Pensamento de mulher
Enviado por Marcos Garcia Jansen, Belo Horizonte-MG

  "O maior prazer de uma mulher inteligente é bancar a idiota diante de um idiota que banca o inteligente"

Duplo silêncio
Enviado por Eduardo Scarpeli

Lenda judaica
22 novembro, 2006

Dois amigos cultivavam o mesmo campo de trigo, trabalhando arduamente a terra com amor e dedicação, numa luta estafante, às vezes inglória, à espera de um resultado compensador.

Passam-se anos de pouco ou nenhum retorno. Até que um dia, chegou a grande colheita. Perfeita, abundante, magnífica, satisfazendo os dois agricultores que a repartiram igualmente, eufóricos.

Cada um seguiu o seu rumo.

À noite, já no leito, cansado da brava lida daqueles últimos dias, um deles pensou:
"Eu sou casado, tenho filhos fortes e bons, uma companheira fiel e cúmplice. Eles me ajudarão no fim da minha vida. O meu amigo é sozinho, não se casou, nunca terá um braço forte a apoiá-lo. Com certeza, vai precisar muito mais do dinheiro da colheita do que eu".

Levantou-se silencioso para não acordar ninguém, colocou metade dos sacos de trigo recolhidos na carroça e saiu.

Ao mesmo tempo, em sua casa, o outro não conciliava o sono, questionando: "Para que preciso de tanto dinheiro se não tenho ninguém para sustentar, já estou idoso para ter filhos e não penso mais em me casar. As minhas necessidades são muito menores do que as do meu sócio, com uma família numerosa para manter".

Não teve dúvidas, pulou da cama, encheu a sua carroça com a metade do produto da boa terra e saiu pela madrugada fria, dirigindo-se à casa do outro. O entusiasmo era tanto que não dava para esperar o amanhecer.

Na estrada escura e nebulosa daquela noite de inverno, os dois amigos encontraram-se frente a frente.

Olharam-se espantados. Mas não foram necessárias as palavras para que entendessem a mútua intenção. Amigo é aquele que no seu silêncio escuta o silêncio do outro.


Respeito às diferenças
Enviado por Vitor Buaiz, Vitória-ES

Autoria desconhecida
31 agosto, 2006

Um sujeito colocava flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês depositando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, da mesma forma quando o seu vier cheirar as flores!

Respeito às opções do outro, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferentes e pensam diferentes. Compreende-las é sabedoria pura.


Abra os olhos para o que você tem de bom
Enviado por Priscila de Coelho Loureiro, São Paulo-Capital

Fonte: "Livro para que sua família se transforme", da Editora Verus
4 agosto, 2006

Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade, de fato, um sítio, que lhe dava muito trabalho e despesa.

Reclamava que era um homem sem sorte, pois suas propriedades davam-lhe muita dor de cabeça e não valia a pena conservá-las. Pediu então ao amigo poeta para redigir um anúcio de venda de seu sítio, pois acreditava que, se ele descrevesse sua propriedade com palavras bonitas, seria muito fácil vendê-la.

E assim Olavo Bilac, que conhecia muito bem o sítio do amigo, redigiu o seguinte texto: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda".

Meses depois, o poeta encontrou o amigo e perguntou-lhe se havia vendido o sítio. "Nem pensei mais nisso", respondeu ele. "Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuía".

Algumas vezes, só conseguimos enxergar o que possuímos quando pegamos emprestado os olhos alheios. Para que sua família se transforme, abra os olhos para o que você tem de bom.


Jogando conversa dentro
Enviado por Mag Guimarães, Roterdã-Holanda

Por Geraldo Spagno Guimarães
17 julho, 2006

Você já pensou que todas as pessoas têm uma idéia de Deus? Se pensarmos que tudo que ocupa nossa mente e escolhas com primazia é como um deus, então todos têm um deus particular.

Quando pequeno, eu conversava com Ele antes de dormir. Não sabia exatamente com quem falava e nem nunca ninguém havia me apresentado Deus, mas eu falava com Ele. Era uma oração autêntica, sem liturgias ou repetições ensinadas. Era linguagem de criança, mas descobri mais tarde que Ele ama esse tipo de conversa.

O que faltava eu descobrir era com quem falava, ou talvez, com quem vale a pena falar. Olha só o que eu encontrei: "Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus". Isaías 44:6

Dessa forma, fica claro que não adianta conversar com mais ninguém que se auto intitula Deus. Ou Deus é Deus, ou seria um mentiroso. Mais que jogar conversa fora, é fato que as más conversações corrompem os bons costumes, e que a brecha dada ao inimigo das nossas almas é um espaço de conquista muito caro e difícil de se garantir ou recuperar.

Se fora de Deus não há Deus, conversar com outro é jogar conversa fora. Com quem você anda falando? Não deperdice tempo. Jogue conversa dentro! Ele não muda, não decepciona e nunca nos abandona.


Viva como as flores
Enviada por Carmen Molina, Belo Horizonte-MG

Autoria desconhecida
16 fevereiro, 2006

Em um antigo mosteiro budista, um jovem monge questiona o mestre:
- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes, muitas são indiferentes. Sinto ódio das mentirosas e sofro com as que caluniam.
- Pois viva como as flores, orientou o mestre.
- E como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
- Repare nas flores - falou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem, do adubo malcheiroso, tudo que lhes é útil e saudável...mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É
justo inquietar-se com as próprias imperfeições, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o perturbem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.
Isso é viver como as flores.

Numa simples orientação, sem dúvida, uma grande e nobre lição de bem-viver.
Mas, para viver como as flores, é preciso, ainda, observar outras características que elas nos oferecem como exemplo. Importante notar que nem todas as flores têm facilidades, mas todas têm algo em comum: florescem onde forem plantadas.
Seja em terreno hostil, em meio a pedregulhos ou em jardins tecnicamente bem cuidados, as flores surgem para perfumar e embelezar a vida.

Existem as flores-heroínas, que precisam lutar com valentia por um lugar ao sol. São aquelas que surgem em minúsculas frinchas, abertas em calçadas ou muros de concreto. Precisam encontrar, com firmeza e determinação, um espaço para brotar, crescer e florescer.

Há flores, cujas sementes ficam sob o solo escaldante do deserto por muitos anos, esperando que um dia as gotas da chuva tornem possível emergir... E, então, surgem, por poucos dias, só para espalhar seu perfume e lançar ao solo novas sementes, que germinarão e florescerão ao seu tempo.

Em campos cobertos de neve, há flores esperando que o sol da primavera derreta o gelo para despertar de sua letargia e colorir a paisagem, em exuberância de cores e perfumes.

Ah! Como as flores sabem executar com maestria a missão que o Criador lhes confia!
Existem, ainda, flores resignadas, que se imolam na tentativa de tornar menos tristes as cerimônias fúnebres dos seres humanos...enfeitando coroas sem vida.

Viver como as flores, portanto, é muito mais do que saber retirar vida, beleza e perfume, do estrume...

É mais do que florescer em desertos áridos e em terrenos inóspitos...

É mais do que buscar um lugar ao sol, estando numa cova escura sob o concreto espesso...

É mais do que suportar a poda e responder com mais vida e mais exuberância...

Viver como as flores é entender e executar a missão que cabe a você, a mais bela e valorosa criatura de Deus, para quem todas as flores foram criadas...

As flores são uma das mais belas e delicadas formas de expressão do divino artista da natureza. Parece mesmo que o Criador as projetou e as colocou no mundo para nos falar da grandeza do seu amor por nós, e também como lições silenciosas a nos mostrar como florescer e frutificar, apesar de todos os obstáculos da caminhada...

Para seu bem-estar e de sua família, viva como as flores!


O jardim do velho pai
Enviado por Joni Lopes, Rio de Janeiro-Capital

Autoria desconhecida
3 fevereiro, 2006

Um velho, que vivia sozinho, queria fazer seu próprio jardim. Mas como não tinha forças para cavar a terra, precisava de ajuda de seu filho. Mas este, que o ajudaria, encontrava-se na prisão. O velho então escreve ao filho: "Filho, parece que não vou poder plantar meu jardim este ano. Estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema. Papai".

Pouco depois o pai recebe o seguinte telegrama: " PELO AMOR DE DEUS, papai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos".

As quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes da polícia apareceram e escavaram o jardim inteiro, sem encontrar corpo algum. O velho então escreveu uma carta ao filho contando o que acontecera. Recebeu a seguinte resposta: "Plante seu jardim agora, papai. Isso foi o máximo que eu pude fazer, por enquanto''.

Nada como uma boa estratégia para se conseguir coisas que parecem impossíveis. Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional...


O turista e o sábio
Enviado por Marcos Garcia Jansen, Belo Horizonte-MG

Autoria desconhecida
27 dezembro, 2005

Um turista foi à cidade do Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram: uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis ? - perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus?
- Os meus ? - surpreendeu-se o turista. Mas eu estou aqui só de passagem !
- Eu também! - respondeu o sábio.

A vida na Terra é somente uma passagem, no entanto, algumas pessoas vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem de ser felizes. O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.


Morto duas vezes
Enviado por Paulo Sérgio Loredo, São Paulo-Capital

Por Renzo Sansoni
3 agosto, 2005

Se pudéssemos receber uma mensagem, além-túmulo, deste mineiro que morreu em
Londres na semana passada, com certeza ele diria o seguinte:

''Minha gente, não estou entendendo mais nada, principalmente quando passei para o lado de cá, morto por engano pela eficiente e implacável polícia londrina. Como todos viram pela televisão, foi um horror o que aconteceu lá, ferindo, mortalmente, a fleugma e o orgulho britânicos. Logo eles, tão sisudos e tão aristocráticos. Mas, provàvelmente, eu estava no lugar errado, no momento errado, e com passaporte não reconhecido; logo minha situação naquele país não estava tão certinha como devia.

Mas, com a maneira que o brasileiro tem de dar um jeitinho em tudo, achei melhor correr/fugir/escafeder da Polícia. Aí mostrei, de verdade, que sou brasileiro da gema. E tentei a mais insensata das atitudes: fugir de uma Polícia, sedenta por capturar os
autores/terroristas da tragédia nacional. Custava eu parar, ser interrogado pelas
autoridades e dar as devidas explicações? Mas...

O que intrigou-me, profundamente, foi a repercussão de minha morte. Logo eu, um
simples brasileiro em Londres. A Imprensa resolveu, não sei por quais razões, botar a
boca no trombone, tornando-me uma celebridade, que eu não era e nem me sentia.
Até meus familiares ficaram estupefactos com tanta notícia, tantos repórteres, tanta
agitação em minha pacata cidade Gonzaga, perdidinha/escondidinha lá em Minas
Gerais. Meus quinze minutos de glória duraram vários dias. Achei tão fora de
próposito, um simples mortal como eu, tão anônimo, virar o foco da atenção mundial,
só porque corri da Polícia e morri.

Quiseram colocar uma aura de mártir em minha morte, inflando egos de gente graúda dos dois lados, Brasil e Inglaterra. Até o presidente da República ligou para meus parentes, hipotecando solidariedade. Meu nome ficou na boca e na mente de todos os brasileiros. Meu enterro mereceu até carro do corpo de bombeiros e feriado municipal. Por que será, hein? Eu, sinceramente, do fundo do meu coração não sei. Nem deixaram meus parentes me velar direito. O que indignou-me , profundamente, foi que minha morte foi transformada em espetáculo político.

E hoje, desprovido da prisão da carne, mais leve em espírito, minha maior bronca é que mais de 30 mil brasileiros são assassinados todos os anos no Brasil. E a maioria é de brasileiros honestos, pais de família, trabalhadores. Gente que teve mais determinação/coragem em ficar aqui neste país da impunidade. Eu, pelo menos, fui embora. Mas estes brasileiros são assassinados todos os dias, numa vergonhosa guerra civil. E não se vê ninguém corar, chamar a televisão, os políticos, o
presidente da República, o carro do corpo de bombeiros para enterrá-los, com honras
de Estado, como fizeram comigo. Muito estranho, não é mesmo?

Do lado de cá, com toda certeza, além de procurar minha evolução espiritual, vou
acionar tudo que puder para que a verdadeira justiça, paz, solidariedade e trabalho
para todos sejam as características que honrarão nosso querido país.

Atenciosamente...''

Eu é que agradeço, Jean. Seu recado não ficará em vão.


Alzheimer, o mal do século
Enviado por Marcos Tobias, Belo horizonte-MG

Por Roberto Goldkorn, psicólogo e escritor
1º agosto, 2005

Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia "o Infalível". Logo ele, que um dia, ao tentar ensinar-me matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele, que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.

O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas para mim basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma os líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóides comuns nas demências tipo Alzheimer. Aliás, fico até mais tranqüilo diante do "eu não sei ao certo" dos médicos, prefiro isso ao "estou absolutamente certo de que...", frase que me dá arrepios.

Há trinta anos não ouvia sequer uma menção a essa doença maldita. Hoje, precisaria ter o triplo de dedos nas mãos para contar os casos relatados por amigos e clientes em suas famílias.

O que está acontecendo? Estamos diante de um surto de Alzheimer? Finalmente nossos hábitos de vida "moderna" estão enviando a conta? O que os pesquisadores sabem de verdade sobre a doença? Qual é o lado oculto dessa manifestação tão dolorosa? Lendo o material disponível, chega-se a uma conclusão: essa é uma doença extremamente complexa, camaleônica, de muitas faces e ainda carregada de mistérios.

Sabe-se, por exemplo, que há um componente genético. Por outro lado, o dr. William Grant fez uma pesquisa que complicou um pouco as coisas. Ele comparou a incidência da doença em descendentes de japoneses e de africanos que vivem nos EUA com japoneses e nigerianos que ainda vivem em seus respectivos países. Ele encontrou uma incidência da doença da ordem de 4,1 para os descendentes de japoneses que vivem na América contra apenas 1,8 de japoneses do Japão. Os afro-americanos vão mais longe: 6,2 desenvolvem a doença, enquanto apenas 1,4 dos nigerianos é atingido por ela. Hábitos alimentares? Stress das pressões do Primeiro Mundo? Mas o Japão não é Primeiro Mundo? Não tem stress?

A alimentação parece ser sem dúvida um elo nessa corrente, e mais ainda o alumínio. Segundo algumas pesquisas, a incidência de alumínio encontrada nos cérebros de portadores da doença é assustadoramente alta. Pesquisas feitas na Austrália e em alguns países da Europa mostraram que ratos alimentados com uma dieta rica em sulfato de alumínio, comumente colocado na água potável para matar bactérias, danificou os cérebros dos roedores, de forma muito similar às causadas nos humanos pelo Alzheimer. Pesquisas do Dr.Joseph Sobel, da Universidade da Califórnia do Sul, mostraram que a incidência da doença é três vezes maior em pessoas expostas à radiação elétrica (trabalhadores que ficavam próximos a redes de alta tensão ou a máquinas elétricas).

Mas não param por aí as pesquisas, que apontam a arma em todas as direções. Porém, a que mais me chocou, e motivou a fazer minhas próprias elucubrações foi o estudo das freiras. Esse estudo citado no livro "A Saúde do Cérebro", dr. Robert Goldman, Ed. Campus, foi feito pelo dr. Snowdon, da Universidade de Kentucky. Eles estudaram 700 freiras do convento de Notre Dame. Na verdade, eles leram e analisaram as redações autobiográficas que cada freira era obrigada a escrever logo ao entrar na ordem. Isso ocorria quando elas tinham em média 20 anos. Essas freiras (um dos grupos mais homogêneos possíveis, o que reduz muito as variáveis que deveriam ser controladas) foram examinadas regularmente e seus cérebros investigados após sua morte. O que se constatou foi surpreendente. As que melhor se saíram nos testes cognitivos e nas redações, em termos de clareza de raciocínio, objetividade, vocabulário, capacidade de expressar suas idéias, mesmo apresentando os acidentes neurológicos típicos do Alzheimer (placas e massas fibrosas de tecido morto), não desenvolveram a demência característica da doença. Ou seja, elas tinham as mesmas seqüelas que as outras freiras com Alzheimer diagnosticado (e que tiveram baixos escores em testes cognitivos e na redação), mas não os sintomas clássicos, como os do meu pai.

A minha interpretação de tudo isso: não temos muito como controlar todos os fatores de risco apontados como vilões: alimentação, pressão alta, contaminação ambiental, stress, e a genética (por enquanto). Mas podemos colocar o nosso cérebro para trabalhar. Como? Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida "bandida". Meu conselho: não sejam infalíveis como o meu pobre pai, não cheguem ao topo nunca, pois dali só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos. Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos. Não existem estudos provando que o Alzheimer é a moléstia preferida dos arrogantes, autoritários e auto-suficientes, mas a minha experiência mostra que pode haver alguma coisa nesse mato.

Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades - 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas "bobagens" e viveram vidas medíocres e infelizes (muitos nem mesmo tinham consciência disso). Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum...preocupante). Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade. Parodiando Maiakovski: "melhor morrer de vodka do que de tédio", digo: melhor morrer lutando o bom combate que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.

E inté amigos, vou me cuidar...


Pensamento reflexivo
Enviado por Marcos Garcia Jansen, Belo Horizonte-MG

Você nasce sem pedir,
E morre sem querer.
Aproveite o intervalo...
 

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Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Água e vinho", de Egberto Gismonti
Seqüência midi: Egberto Gismonti
Nota para a seqüência MIDI: *****

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Belo Horizonte, 25 dezembro, 2006

Reflexão