economia do Brasil foi de apenas 2,3% em 2005. A fonte da informação veio da Cepal - Comisão Econômica para a América Latina e o Caribe. O Brasil agora é o 13° na economia mundial (éramos o 12° em 2004). Enquanto isso a Venezuela de Chávez tem crescimento de 9%, e só ultrapassamos a economia do Haiti (em guerra civil) por apenas 0,8%.

Só para ficarmos nivelados, abaixo ilustração sobre o desempenho das nações latino-americanas, do pior para o melhor.

 
 


É lamentável ver o Brasil, que já foi a 8ª economia do mundo, cair no ranking mundial, enquanto nações em desenvolvimento estão tendo sucesso. A Índia, por exemplo, estava atrás do Brasil em 2004, e agora ocupa a 10ª posição. Veja ao lado evolução (melhor dizendo, involução) do PIB, Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no País (bens e serviços). Fracassos nos governos FHC e Lula, resultado da política de juros altos e o não investimento no setor público para saldar compromisso com o FMI. Enquanto isso o déficit público não para de crescer (hoje na casa de um trilhão de reais) e carga tributária que asfixia as empresas (alcança quase 40% do PIB) trava o desenvolvimento da economia. E sem dinheiro para fazer frente a imensa dívida pública interna, a alternativa do Banco Central é manter os juros altos e engordar os cofres dos bancos. Até quando?  
Evolução do PIB brasileiro (%)
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
 
5,9
4,2
2,7
3,3
0,1
0,8
4,4
1,3
2,9
0,5
4,9
2,3

Fonte: IBGE


Reflexão econômica
Enviado pelo autor, Curitiba-PR

Segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
64% do território brasileiro (regiões norte e centro-oeste) é
ocupado por apenas 14% da sua população

Por Ricardo Bergamini, professor de economia

19 fevereiro, 2006

Gastos com pessoal da União
Fonte: Ministério da Fazenda
Base: Exercício de 2005

 
Unidade da Federação
R$ Bilhões
%
    Distrito Federal
Rio de Janeiro
Demais 25 Estados
57,2
17,2
19,7
60,79
18,28
20,93

79,07% da presença de pessoal da União (FFAA, Técnicos do IBAMA e do Meio-Ambiente, Polícia Federal, Agrônomos, Engenheiros Florestais, Médicos, Professores etc.) se concentram no Distrito Federal (60,79%), e no Rio de Janeiro (18,28%).

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Arquivos oficiais do governo brasileiro estão disponíveis aos
leitores para consulta. Basta solicitar ao professor Bergamini
pelo e-mail rberga@globo.com.


A sociedade brasileira em números
Enviado por Vitor Buaiz, Vitória-ES

10 fevereiro, 2006

Dívida social

  • R$7,2 trilhões.

Riqueza Nacional

  • 5 mil clãs de famílias controlam 40%
  • 10% da população rica se apropria de 75%
  • 90% do povo brasileiro fica apenas com 25%.

Títulos da Dívida Pública

  • R$120 bilhões de reais no pagamento dos títulos repassados para 20 mil clãs de famílias (cerca de R$6 milhões de reais por família ao ano).

Previdência Social

  • R$140 bilhões de reais no atendimento de 21 milhões de famílias de aposentados (cerca de R$6 mil por família ao ano)

Bolsa Família

  • R$7 bilhões de reais na assistência de 8 milhões de famílias (cerca de R$72 por mês para cada família)

Trabalho

  • Em 1980, a renda do trabalho era 50% do PIB. Agora representa 36% 4 milhões famílias vivem sem remuneração (350 mil famílias na cidade de São Paulo)

Novos empregos

  • De três novos postos abertos, dois estão na faixa de um a um e meio salário mínimo (até 450 reais).

Educação e Juventude

  • De duas pessoas desempregadas, uma tem menos de 25 anos
  • 4 milhões e 300 mil de jovens desempregados
  • 1 milhão e 350 mil jovens qualificados saíram do país na década de 90 em
    busca de oportunidades
  • A cada 10 alunos matriculados no primeiro ano do ensino fundamental,
    somente um conclui a universidade.

Enquanto o Brasil tem 35% dos jovens de 15 a 17 anos matriculados nas escolas, o Chile apresenta 85%. Para chegar nesse nível, o Brasil teria que incorporar 4,9 milhões de jovens, que implica a construção de 50 mil salas de aulas e a contratação de 500 mil professores.


Dedução de imposto sobre salários
pagos a empregados domésticos

Por João Baptista Herkenhoff, livre-docente da Universidade
ederal do Espírito Santo e escritor. Autor, dentre outros livros,
de “Justiça, direito do povo” (Thex Editora, Rio de Janeiro)

E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br - www.joaobaptista.com

Encheu-me de alegria saber que uma idéia que defendemos em “A Gazeta”, de Vitória (18/10/2002) está para ser transformada em lei. Trata-se de possibilitar ao contribuinte do imposto de renda o direito de deduzir os salários pagos a empregados domésticos. A cláusula teria a finalidade de incentivar a contratação de trabalhadores domésticos com carteira assinada. Segundo o secretário da Receita Federal essa dedução é uma afronta à matemática. Mas desde quando devemos ser governados pela Matemática? Certamente foi por razões idênticas, de zelo pela matemática, que governantes pretéritos aboliram a possibilidade de deduzir no imposto de renda o que se gasta comprando livros.


Brasil já tem mais de 180 milhões de habitantes

Da editoria do Jornal dos Amigos

Fonte: IBGE
11 fevereiro, 2006

Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentou em 10 milhões de pessoas. Em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje. Mas o envelhecimento da população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%. E mais: pela Revisão 2004 da Projeção de População do IBGE, em 2062, o número de brasileiros vai parar de aumentar.

Em janeiro de 2004, a população brasileira ultrapassou os 180 milhões de habitantes. Esta é uma das conclusões da Revisão 2004 da Projeção da População realizada pelo IBGE, a primeira a incorporar as taxas de natalidade e mortalidade calculadas a partir do Censo 2000 (divulgadas em dezembro do ano passado), além das Estatísticas de óbitos do Registro Civil 1999-2001 e da PNAD 2001. Esses estudos demográficos demonstram que as famílias estão tendo cada vez menos filhos: em 1960, a média era de seis filhos por mulher, caiu para 2,89 em 1991 e, em 2000, para 2,39. A projeção para 2004 é de 2,31 e, em 2023, a média deverá ser de 2,01 filhos por mulher – ou seja, a mera reposição das gerações. A população continuará crescendo, embora a taxas cada vez menores: dos 3% ao ano entre 1950 e 1960, a taxa caiu para 1,44% ao ano em 2004, cairá para 0,24% em 2050 e, finalmente, para zero em 2062, quando a população brasileira começará a se reduzir.

Se o crescimento da população permanecesse no mesmo ritmo dos anos 50, seríamos, hoje, 262 milhões de brasileiros. Mas, desde então, nossa taxa de fecundidade diminuiu, devido às transformações ocorridas na família brasileira, como a entrada da mulher no mercado de trabalho e a popularização dos métodos anticoncepcionais. Em 2000, uma média de 2,39 filhos por mulher, o Brasil estava na 75ª posição entre os 192 países ou áreas comparados pela ONU.

Seis milhões de mulheres a mais

As proporções entre a população masculina e feminina vêm diminuindo paulatinamente no Brasil. Em 1980, haviam 98,7 homens para cada cem mulheres, proporção que caiu para 97% em 2000 e será de 95% em 2050. Em números absolutos, o excedente feminino, que era de 2,5 milhões em 2000, chegará a seis milhões em 2050. Já a diferença entre a esperança de vida de homens e mulheres atingiu 7,6 anos em 2000 – sendo a masculina de 66,71 anos e a feminina de 74,29 anos.

Os avanços da medicina e a melhoria nas condições gerais de vida da população contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros, que aumentou 17 anos entre 1940 e 1980 (de 45,5 para 62,6 anos, respectivamente). Em 2000, esse indicador chegou aos 70,4 anos, e deverá atingir os 81,3 anos em 2050, praticamente o mesmo nível atual do Japão (81,6 anos), o primeiro colocado no ranking. O Brasil está em 89º lugar entre os 192 países ou áreas estudados pela ONU. A média mundial para a esperança de vida ao nascer era de 65 anos, em 2000, e deverá atingir os 74,3 anos entre 2045 e 2050.

Mortalidade infantil continua alta

Desde meados da década de 1940, a mortalidade infantil vem diminuindo no Brasil, devido às campanhas de vacinação em massa, à disseminação dos antbióticos e, mais recentemente, aos exames pré-natais, às campanhas de aleitamento materno e aos agente comunitários de saúde, entre outras medidas, governamentais ou não. Em 1970, tínhamos em torno de 100 óbitos para cada mil menores de um ano nascidos vivos. Em 2000, a taxa caiu para 30 por mil, um patamar ainda alto, se considerarmos, por exemplo, os países vizinhos: 21 por mil na Argentina, 12 por mil no Chile e 15 por mil no Uruguai. No ranking dos 192 países ou área estudados pela ONU, o Brasil ocupa a 100ª posição.

Menos jovens e mais idosos

A queda combinada das taxas de fecundidade e mortalidade vem ocasionando uma mudança nas estrutura etária, com a diminuição relativa da população mais jovens e o aumento proporcional dos idosos. Em 1980, a população brasileira dividia-se, igualmente, entre os que tinham acima ou abaixo de 20,2 anos. Em 2050, essa idade mediana será de exatos 40 anos.

Outra comparação importante: em 2000, 30% dos brasileiros tinha de zero a 14 anos, e os maiores de 65 representavam 5% da população. Em 2050, esses dois grupos etários se igualarão: cada um deles representará 18% da população brasileira. Tais números revelam a importância cada vez maior das políticas públicas relativas à previdência, diante do crescente número de indivíduos aposentados, em relação àqueles em atividade. Também tornam-se cada vez mais importantes as políticas de Saúde voltadas para a Terceira Idade: se em 2000 o Brasil tinha 1,8 milhão de pessoas com 80 anos ou mais, em 2050 esse contingente poderá ser de 13,7 milhões.

População do Rio de Janeiro ultrapassa os seis milhões

Manaus subiu da nona para a oitava posição, entre os dez municípios mais populosos do Brasil, ultrapassando Recife. Com 818 habitantes, Borá continua sendo o município brasileiro com a menor número de habitantes.

Em cumprimento à lei n° 8.443, de 16 de julho de 1992, o IBGE divulga as Estimativas das Populações Residentes nos 5.560 municípios brasileiros. Em relação ao ano passado, houve aumento de população em 72,6% dos municípios brasileiros e diminuição em 27,2% deles, enquanto em apenas nove (0,2%), não houve alterações.

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Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Acontece", de Cartola
Nota para a seqüência Midi: ***
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Belo Horizonte, 25 março, 2006