Enviado por Isolda Haris, Fortaleza-CE
12 janeiro, 2009
Dicas para curtir Buenos Aires
Por Lalai
Fonte: Blog
da Lalai
Cheguei em
Buenos Aires no dia 26/12 à noite. A primeira impressão boa
já rolou no aeroporto. Não demorou muito para conseguirmos
um táxi. Enquanto dentro do saguão o táxi custa $ 130 pesos,
na área externa era possível fechar por 80. Acabamos fechando
um táxi para 6 até Palermo por $ 140 pesos.
Sempre que
se comenta sobre Buenos Aires, se ouve na sequencia “Buenos
Aires é tão barato”. Esqueça isso, pois virou lenda. Isso
foi antes da tal crise econômica mundial e hoje não se janta
aqui em um bom restaurante por menos de $ 70 pesos (comida
e bebida, mas sem sobremesa). A história é outra, mas ainda
é mais acessível que São Paulo.
Quando escolhemos
nosso apartamento,
ficamos bem felizes por ser em Palermo, mas hoje brinco que
ficamos em Palermo Bagdá (Puerrydon x Cordoba). Fica exatamente
no último pedacinho do enorme bairro Palermo. A parte boa
é que o deslocamento foi bem fácil para qualquer parte da
cidade, tanto de táxi, quanto de metrô e ônibus. Se você for
vir para cá, este apartamento tem bom custo & benefício
e tem uma boa localização para quem vai a cidade fazer turismo,
pois fica no meio dos principais bairros.
Como marinheiros
de primeira viagem, acabamos parando em um bar bem caro em
Recoleta
logo que chegamos, no qual entendemos que o chopp custava
$ 14 pesos, mas na compra de um, ganhava-se outro. Na hora
de pagar a conta descobrimos que custava $ 24 a tal “dobradinha”.O
bairro é um dos mais bonitos e vale gastar um dia caminhando
por lá.
Tivemos a sorte
depois de encontrar a Ida
por lá, que tem um amigo brasileiro que mora na cidade há
13 anos. Ele tem um gosto muito parecido comigo, então pudemos
depois escapar um pouco do circuito turístico e nos esbaldar
em lugares frequentados pelos “locais” (como gosto de dizer).
Acabamos tendo boas surpresas.
Não sou boa
para fazer guias turísticos ou mesmo ser linear, então quero
apenas compartilhar lugares que eu adorei. Não vou citar monumentos,
igrejas, construções, pois sou péssima nisso. Deixo esta parte
para o Renato e Fabilipo, o primeiro porque é arquiteto e
o segundo porque é ótimo em história e fã de igrejas. Como
todos sabem, há muitas livrarias na cidade e uma mais charmosa
que a outra, além dos cafés, também charmosíssimos. Buenos
Aires é uma cidade para bater perna, pois vale cada quarteirão
andado. A cidade transpira charme, tem construções lindas,
além de ser a cidade das cúpulas. Achei mesmo uma grande pena
eu não ter alugado uma bicicleta.
Dentro do
circuito “somos turistas" e daí?
- brunch
no Olsen:
no final de semana vai até às 20h. Tem vários combinados e,
ao contrário do que dizem, não sai tão caro quanto dizem.
O preço dos combinados do brunch variam entre $38 e $56, incluindo
uma mini-Chandon. Se estiver muito quente, a boa pedida é
ficar em uma mesa no jardim. Também vale a pena fazer uma
reserva antes. O Olsen é um restaurante escandinavo e bem
descolado. Lugar para ver e ser visto, mas atualmente disputado
entre os turistas e muito pouco pelos locais. Vale a ida e
o brunch acabasendo uma ótima pedida. Para os mais animados,
há degustação de vodka por $35.
- jantar
no Bar
Uriarte: preço justo e a comida é bem servida.
O cordeiro com purê de batata no azeite com trufa é ótima
pedida, também possui uma farta carta de vinho para todos
os bolsos. O atendimento é leeentooo, mas isso é bem comum
em Buenos Aires. O melhor lugar para se sentar é nas mesas
dos fundos ou no jardim de inverno.
- andar pela
Avenida de Mayo, considerada a Av. Champs-Elysées argentina,
para se deslumbrar com suas belas construções em estilos bem
variados. Aproveite e pare para um café no Café
Tortoni, fundado em 1858. Aproveite e visite
a estação Peru, que foi a primeira a ser construída na cidade
(1913) e até os trens são antiguíssimos. Aí na hora do almoço
corra para o Restaurant Status, que de acordo com meu amigo
“local” tem a melhor cozinha peruana da cidade. Nos esbaldamos
em ceviche & batatas & cerveja. O restaurante fica
na Virrey Cevallos, 178 - perto da Plaza Congreso. Eu, sinceramente,
nunca teria pensado a ir em um peruano. Este é imperdível.
- ir ao bar
El Preferido (Jorge Luis Borges, 2108 - Palermo), que tem
esse nome por ter sido frequentado pelo Jorge Luis Borges,
para almoçar.
Se você estiver
passeando por Palermo Soho, tome um café na livraria Crack-up
(Costa Rica, 4767), perto da Plaza Palermo. O atendimento
é simpático e o café expresso é bem tirado. Há combinados
de café + torta com preço bom.
Não deixar
de ir no museu de arte contemporânea Malba,
que tem um acervo incrível, inclusive Fridah Kahlo, Botero,
Lygia Clark, o Abaporu da Tarsila do Amaral, Diego Rivera
entre outros, além das exposições temporárias. Aproveite depois
para passear pela avenida das embaixadas que tem construções
lindas.
O famoso Caminito,
que fica na Boca, é um bem ruim. São poucas ruas e com nada
interessante, além de ficar numa região muito feia da cidade.
O que vale a pena lá é visitar a fundação Proa,
que está atualmente com a exposição do Marcel Duchamp que
esteve recentemente em São Paulo. Foi uma ótima pedida por
módicos $ 10, já que eu perdi a exposição por aqui.
Fui a San Telmo
duas vezes, mas não é meu lugar favorito. Me diverti mais
andando pelas ruas fora do burburinho que tem construções
que valem a pena ver, mas a Galería
Mercado de San Telmo é um lugar curioso. Tem
de tudo: de banana a casaco de pele.
O melhor lugar
que fui em San Telmo, e por sorte fica um pouco abaixo da
praça, então parece ainda não ter sido descoberto, é a loja
Cualquier
Verdura, que é uma casa graciosa totalmente mobiliada:
tem cozinha, sala de jantar, quarto, etc. Tudo, incluíndo
os móveis, está a venda. A loja é um paraíso para quem gosta
de toys e objetos vintage. Eu arrematei um vestido lindo por
$ 120 que achei dentro do armário no quarto. Essa é a parte
bacana: saí fuçando tudo a procura de coisas legais. Ponto
obrigatório. Depois é só esticar numa padaria que tem uma
diversidade de alfajores, que fizeram meus amigos voltarem
a San Telmo só para ir lá novamente. A padaria fica na Rua
Peru entre a Rua Humberto (da lojinha) e Carlos Calvo.
Falam que o
Soberbia
22 ( Fitz Roy 2199) é o antigo El 22, mas pelo
que eu soube enganam-se. O El 22, que ficava na região mais
movimentada de Palermo, ficou cool. O dono resolveu alugar,
afinal a região valorizou pencas, mas exigiu que se mantivesse
o nome 22 e alugou outro local fora do circuito, fiel ao original,
bem rustico que parece nossos botecos brasileiros. Com certeza
uma das melhores parrillas a um preço inacreditável. Fizemos
uma baita degustação das carnes, bebemos todas e gastamos
$35 cada um. É dos poucos lugares que de fato mantém a tradição
de comer bem & barato. Esse é daqueles achados e não se
vê nem sombra de turista por lá. Esse vale a pesquisa para
descobrir onde fica.
Para compras
não faltam lugares bacanas.
- em Palermo
Soho Sopa
de Principe (Thames 1719), para quem se amarra
em bonecos de pano; não deixe de parar na Boutique
del Libro (Thames 1762) para uma tortilla &
vinho, gastar horas percorrendo suas estantes de arte, além
de apreciar os atendentes que são todos belíssimos e ser uma
das livrarias mais bonitas que vi; a Tienda Palacio (Honduras
5272), uma loja de design (com preços salgados) com muita
coisa bacana como móveis, objetos de decoração, bolsas, livros,
cadernos e qualquer cacareco bacana que se possa imaginar.
- na Av. Santa
Fé tem El
Ateneo (Av. Santa Fe, 1860), que é uma das livrarias
mais lindas que já vi (pena que achei os livros caros na Argentina),
a galeria
Bond
Street (Av. Santa Fé 1670) que é uma mistura
da Galeria Ouro Fino com a Galeria do Rock; a Galeria
5ª Avenida (Av. Santa Fé 1270) que é cheio de
brechós e dá para achar peças vintages incríveis a preços
incríveis. Depois pare para um drink no Milion
(Paraná, 1048), que fica numa mansão linda. Se ainda for dia,
tente um lugar no jardim.
- a nolineal
(Guemes, 4125), loja de lingeries/bíquinis e meias-calças,
que trabalha com estampas lindíssimas.
- loja de roupas
A.Y.Not
Dead (possui 3
lojas na cidade) que tem uma coleção bem descolada
e preço bom.
- loja de tênis
e bolsas Puro (Jorge Luis Borges 2184)
- outra livraria
linda que vale a visita é a Eterna
Cadencia Libreria (Honduras, 5574), que tem também
uma vasta coleção de livros de artes, além de ter um café
num jardim bem charmoso.
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Música
de fundo em arquivo MIDI (experimental):
"Agua e vinho", de Egberto Gismonte
Seqüência Midi: Egberto Gismonte
Nota para a seqüência Midi: *****
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