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Opinião
A ética do morango
Enviado pelo autor, Americana-SP
Por Juliano Schiavo, 19 anos, estudante de jornalismo
E-mail: jssjuliano@yahoo.com.br
15 julho, 2007
Nunca pensei que uma caixinha de morango pudesse ensinar tanto a respeito da vida. Mas ela pode dizer muito. Numa caixinha plástica, envoltos numa proteção transparente, estão expostos para o deleite dos olhos os mais belos e tenros morangos. Em formato de coração, adornado com um vermelho intenso e chamativo, o "falso fruto" mostra todo seu esplendor na parte superior da caixinha. |
A beleza, tão efêmera, está
em sua magnificência e conquista os olhos do consumidor, que encantado,
compra o pacotinho para saborear os morangos. Ao abri-lo, uma surpresa.
Por debaixo da beleza, há um falso fruto raquítico, feio,
amassado. Pequeno, muitas vezes mofado, seu destino não é
tocar os lábios e ser degustado: ele segue para o lixo.
Essa é uma prática vigente em nosso país para reflexão.
Resume a idéia da "ética do morango", ou seja,
aquela que vende a beleza, ludibria os olhos e lucra com algo que ninguém
compraria.
Nas relações pessoais, há muitos que se utilizam
desse artifício. Enganam e sabem lograr com um conjunto de palavras,
com sorrisos e maleabilidades corporais o seu próximo. A ética
deles é vender uma coisa e fazer outra.
Articulistas, jornalistas, vendedores, políticos, ambulantes,
desempregados, uma gama muito seleta de pessoas age de acordo
com a ética do morango. Pregam uma coisa e fazem outra. É
a hipocrisia tomando lugar da verdade e contagiando muitos: se ele engana
e lucra com isso, por que eu não posso enganar e lucrar com o
próximo também?
Há de se levar em consideração que, ao agir dessa
forma enganar pra tirar proveito fere-se um dos princípios
básicos da boa conduta, que nesse caso é a honestidade.
Por ela se entende a condição de ser honesto algo
que, infelizmente, é um valor em extinção e que
necessita urgentemente renascer dos escombros das relações
pessoais.
Longe de lições de moral: honestidade é prêmio
que se conquista dia a dia. O maior lucro advindo dela não é
material e não se contabiliza. Ele vem por meio da consciência
limpa. Vale a pena ser honesto e se empenhar em transmitir essa idéia,
pois a podridão (cedo ou tarde) vem à tona e demonstra
que, por detrás dos belos morangos, há aqueles que estão
mofados e que precisam ser eliminados.
Pára, Brasil!
Enviado pela autora, Alegrete-RS
"Assumo o compromisso de livrar o Brasil da vergonha de ser uma nação com legiões de famintos e flagelados, doentes e analfabetos, desempregados e humilhados, sobreviventes da dor. No meu governo vou erradicar a fome e o analfabetismo dos lares brasileiros".
Luis Inácio Lula da Silva
Por Sandra Silva,
socióloga
E-mail:
sandrasilva33@yahoo.com.br
Vêem-se três grupos de pensamentos distintos no Brasil: os que entendem que o país está bem governado e percorrendo um bom caminho, os que acham justamente o contrário e os que pouco se importam com os outros dois, ou seja, nada pensam, nada avaliam. Vivem o dia-a-dia como se não fizessem parte do conjunto ao melhor estilo do descomprometimento do movimento hyppie dos anos setenta.
Os formadores de opinião do país, em razão da responsabilidade que têm com o leitor, passam por momento conturbado face aos dois primeiros grupos. Ao analisarem a paisagem social da nação, ainda movidos pelos ideais juvenis dos cursos de jornalismo, arremessam palavras contra os desastres morais que têm se abatido sobre a sociedade. Estas críticas contundentes e o léxico incisivo resultam na formação de um pelotão de defesa das idéias combatidas que se põe em guarda através de vigorosos processos judiciais. A grande mídia ainda suporta os custos dessas lides, mas a pequena tomou o caminho da mesmice e dos "releases" remetidos pelos grupos de interesse e que mantém assiduidade financeira com esses parceiros. Salvo exceções, como tudo.
Há uma perplexidade em tudo isso porque não há lugar que se vá ou indivíduo com que se mantenha um diálogo que não condene o crescente estágio de barbaridades morais que vêm castigando o país. Por outro lado, nenhuma classe social está a salvo de manter conduta decente, sequer os gêneros ou as categorias profissionais. O vento açoitador da imoralidade parece ter penetrado em tudo e em todos e já se anda a dizer "salve-se quem puder"! Isto é muito mau e poderá lesar gerações causando um desastre que não se corrige com a criação de leis.
Há questões muito graves para serem resolvidas no país e que precisariam do empenho total do congresso e dos brasileiros, mas se fica a administrar a imoralidade e a corrupção e o que deveria ser feito para gerar progresso, desenvolvimento e melhor qualidade de vida para nosso povo, literalmente vai para o lixo.
A questão da maioridade penal é de enorme relevância. Precisamos enfrentar isso com urgência. Nossos jovens delinqüentes - infelizmente - não podem ser protegidos pelas benesses das leis tomando por base que são incapazes de discernir que matar e trucidar com requinte de crueldade é coisa que não conseguem distinguir. Isso é um acinte à sociedade. Aos cruéis, tratamento civilizado, mas inflexível.
Outro ponto a ser resolvido é a descriminalização do aborto. É discussão conflitante, pois envolve vida e morte. Mas é fato que existe, levando anualmente à morte centenas de mulheres brasileiras.
Ainda se tem dentre as questões nacionais relevantes a previdenciária que resulta do aumento da média de vida e que também terá de ser encarada com sensatez sob pena de caos absoluto.
O planejamento da natalidade da mesma forma precisa ser fustigado pela sociedade, porque também se defronta com a longevidade dos indivíduos fazendo o país inflar em habitantes.
Tudo isto no bojo do desenvolvimento que precisa acelerar passos, senão sair em disparada, tamanha é sua distância entre o número de pessoas existentes e as ofertas para exercerem uma atividade lícita que mantenha a sociedade estável.
O Brasil precisa parar para discutir o que realmente interessa ao bem comum, donde se inclui a seriedade na escolha dos representantes, hoje em sua grande maioria achincalhados por qualquer do povo e motivo de escárnio e difamação.
Futuro enfumaçado
Enviado pelo autor, Rio de Janeiro-Capital
Por Gustavo
Barreto, editor de meios da imprensa alternativa
E-mail: gb@ufrj.br
Não sei bem quais são os
atuais interesses da Philip Morris Brasil, mas é no
mínimo interessante notar que os programas de treinamento em
jornalismo dos dois maiores jornais de São Paulo - Folha
de S.Paulo e O
Estado de S. Paulo - são patrocinados por esta indústria
do tabaco. Só para lembrar, a indústria do tabaco é
uma das mais danosas para o planeta em termos de saúde humana.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reforça
que o tabaco, uma epidemia global, é mortal "em qualquer
forma ou disfarce". Ainda segundo a OMS, "a indústria
do tabaco continua a colocar os lucros à frente da vida; sua
própria expansão antes da saúde das futuras gerações;
seus ganhos econômicos à frente do desenvolvimento sustentável
dos países".
A OMS destaca que a indústria
criou falsas variantes do cigarro com nomes
como "light", "mild" (suave) e "low tar",
criando a ilusão de que os novos produtos são mais saudáveis.
"Eles continuam a levar novos e antigos consumidores a níveis
mais traiçoeiros de decepção ao promover e vender
novos produtos disfarçados com nomes mais saudáveis, sabores
diferenciados e pacotes mais atrativos", denuncia a Organização,
em campanha no ano passado, durante o Dia
Mundial sem Tabaco.
Dados do Instituto Nacional de Câncer
(Inca) indicam que o tabagismo é
diretamente responsável por 30% das mortes por câncer em
geral, 90% das mortes por câncer de pulmão e 25% das mortes
por doença coronariana. Um fumante introduz em seu organismo
mais de 4.700 substâncias tóxicas com o consumo do cigarro.
As mais conhecidas são a nicotina, o alcatrão e o monóxido
de carbono.
Até que ponto a imprensa, supostamente
responsável por aumentar a
participação cidadã da população
por meio da informação, deve fazer negócios
com uma das indústrias de maior impacto social negativo para
o mundo, com 5
milhões de mortes anuais e em crescimento?
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Trilhos urbanos", de Caetano Veloso
Nota para a seqüência Midi: *****
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