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Enviado pelo autor, Coronel Fabriciano-MG
9 abril, 2011

O Alcorão

Por Benedito Franco

Acabo de ler, desejo de anos, o Alcorão. O Alcorão é totalmente diferente do imaginado por mim. Valeu. E valeu muito conhecer mais um pouco da cultura e da religião mulçumana. Os muçulmanos podem se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como al-Karim (o Nobre) ou al-Azim (o Magnífico) e acreditam que ele é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Muhammad (Maomé) ao longo de um período de 22 anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa ler ou recitar; Al corão é portanto uma recitação ou algo que deve ser recitado. Ainda se referem a Ele como al-Karim (o Nobre) ou al-Azim (o Magnífico).

Muitos sustentam que o livro sagrado dos mulçumanos deva chamar-se O Corão e não O Alcorão, o al representando o artigo o em árabe, o que, etimologicamente, estaria certo.

O Alcorão fundou uma das três grandes religiões monoteístas do mundo. Não foi escrito por Maomé - ele não sabia ler ou escrever. Após sua morte, o sucessor, Abu Bakr, receando que as mensagens de Maomé se perdessem, encarregou Zaid Ibn Thabet de reunir todos os fragmentos onde os seguidores retinham suas palavras, em quaisquer materiais disponíveis: pele de cabra, omoplatas de camelo, folhas de tamareira, pedras ou pergaminhos.

Os textos foram repartidos em suras e cada sura em versículos. Num total de 6236 versículos, das 114 suras, 86 foram reveladas em Meca, onde Maomé nasceu (570 d.C.) e viveu até aos 52 anos; e 28 em Medina, onde se refugiou e morreu (632 d.C.).

Há quem resume assim o dogma pregado por Maomé:: “Deus havia revelado sua vontade aos judeus e aos cristãos pela voz de seus Mensageiros. Mas eles desobedeceram às ordens de Deus e dividiram-se em seitas cismáticas. O Alcorão acusa os judeus de terem corrompido as Escrituras, e os cristãos de adorarem Jesus como Filho de Deus, quando Deus nunca teve filho e quer ser adorado com absoluta exclusividade. Tendo-se assim desencaminhado, judeus e cristãos devem ser chamados de novo para a senda da retidão, religião verídica fundada por Abraão e que Maomé, o último dos profetas, veio pregar”.

Achei que o Alcorão trata os cristãos com muito respeito, inclusive quando se refere a Jesus e à Maria – sempre que se fala de Jesus, diz: “... Jesus, o filho de Maria.”.

Com os judeus nem sempre é tão condescendente. Na sura 5, versículo 81, escreve: “Encontrarás nos judeus e nos idólatras os inimigos mais duros dos crentes. E encontrarás nos que dizem: “Somos nazarenos” os mais próximos em afeição dos crentes. É porque, entre estes, há monges e sacerdotes, e porque não se ensoberbecem.”.

Os elementos principais da pregação de Maomé são:

1) Deus é único e onipotente.
2) A ressurreição dos mortos.
3) O Juízo Final.
4) A Geena (o inferno).
5) O Paraíso.

O Alcorão não classifica os homens conforme sua raça, cor, nacionalidade, cultura, posses econômicas ou classes sociais. Todos são iguais perante Deus. O que os distingue é a sua fé. Há ainda cinco deveres prescritos:

1) A prece.
2) O pagamento do tributo dos pobres.
3) O jejum.
4) A peregrinação a Meca.
5) A guerra santa.

Sua leitura começa assim: "Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso...".


Enviado por Fátima Medeiros, Nova Lima - MG
5 junho, 2009

Um conto do vigário

Por Desio Cafiero

Fernando Henrique da Silva, é um cara peculiar: oriundo da cidade de Canta-Galo, no estado do Rio de Janeiro, chegou a Minas Gerais montado no lombo de um jegue que refugava sempre, quando algo lhe soprava à venta; avançando dois passos pra frente e quatro pra trás. Nesse balé estranho vinha seguindo o moço, sem eira nem beira ou destino certo, se defendendo da fome e do frio que açoitava naquele inverno; pela caridosa hospitalidade que nunca faltou à gente mineira. De tropel e atropelo eis que nosso homem chega a uma simpática cidade do interior, que tem sua origem na exploração minerária; resolvendo então ali se estabelecer.

Cheio de "esses" e "erres", o indivíduo foi se achegando de manso, observando costumes e tradições daquele povo simples e acolhedor - apesar de desconfiado - minando devagarinho a resistência natural; de início. Não demorou a cair nas graças de um próspero comerciante da região que, à época, também militava na política. O "padrinho" abençoado resolveu, então, ajudar ao moço bem falante e cheio de trejeitos. Como ficara sabendo que o forasteiro em sua vida pregressa e na defesa do pão de cada dia, "ganho de forma honesta", como gostava sempre de afirmar, trabalhara na Região dos Lagos vendendo espetinhos de camarão, sanduíches, bebidas e sorvetes -posteriormente, promovido à condição de camelô, instalara uma banca de bugigangas e "lembrancinhas", em que faturava com os turistas- decide explorar esse tino comercial, dando-lhe para vender uns imóveis na região. Mais tarde, o padrinho eleito prefeito, leva-o junto como homem de sua inteira e total confiança.

A partir daí sua vida mudou. Tratou logo de apressar as bodas com moça da terra, apostando na credibilidade e respeito que iria angariar com esse enlace. A moça, que era boa e simples, tendo como senão apenas uma ligeira confusão de idéias, veio ajudar sobremaneira na realização de projetos ambiciosos, que já se delineavam naquela mente ardilosa e perspicaz. Como tinha carta branca do "padrinho" -então prefeito- nosso simpático dândi começa a se despir da polidez inicial, liberando sua real essência: seu lado obscuro e perverso. Passa a disseminar a desconfiança entre as pessoas; estimula a deduragem e o puxa-saquismo; estabelece regras e normas absurdas de comportamento entre os subordinados; promove reuniões intermináveis em que discorre sobre teses mirabolantes, pelo simples prazer de testar seu poder de persuasão e convencimento. Enfim, elege-se deus todo poderoso... Não demora a ganhar o jocoso apelido de "Fernandinho Mau-Mau". Não se sabe porque obra, graça ou desgraça, esse indivíduo consegue transitar por todas as secretarias da prefeitura daquele município, sempre "na crista da onda"; dito em bom carioquês.

Contudo, a façanha mais espetacular desse sacripanta ainda estava por vir. Percebendo uma certa fragilidade no fôlego político do "padrinho" -que se mantivera no poder durante vários mandatos- consegue bandear-se para as fileiras do arqui-rival, numa performance apenas executada por grandes malabaristas circenses. Prefeito eleito, lá está novamente nosso homem dando as cartas, contra tudo e contra todos.

Diante desse fenômeno e, embasbacado, o povo simples de interior apela para superstição. Fica aqui o registro de um pobre lavrador: "O homi tem santo forte"! Mas...algum santo, com um mínimo de bom senso, se prestaria a apadrinhar semelhante estafermo???!!!

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Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Bananeira, de João Donato
Nota para a seqüência MIDI: ****

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Belo Horizonte, 12 abril, 2011