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Opinião
Cidadania?! Como?
Enviada pelo autor, São Paulo-Capital
Por Eliane Leite
E-mail: elianejesusleite@yahoo.com.br
6 agosto, 2006
As pessoas têm conceitos diferentes sobre cidadania. Cidadania é, sim, participar da sociedade ativamente, fazer valer seus direitos e olhar para o mundo com um quê de esperança.
Ser cidadão é, basicamente, saber reconhecer seus valores e ter o mínimo possível de estrutura e conhecimento para não ser deixado de lado. Além disso, ser cidadão é tomar para si a responsabilidade e ajudar a construir um mundo melhor. Por mais que tenhamos um Estado com essa obrigação, não podemos nos omitir a tudo. Até porque deixar tudo nas mãos dele é abrir mão da cidadania.
E abrir mão disso também não é tão culposo assim. É apenas um grito desesperado de quem não sabe mais o que fazer. E o que fazer? Não temos iniciativas porque existem preconceitos pré-estabelecidos que não nos deixam reagir. Vivemos nossas vidinhas corridas e pensamos: Por que tentar mudar o mundo, se no final sabemos que vai continuar tudo a mesma porcaria? Onde está a cidadania? Parece egoísta, mas o que pensar quando vemos as pessoas que têm todo o subsídio, toda educação, toda estrutura para lutar por uma sociedade justa e ao invés disso roubam, matam, ignoram e, ainda, usam da ingenuidade do povo para satisfazer suas vontades e chegar ao poder.
Contudo, não desistamos! Lutemos por um mundo melhor, por um mundo mais justo. Sejamos cidadãos. E por mais que continue tudo a mesma porcaria, tenhamos nossa consciência limpa e seremos honrados por estar fazendo a nossa parte. Muita gente depende de nós!
Planejamento familiar
Enviado pelo autor, São Paulo-Capital
Toda criança de rua tem um responsável que a abandonou
Por Pedro Cardoso da Costa, bacharel em direito
2 abril, 2006
A discussão sobre esse tema fica entre dois extremos: a Igreja Católica defendendo a vida no arcaico crescei e multiplicai-vos e os políticos, temerosos à Igreja, nunca o encaram com a devida seriedade e quando falam é de forma tímida e incompreensível. Um fato natural, devido às radicalizações, passou a ser um problema complexo de difícil solução porque o Estado se omite de exercer devidamente a sua função preocupado com a religião, uma questão que diz respeito apenas à individualidade da pessoa.
A liberdade sexual -passando pela AIDS resulta em inúmeras jovens sem informação correta engravidando precocemente, gerando família e amontoando-se no fundo do quintal dos pais, morando mal a família nova e a dos pais.
Hoje, praticamente toda família tem um(a) jovem com filhos. Esta criançada não passou da 4ª série do ensino fundamental, tem dentes cariados ou nem tem, não paga um convênio médico e muito menos tem emprego. Quando muito preenche dois destes requisitos, mas a maioria nem sequer alcança um, salvo sempre as honrosas exceções.
Assim como algumas pessoas poderiam ter quantos filhos quisesse, com a necessária consciência de que a criança tem direito à comida, à moradia, à escola e a atendimento médico, existem aqueles que estão desempregadas e sem nenhum recurso que não podem ter nenhum, mesmo que seja por algum período. Isso, todos os líderes e segmentos sociais teriam a obrigação de difundirem, caso se sentissem responsáveis pela construção de uma Sociedade mais justa.
Sem essas mínimas condições, é preferível evitar filhos. Espermatozóide não é criança e não passa fome.
Alguns setores da sociedade -em especial a mídia- têm responsabilizado as pessoas que têm recursos financeiros pelo abandono de crianças. Isso é injusto! A responsabilidade tem que recair sobre os pais. Eles são os únicos responsáveis! É mais fácil, racional, inteligente e mais econômico evitar filhos a tê-los para morrerem pela simples falta de saneamento básico; pela falta de cuidados de higiene e até de fome. É preciso substituir a necessidade psíquica que quase todo jovem tem de ter filhos por valores como estudo, lazer, esporte, programas culturais. Fixar a certeza de que a pessoa sem casa e sem emprego não pode ter filhos. Não há adoção que resolva o problema do menor abandonado. Adotam-se dez num dia, duzentos são colocados nas ruas no dia seguinte. Até hoje, nenhum pai (ou mãe) foi civil ou penalmente responsabilizado por isso! Cadê o Ministério Público para punir esses pais? Definitivamente, a adoção não é a solução.
Ao Estado caberia informar bem como evitar a gravidez precoce ou indesejada e, principalmente, deveria colocar à disposição de todos - ricos e pobres - camisinhas, vacinas, pílulas; e principalmente autorizar a realização da vasectomia e da laqueadura de trompas nos hospitais públicos para que os jovens não justifiquem a fabricação de filho por não poder evitá-los. Já autorizado por lei federal desde 1997, mas os hospitais públicos estão desobedecendo à lei e dificultando a realização das cirurgias.
A partir daí, exigir atuação firme do Ministério Público no cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente. O melhor controle seria o Estado colocar a informação aos jovens como prioridade, impregnando-lhes valores que não seja a reprodução indiscriminada. Deve cobrar com rigidez dos pais que dêem as mínimas condições de vida digna aos filhos. Está faltando arcar com responsabilidade e inteligência tanto o Estado e a sociedade quanto as famílias e os jovens. Aliado à ignorância, o problema continua. Responsáveis diretos ou não, todos sofrem passivamente!
Um hino para memórias
privilegiadas
Enviada pelo autor
Por Didymo Borges
26 novembro, 2006
Alguém me manda a letra do hino nacional para ouvir e decorá-la. Vejam que o hino tem duas partes que são cantadas sobre a mesma melodia. Como resultado torna-se longo, cansativo e temos o desprazer de ver em ocasiões especiais como antes dos jogos da Copa do Mundo o hino executado apenas pela metade devido ser demasiado longo, cuja execução demanda excessivo tempo em tais ocasiões. Um hino deve ser uma música curta, com letra fácil de decorar e inteligível pela simplicidade da letra. Veja-se, por exemplo, o God Save The Queen, o hino nacional britânico.
O nosso hino, entretanto, é conspícuo pela verborréia longínqua. Haja palavreado difícil tais como retumbante (que reflete com estrondo), fúlgido (fulgente, que brilha,fulgurante), penhor (garantia), vívido (luminoso, brilhante) e outras expressões de pouco uso na linguagem usual e, conseqüentemente, de significado desconhecido pela maioria dos brasileiros. Crianças na escola que são obrigadas à estafante tarefa de memorizar o hino, o canta sem saber patavina do seu significado!
Ora, se decorar e ter conhecimento do significado da primeira parte do hino é tarefa difícil, imagina-se que muitos poucos brasileiros o têm decorado inteiramente. Quando o têm, confundem trechos de uma parte com a outra devido serem cantadas sobre a mesma melodia. Ou seja, mesmo aqueles que conseguiram memorizar o hino inteiramente fazem barafunda ao cantá-lo devido à diferença das duas partes da letra cantadas sobre a mesma melodia, por sinal muito bonita e emocionante.
Porque, então, não oficializar o hino somente com a primeira parte? Não diria modificar a letra para torná-la acessível a um maior número de brasileiros pelo uso de palavras mais comuns. Que se preserve a letra inconseqüentemente livresca, distante do dia-a-dia dos cidadãos. Mas que, pelo menos, se evite o pior adotando somente a primeira parte como oficial. Ninguém seria punido se cantar a segunda parte sobre a melodia do hino. Mas esta segunda parte seria extra-oficial.
Mas, voltemos à pergunta crucial: porque, então não oficializar o hino somente com a primeira parte, já que memorizar as duas é tarefa para mentes mais privilegiadas? Talvez a resposta está no elitismo de nossa cultura. Pouco importa que um dos mais significativos símbolos da pátria seja pouco acessível ou mesmo inacessível à maioria dos brasileiros. Ninguém liga para o fato do hino, em solenidades oficiais, ser executado apenas parcialmente por ser muito longo. Num estádio, com dezenas de milhares de torcedores esperando o início de um jogo, torna-se impertinente executar o longo hino nas duas partes. Um hino excessivamente longo antes de um jogo de futebol poderia até ocasionar vaia da platéia ávida pelo início do jogo. Infelizmente não somos um povo com senso prático, que tem preciso conceito e descortino para avaliar a simbologia da pátria ou da nossa cultura.
Para alterar o hino seria necessário um projeto de lei modificativo da lei que adota o hino como oficial. Nunca ninguém tomou a tão simples e necessária iniciativa. E, talvez, nunca tomarão.
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Fantasie impromptu", de Chopin
Nota para a seqüência Midi: *****
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