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Mudanças climáticas
Enviado por Philippe Piet van Putten, Florianópolis-SC
Recuo extraordinário do gelo expõe novas ilhas no Ártico
Fonte: Estadão Online
22 agosto, 2007
Ilhas até então desconhecidas estão aparecendo no verão devido ao recuo do gelo do Ártico em níveis inéditos, disseram especialistas, questionando se o ritmo do aquecimento global não está superando as projeções da ONU - Organização das Nações Unidas.
Outro fenômeno registrado neste ano foi a dificuldade enfrentada por focas e ursos polares no arquipélago norueguês de Svalbard, já que o gelo marinho do qual esses animais dependem para a caça derreteu muito antes do normal.
"Reduções de neve e gelo estão acontecendo num ritmo alarmante", disse a ministra norueguesa do Meio Ambiente, Helen Bjoernoy, em um seminário com 40 cientistas e políticos que começou na noite de segunda-feira em Ny Alesund, a 1.200 quilômetros do Pólo Norte.
"Esta aceleração pode ser mais rápida que o previsto (neste ano pelo painel climático da ONU)", disse ela a jornalistas. Ny Alesund, base para a exploração ártica, se intitula o lugar permanentemente habitado mais ao norte do mundo.
"Pode haver um Ártico sem gelo até meados deste século", disse Christopher Rapley, diretor da Pesquisa Antártica Britânica, acusando o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática de ter subestimado o degelo nas duas regiões polares do globo.
Ilhas - O degelo dos glaciais que vão do interior para a costa de Svalbard revelou várias ilhas que não estavam nos mapas. "Sei de duas que apareceram no norte de Svalbard neste verão e não foram reivindicadas ainda", disse o ambientalista Rune Bergstrom, consultor do governo norueguês na ilha.
O pesquisador disse ter visto uma das ilhas, do tamanho aproximado de uma quadra de basquete. Outras ilhas apareceram nos últimos anos nas costas da Groenlândia e Canadá.
Apesar de tantos alertas sobre o aquecimento, nevava na segunda-feira (20) em Ny Alesund, em pleno verão, várias semanas antes que o normal na região, que nesta época ainda está sendo banhada pelo sol da meia-noite.
Bjoernoy diz que a nevasca foi extemporânea e não invalida os alertas sobre o aquecimento.
Na sexta-feira (17), o Centro Nacional de Dados dos EUA sobre Neve e Gelo disse que o trecho congelado no Ártico "caiu abaixo do recorde mínimo absoluto de 2005 e ainda está derretendo". O gelo do Ártico atinge seu nível mínimo em setembro, quando então volta a congelar. A estatística norte-americana se baseia em dados de satélite desde a década de 1970.
Rapley disse que o recuo do gelo é ruim para as populações nativas e para a vida animal, mas que pode ajudar a exploração de gás e petróleo ou a abertura de rotas marítimas entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
A Noruega espera que o seminário pressione os governos a aceitarem cortes maiores nas emissões de gases do efeito estufa. Participam do evento representantes da China e dos EUA, os dois maiores poluidores mundiais.
Cresce pressão para proibição
de sacolas plásticas em lojas
Enviado por Vitor Buaiz, Vitória-ES
Por Ian Urbina, de
Annapolis, Maryland-USA
Tradução: George El Khouri Andolfato
Fonte: The
New York Times
24 julho, 2007
Papel ou plástico? É uma pergunta que há muito persegue os clientes de mercados. Mas o debate poderá em breve ser decidido nesta cidade costeira, onde um projeto de lei que visa proteger a vida marinha proibiria as sacolas plásticas em todo o varejo.
São Francisco sancionou uma proibição em abril, mas ela se aplica aos grandes mercados e farmácias. Medidas semelhantes estão sendo consideradas em Boston; Baltimore; Oakland, Califórnia; Portland, Oregon; Santa Monica, Califórnia; e Steamboat Springs, Colorado.
Alexandra Cousteau, neta de Jacques Cousteau e diretora do EarthEcho, um grupo de educação ambiental em Washington, disse: "A proibição do plástico faz sentido pela simples razão de que leva mais de 1.000 anos para biodegradar, o que significa que cada pedaço de plástico que já fabricamos ainda está por aí, com grande parte indo parar nos oceanos, matando os animais". Cousteau participou de um encontro público realizado aqui na segunda-feira em apoio à medida. Mais de 70 pessoas compareceram ao encontro.
O projeto de lei visa ajudar a proteger Chesapeake Bay e seus tributários, cujos peixes e aves freqüentemente morrem após ingerir sacos plásticos descartados. Segundo o projeto de lei que passará por uma votação final no Conselho Municipal em outubro, as lojas seriam obrigadas a oferecer sacolas de papel feitas de material reciclado.
Os críticos dizem que a proibição seria cara e contraproducente. "Soa bem até você considerar o custo", disse Barry F. Scher, porta-voz da Giant Food, uma rede de mercados com sede em Landover, Maryland.
Em vez de proibir sacolas de plástico, que custam 2 centavos de dólar cada em comparação aos 5 centavos das sacolas de papel, Annapolis deveria exigir o cumprimento de suas leis de lixo, disse Scher.
Ele acrescentou que a Giant já oferece um crédito de 3 centavos por cada sacola de plástico que os clientes devolvem à loja e que 2.200 toneladas de sacos por ano são recicladas e transformadas em bancos de quintal e de praça.
As sacolas de papel são mais volumosas para transportar do que as sacolas de plástico, acrescentou Scher, e mais caminhões, combustível e poluição estão envolvidos em sua entrega às lojas.
"Isto pode ser verdade", disse Alderman Sam Shropshire, o autor do projeto de lei daqui, "mas o que eles não dizem é que para fazer 100 bilhões de sacolas de plástico, que é quanto usamos nos Estados Unidos por ano, são necessários 12 milhões de barris de petróleo. Nenhum petróleo é usado para produzir sacolas de papel reciclado".
Jeffrie Zellmer, diretor legislativo da Associação dos Varejistas de Maryland, disse que é necessário bem menos energia para reciclar plástico do que para reciclar papel. Zellmer acrescentou que 90% dos varejistas usam sacolas de plástico e que os custos poderão triplicar ou sextuplicar, no final sendo repassados aos consumidores.
O coordenador de reciclagem comercial da Cidade e Condado de San Francisco, Jack Macy, disse que nacionalmente 1% de todos os sacolas de plástico de compras é reciclado.
"Isto significa que o restante vai parar em um depósito de lixo", disse Macy. "De forma que o argumento sobre a reciclagem do plástico ser mais eficiente em energia não é forte."
"Olha", disse Shropshire, "no final, a melhor opção é as pessoas trazerem suas próprias sacolas reutilizáveis. Mas se não o fizerem, então elas podem usar sacolas de papel que se biodegradam mais rapidamente do que o plástico e não exigem que árvores sejam cortadas".
Por ora, a prefeita Ellen O. Moyer de Annapolis, uma democrata, permanece indecisa sobre a medida. Um porta-voz de Moyer, Ray Weaver, disse que a cidade planeja distribuir sacolas reutilizáveis para quase todos os moradores até o último trimestre.
Para isto, disse Weaver, a cidade está considerando se associar aos fabricantes de velas de navegação para usar material excedente, que adolescentes em programas de empregos poderiam costurar em sacolas.
"Eu acho que é uma ação inteligente", disse Jim Martin, proprietário da Free State Press, uma pequena loja de impressão e cópia a várias quadras do Capitólio Estadual, enquanto encomendava cartões de visita para um membro do Conselho Municipal para serem entregues em um sacola de plástico.
Martin disse estar mais disposto a deixar de trabalhar com as sacolas de plástico por estar cansado do lixo nas ruas, árvores e na baía.
Brian Cahalan, dono do 49 West, um loja de café a cerca de duas quadras do Capitólio, disse que independente da aprovação ou não da medida, o debate o levou a agir.
Apesar de sua loja usar sacolas de plástico, disse Cahalan, ele planeja encorajar os clientes a trazerem suas próprias sacolas ao cobrar 25 centavos por cada sacola que a loja usar.
"Assim não teremos que descobrir qual dos dois tipos de lixo é o pior", ele disse.
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Ponta de areia" de Milton Nascimento e Fernando Brandt
Seqüencia Midi: Hiram Araújo Filho
Nota para a seqüência Midi: *****
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