Opinião


Belo Horizonte, 28 maio, 2006


O quarto poder!
Enviado pelo autor, Porto Alegre-RS

Por Mário Otávio do Canto, escritor

19 maio, 2006

  Quem disse que o quarto poder não existe?
Pois a nação brasileira assistiu estarrecida a onda violência desencadeada no Estado de São Paulo, fruto da incompetência administrativa não somente do governo federal, mas de idêntica forma do atual partido político no poder na capital dos paulistas

A mídia brasileira em seus noticiários diários, notadamente os de horários nobres ofereceram ampla cobertura sobre estes lamentáveis fatos, e a população atingida de forma brutal pelo que podemos considerar como uma verdadeira guerrilha urbana sentiu-se acuada e órfã ao mesmo tempo.

A demonstração de poder oferecida pelo PCC contra o sistema, subvencionado principalmente por recursos financeiros obtidos junto ao narcotráfico, nada mais foi do que declarar que estes são sim, infelizmente para nós sobreviventes disto tudo, o Quarto Poder!

As regalias oferecidas aos que deveriam estar cumprindo suas penas em regimes ditos de ressocialização, são fatores preponderantes para que estes se arroguem o direito de tudo, e a sociedade como um todo é que tem que honrar os compromissos e os custos evidentemente.

O sistema carcerário brasileiro obsoleto há muito tempo, faculta a estes indivíduos com a devida complacência das leis, que no seu ócio diário possam engendrar ações como as vistas, afinal casa e quatro refeições diárias não lhes faltam não?

Estranhamente, não vi ou ouvi qualquer manifestação dos tais experts em assuntos envolvendo segurança, até mesmo os tais consultores de organismos internacionais e que eventualmente desfrutam de generosos espaços na mídia nacional e local, apontarem soluções para por fim ao caos vigente. Onde estarão estes?

A caça as bruxas já começou, e tanto o governo federal e estadual degladiam-se, porém tal e qual o dito popular dizem: “Na briga do rochedo contra o mar, quem se arrebenta é o marisco”, e neste caso o crustáceo em questão somos nós simples e mortal povo.

O fato é que, enquanto o sistema prisional brasileiro for considerado simples depósito do que não presta na sociedade; a legislação vigente não for alterada e adequada aos nossos tempos; a corrupção não for combatida com eficiência e, fundamentalmente, a vontade política dos atuais governantes em solucionar tudo isso, iremos ter que conviver com tais demonstrações, não?

Quem conseguir sobreviver a isso tudo verá!


Violência empacotada
Enviada pelo autor, Interlagos-SP

Pedro Cardoso da Costa, bacharel em direito

6 maio, 2006

“Há mal que vem para o bem” e “os fins justificam os meios” foram, e continuando sendo, frases utilizadas em demasia para justificarem condutas incorretas ou desonestas como meios para se conseguir determinadas metas aparentemente justas.
Neste momento, essas frases estão sendo utilizadas pelos responsáveis pela Segurança Pública do País, especialmente do Estado de São Paulo. Há muito a violência campeia nas cidades brasileiras. Aumentou gradativamente, paripasso. Ao invés de medidas, de ações, as autoridades começaram a contar fugitivos dos presídios e assassinatos nos fins-de-semana; o resto foram desculpas, muitas desculpas! Depois que começaram a matar prefeitos de cidades grandes, houve uma mudança no discurso.

Antes, para as polícias e autoridades quando o fato fosse enquadrado, por eles mesmos, de “acerto de contas” sobre compra e venda de drogas bastava para justificar os altos índices da criminalidade. Nem estudiosos da violência nem autoridades nem jornalistas nunca se contrapuseram ao argumento que atribuía aos problemas sociais a responsabilidade pelo aumento da violência, outra justificativa permanente. Favelas e miséria fazem parte da nossa Sociedade há décadas, senão há séculos. Inversamente aos índices da violência, acompanhando este mesmo período vem unanimente a afirmação de que os índices sociais melhoraram.

Deve-se concluir que ou a violência aumenta independente da melhoria dos índices sociais ou esse avanço só existe nas estatísticas governamentais. Esse argumento não é verdadeiro, e aí ou se muda a explicação ou se arruma outra frase de efeito.
Outro fator que sempre envolve a violência seria o envolvimento de autoridades, especialmente de policiais com o crime organizado, sempre minimizado com a justificação de que são apenas “algumas bananas podres”. Precisariam explicar por que a “grande banda boa” não as retira facilmente; as bananas podres não são tão poucos assim. Mais este argumento precisa ser mais bem elaborado ou este deve ser esquecido. A banda podre é grande e a podridão é profunda.

Outra questão urgente seria a definição melhor do que seria uma penitenciária de “segurança máxima”, já que os detentos comando o crime fora, além de saírem quando e como querem.

Diante dos números absurdamente crescentes da violência, e como não existe “mal que venha para o bem”, há males que vão além do tolerável. Essa foi a maior ação dos sete anos do governo federal. O presidente da República repete que a violência passou de todos os limites de tolerância sempre que um episódio gera repercussão na mídia e na sociedade. Foi assim na morte televisiva de Geísa Firmo Gonçalves, renovado com os assassinatos dos prefeitos petistas. Como pacote ineficaz e medidas provisórias são as maiores marcas do atual governo, a cada tragédia um pacote antiviolência é lançado. A imprensa se deleita e aumenta o leque de argumentos fúteis.

O número de milhares de assassinatos dobrou do que ocorria há uma década e quadruplicou em vinte anos. As autoridades transferem a solução à sociedade de maneira proposital e generalizada, pois tudo que é geral não há especificação de responsáveis para cobrança e punição.

Quando há seqüestro não se questiona política preventiva de segurança pública, mas apenas que as pessoas devem ficar atentas aos hábitos e modos dos seus vizinhos para apontar cativeiros.

Ora, tão óbvio como subir para seria a avaliação de todo trabalho pelo resultado. Se numa empresa o funcionário não rende o que é esperado pelo patrão, não resta dúvida que destino será a rua. Não precisa de estudo profundo para perceber que algumas centenas de demissões deveriam ter ocorrido de responsáveis pelas secretarias estaduais de segurança pública, principalmente nas últimas décadas. Manter uma estrutura que tem por função o combate ao crime e este aumenta mais de três vezes é pura demonstração de impotência ou conformismo. Qualquer cidadão comum pode afirmar com tranqüilidade que presta um desserviço quem prende menos bandidos dos que fogem.

Atualmente, a liberação dos assassinos de Daniela Perez, filha de Glória Perez, deixa claro que dezoito espetadas de punhal valeu nove anos de prisão. A vida dela foi-se para sempre; a da mãe ficou pior do que a da filha: continuou viva para presenciar a impunidade dos bandidos e dos seus “santos” defensores.

Redundância repetir que as milhões de mortes de pessoas comuns sempre foram encaradas como mera conseqüência natural do meio em que viviam.
Mortes de vereadores e prefeitos de pequenas cidades também já acontecem há décadas, mas nunca suscitaram muitas discussões. Sequer citavam os resultados dos inquéritos. Era mero resultado de política de pequenos.

A violência não aumentou subitamente. Vem crescendo ano após ano. Expandiu-se. Diversificaram-se as atrocidades e os crimes. O mal não aumentou diferente de outros anos. Subiu apenas de hierarquia.

Quando a Sociedade –sempre ela!– encarar normal morrer prefeito de cidade grande, pode subir a governadores de Estados pequenos, e chegar aos grandes. Ninguém pode duvidar que a criminalidade é uma arte de desafios. Aí, quando matar governador não for significativo... que se cuide os hierarquicamente superiores!
Segundo a falácia presidencial, passou de todos os limites. São quarenta mil assassinatos por ano. Os assassinos precisam reduzir para trinta e nove mil assassinatos-ano para ficarem na quota oficial aceitável e continuar tudo como dantes. Este limite vem acompanhado da aceitação de que se pode matar pessoas de status quo até prefeitos de pequenas cidades. A grande mídia nunca se pronunciou com muita ênfase em contrário.

Muitas pessoas esperam pelas famosas ‘propostas concretas’, único lugar do mundo onde existe proposta concreta. Ao contrário do que é dito, a responsabilidade pela solução da violência é exclusiva das autoridades, para isso, através do voto, delegamos essa função, com a anuência e muitos pedidos de cada uma, com mãos espalmadas apontando cada dedo correspondendo à solução de cada problema. Por enquanto o dedo que funciona é o que puxa o gatilho e a autoridade conta os assassinos. Como está, o dicionário vai ter que modificar o significado da palavra banalidade, ela está ficando leve para significar a atuação do Estado brasileiro frente à violência.


Como identificar um adolescente-idiota
Enviado pelo autor

Veja como "funciona" a cabeça dos jovens...
e de muitos adultos também

Por Celso Afonso Brum Sagastume, escritor

21 abril, 2006

Assim como tem adulto idiota, também tem adolescente inteligente. O que define se uma pessoa é inteligente ou idiota não é a sua idade, nem a sua escolaridade, mas unicamente as suas atitudes. Por isso é tão fácil identificar um idiota - seja ele adulto ou adolescente. O problema é que muitos adolescentes não se tocam que são idiotas, além de muitos acharem isso uma grande coisa. Coisa de idiota!

Todo adolescente-idiota:

  • Se acha o tal.
  • Fuma pra fazer pose de idiota.
  • Acha que quanto mais bebe melhor fica.
  • Usa drogas pra mostrar, pro idiota que lhe ofereceu, que ele também é
    idiota.
  • Anda sempre em bando.
  • Quando está com outros idiotas, quer mostrar que é mais idiota que os
    outros.
  • Dirige em alta velocidade, só pra se mostrar.
  • Tá sempre querendo aparecer.
  • Acha que tem que provar que não tem medo de nada.
  • Pra deixar sua marca de idiota, ele suja a cidade e a natureza com
    pichações.
  • Acha bonito destruir os bens do patrimônio público e da sociedade.
  • Adora sacanear, tirar sarro e botar defeito nos outros.
  • Tá sempre querendo mostrar que é melhor que os outros.
  • Compra roupas caras "de marca" só pra mostrar que tem mais dinheiro que os
    outros.
  • Copia tudo que é moda idiota que aparece.
  • Só toma Coca-Cola, só vai no McDonald's e adora a bandeira americana.
  • Tem um celular só pra ficar de papo com outros idiotas.
  • Adora novidades inúteis.
  • Dá uma de malandro pra tirar vantagem.
  • Justamente por não ter inteligência, apela sempre para a violência.
  • Por ser medroso e covarde está sempre querendo bater nos mais fracos e
    indefesos - principalmente quando está com a sua turminha de idiotas.
  • É contra tudo e contra todos, só para mostrar que é rebelde.
  • Acha que sabe tudo - não pergunta nem ouve ninguém.
  • Só diz besteira.
  • Gosta de músicas com letras idiotas.
  • Ouve música no último volume para mostrar seu "maravilhoso" gosto musical.
  • Idolatra músicos e artistas idiotas.
  • Está sempre apaixonado(a) por algum idiota.
  • Acha grande coisa sair beijando todo mundo.
  • Faz sexo com o(a) primeiro(a) que aparece.
  • Nunca mede as conseqüências de seus atos.
  • Trata os outros com desprezo, através de apelidos e grosserias do tipo:
    babaca, otário, mané etc.
  • Só respeita quem é mais idiota do que ele.

Só há um jeito para se deixar de ser idiota: é perceber que é idiota. É muito melhor perceber que é idiota do que deixar que os outros percebam. O pior idiota é o que se acha esperto. Mas existe algo pior do que ser um adolescente-idiota: é ser um idiota
adulto.

Ver edição anterior


Música de fundo em arquivo MID (experimental):
"Risque", de Ary Barroso

Nota para a seqüência Midi: *****
Seqüência Midi: Hiram Araújo Filho

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