Opinião


Belo Horizonte, 25 março, 2006


O Exército não tem direito de nos decepcionar
Enviado pelo autor, Uberlândia-MG

Por Renzo Sansoni, médico oftalmologista

15 março, 2006

Leio, perplexo e indignado na grande imprensa: "Exército recupera armas após fazer acordo com facção de traficantes". E a matéria traz a notícia sobre as condições impostas pelos traficantes, para devolverem uma dúzia de armas roubadas do Exército, no Rio de Janeiro. Um roubo que afrontou a decência nacional. Eis os famigerados, indigeríveis e humilhantes termos do acordão:

  • a) Fim das operações de asfixia das tropas do Exército nas favelas do Rio.
  • b) Apresentação pública das armas como se tivessem sido apreendidas em uma favela, na qual a venda de drogas estivesse sob domínio da facção inimiga.
  • c) Transferência de um dos integrantes do Comando Vermelho do presídio Bangu 1 para Bangu 3 ou 4.

Essas são as EXIGÊNCIAS dos traficantes, no Rio de Janeiro, para que o glorioso Exército brasileiro de Caxias tivesse, de voltas, as armas roubadas. Por causa de algumas armas, os traficantes pisaram na goela do comandante do Exército, na goela de todos nós, com essas imposições criminosas e inaceitáveis. Um chute violento no traseiro do país.

Tenho ocupado espaço na mídia para exigir a entrada das forças armadas do Brasil na guerra mortal ao narcotráfico. Não há outra maneira de resolver o problema, sem pagar um preço enorme, principalmente em vidas humanas, em famílias destruídas, em jovens enlouquecidos, e outros acompanhantes dantescos nesta vergonha nacional.

Sem essa de puritanismo e pieguice hipócritas, achando que é absurdo o envolvimento das forças armadas no combate às drogas. Isto é papo de político que não tem compromisso com a nação e com a família brasileira. O Exército brasileiro tem, sim, imediatamente, que subir morros e favelas. E exterminar toda e qualquer resistência dos traficantes. E se estes tiverem padrinhos de colarinho branco, levem-nos também. Sem olhar para trás. É questão de soberania nacional, de cumprimento do dever. O inimigo é este. E é inimigo renitente/reincidente, e extremamente perigoso. E guerra é para vencer, em nome do Brasil.

A hora é gravíssima. Só os covardes, pomadinhas e medrosos é que não sabem medir a brutalidade do crime organizado em terras brasileiras. 40 mil assassinatos todos os anos. É mole? Ou quer mais sangueira?

E quando traficantes encostam o Exército na parede, com imposições e humilhações, até mesmo roubando do Exército, então a coisa já passou da linha do juízo; e entrou no caminho irreversível da batalha sem tréguas e nem condições. E nós pagamos impostos é para termos ordem, segurança e honestidade neste país.


Gostinho em silenciar a esperança
Enviado pelo autor, Rio de Janeiro-Capital

Por Gustavo Barreto, estudante de Comunicação Social no Rio de Janeiro e editor da revista Consciência.Net

4 março, 2006

Vou direto ao ponto: me incomodam determinadas críticas a Bono Vox. Não vou defendê-lo, porque o projeto de direitos humanos para todos não será feito por um homem, nem mesmo por um conjunto de homens isolados. Mas há de se atentar para o que está por trás de algumas destas críticas. Citando uma delas, bem contundente, afirma-se que “no fundo subsiste esse sestro na cabeça de Bono Vox: quer ganhar o prêmio Nobel da Paz. Nada mais”. Ou coisas como “Lugar de roqueiro é na garagem, não no palanque”.

A insensatez alastrada pela mídia global, capitaneada pelas TVs e rádios de alcance planetário, não faz menor ninguém que esteja genuinamente intencionado a lutar para garantir que todos os seres humanos “sejam livres para falar e para crer, libertos do terror e da miséria”, conforme Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em cada show, em cada aparição, os irlandeses do U2 trazem à memória que podemos, sim, acreditar e lutar a favor da vida e contra a miséria. As iniciativas, coletivas e baseadas na coexistência humana e no respeito ao meio ambiente, são realizadas por pessoas (únicas, cada uma delas) e estão baseadas no simbólico, que é o que nos move diariamente.

Não vou ‘chutar’, achar, especular. Não sei porque atacam figuras públicas sem conhecer suas ações, suas práticas, sem conhecer sua contribuição (simbólica ou não-simbólica), com base apenas na construção que os meios de comunicação fazem delas. Não vou nem comentar sobre as ações objetivas de Bono, não sou advogado dele, mas quem não as conhece devia se informar. Os ataques, portanto, me parecem um ataque à esperança. Porque o que se consegue passar é isso. Esperança.

Serve ao sistema que digam “demagogo”. A ideologia neoliberal adora “desmascarar”, com sua visão própria e arrogante, aqueles que procuram incentivar o diálogo (tal como faz Bono, que exibe em seus shows a carta da ONU de 1948). Isso aparece como um discurso “de esquerda”, confuso, maniqueísta e rancoroso. Isso me vem à cabeça pelo simples fato de o grande “crime” do irlandês ser seu sucesso e dinheiro
–que ninguém seja ingênuo-, e não sua ação e intenção.

Não é esse meu parâmetro. Aprecio as contradições, que nos são inerentes, mas não entendo como será possível alcançar nossos objetivos humanistas cultivando o rancor e a desesperança.


Educação transformadora
Enviado pelo autor, Vitória-ES

Por Naasson de Paula Ramos Sales, 1º sargento PMES e instrutor Proerd

2 março, 2006

A Educação é ferramenta do bem para a transformação do ser humano, pois, ela é libertadora, tira o homem das trevas da opressão e da ignorância, e dá a luz a um novo ser que é retirado pouco a pouco de uma caverna escura e colocado em plena luz do meio dia. Essa plenitude, porém, somente será atingida através das experiências vivenciadas ou aprendidas ao longo da vida.

A introjeção de novas experiências nos é facilitada observando as experiências positivas ou negativas vividas pelos nossos antecessores. Assim, todo conhecimento humano acumulado até hoje, seja ele científico, artístico, cultural e até mesmo místico, servem como ferramentas para a construção de novos conhecimentos. Não obstante, essa transformação somente ocorrerá quando dentro do nosso ser, bem lá no âmago, viermos a apreender e compreender o significado da vida e de nossa existência, como um ser singular, mas inserto na pluralidade humana.

Um ser pensante, que além de ser responsável pelo próprio crescimento como pessoa humana, também o é pela edificação do meio que o cerca. Responsabilidade tamanha, pois, o destino da raça humana e das formas de vida no planeta depende dessa compreensão, assim como a estrutura social, a própria civilização depende dessa visão de mundo, porque conhecimento humano quando não é empregado para o bem, causa destruição irreparável. Fartos são os exemplos.

Vejamos a inteligência do cientista alemão Albert Einstein e do brasileiro Santos Dumont. O primeiro proporcionou o conhecimento da física nuclear que hoje tem diversas aplicações, inclusive na medicina na cura do câncer; o segundo inventou o avião, que desde então é imprescindível para o desenvolvimento da humanidade. Todavia, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki, por motivo fútil, foram destruídas por uma bomba atômica, transportada por um avião, ou seja, tanto a bomba quando o avião foram produzidos a partir dos citados conhecimentos científicos. Foram construídos para o bem, mas usados para o mal. Resumindo, o conhecimento mal utilizado talvez seja pior do que aquelas ações praticadas pela falta dele, aquelas praticadas simplesmente por ignorância.

Portanto, somente o fato de adquirir e construir conhecimento não garante uma educação libertadora, que faz o homem crescer como pessoa humana. Isso somente irá acontecer com a transformação interior. Ocorrerá naquele momento em que ele perceber que é um ser histórico e datado, e que a vida é efêmera e dentro desse curto tempo em que se passa por esta vida nada tem importância, a não ser a própria vida e a felicidade de viver. Para isso, faz-se necessário compreender que, apesar de ser apenas um indivíduo, quão importante é a sua existência nesse planeta! E que maior ainda é a sua responsabilidade perante o mundo, pois a existência da humanidade e do planeta está ligada direta ou indiretamente a ele, que suas ações e omissões de certa forma interferirão no equilíbrio dessa relação com o mundo.

Assim sendo, a educação transformadora só ocorrerá com o consentimento e com querer de cada um, em qualquer nível de escolaridade, porque não é conhecimento acadêmico que liberta, esse somente norteia. A libertação vem através de uma atitude, uma sede insaciável de ler, absorver e entender o mundo usando todos os seus sentidos, intuição, experiências, e todos os meios a seu alcance, levando sempre em consideração o fato de que vivemos em sociedade, e tudo o que somos e que aprendemos deverá convergir para o bem coletivo. E todo o bem que o conhecimento proporciona, deverá ser compartilhado exercendo uma função social de modo que todas as pessoas com as quais temos ou venhamos a ter contato, possam crescer junto conosco.

Dessa forma, então podemos afirmar de fato que a educação transforma e liberta o homem, conduz ao caminho da fraternidade, livrando dos vícios e das paixões ignóbeis, tais como: o egoísmo, a ganância, a intolerância, o preconceito, a arrogância etc...

Em estando livre e transformado, o homem praticará virtudes se auto-realizando, tornando-se pacifico e feliz, porque a prática do bem traz satisfação pessoal. Aí então a educação terá cumprido o seu papel.

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Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Manhã de carnaval"
, de Luiz Bonfá e Antonio Maria
Nota para a seqüência Midi: ****

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