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Opinião
O quarto poder!
Enviado pelo autor, Porto Alegre-RS
Por Mário Otávio do Canto, escritor
19 maio, 2006
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Quem
disse que o quarto poder não existe? Pois a nação brasileira assistiu estarrecida a onda violência desencadeada no Estado de São Paulo, fruto da incompetência administrativa não somente do governo federal, mas de idêntica forma do atual partido político no poder na capital dos paulistas |
A mídia brasileira em seus noticiários diários, notadamente os de horários nobres ofereceram ampla cobertura sobre estes lamentáveis fatos, e a população atingida de forma brutal pelo que podemos considerar como uma verdadeira guerrilha urbana sentiu-se acuada e órfã ao mesmo tempo.
A demonstração de poder oferecida pelo PCC contra o sistema, subvencionado principalmente por recursos financeiros obtidos junto ao narcotráfico, nada mais foi do que declarar que estes são sim, infelizmente para nós sobreviventes disto tudo, o Quarto Poder!
As regalias oferecidas aos que deveriam estar cumprindo suas penas em regimes ditos de ressocialização, são fatores preponderantes para que estes se arroguem o direito de tudo, e a sociedade como um todo é que tem que honrar os compromissos e os custos evidentemente.
O sistema carcerário brasileiro obsoleto há muito tempo, faculta a estes indivíduos com a devida complacência das leis, que no seu ócio diário possam engendrar ações como as vistas, afinal casa e quatro refeições diárias não lhes faltam não?
Estranhamente, não vi ou ouvi qualquer manifestação dos tais experts em assuntos envolvendo segurança, até mesmo os tais consultores de organismos internacionais e que eventualmente desfrutam de generosos espaços na mídia nacional e local, apontarem soluções para por fim ao caos vigente. Onde estarão estes?
A caça as bruxas já começou, e tanto o governo federal e estadual degladiam-se, porém tal e qual o dito popular dizem: Na briga do rochedo contra o mar, quem se arrebenta é o marisco, e neste caso o crustáceo em questão somos nós simples e mortal povo.
O fato é que, enquanto o sistema prisional brasileiro for considerado simples depósito do que não presta na sociedade; a legislação vigente não for alterada e adequada aos nossos tempos; a corrupção não for combatida com eficiência e, fundamentalmente, a vontade política dos atuais governantes em solucionar tudo isso, iremos ter que conviver com tais demonstrações, não?
Quem conseguir sobreviver a isso tudo
verá!
Violência empacotada
Enviada pelo autor, Interlagos-SP
Pedro Cardoso
da Costa, bacharel em direito
6 maio, 2006
Há mal que vem para o bem
e os fins justificam os meios foram, e continuando sendo,
frases utilizadas em demasia para justificarem condutas incorretas ou
desonestas como meios para se conseguir determinadas metas aparentemente
justas.
Neste momento, essas frases estão sendo utilizadas pelos responsáveis
pela Segurança Pública do País, especialmente do
Estado de São Paulo. Há muito a violência campeia
nas cidades brasileiras. Aumentou gradativamente, paripasso. Ao invés
de medidas, de ações, as autoridades começaram
a contar fugitivos dos presídios e assassinatos nos fins-de-semana;
o resto foram desculpas, muitas desculpas! Depois que começaram
a matar prefeitos de cidades grandes, houve uma mudança no discurso.
Antes, para as polícias e autoridades quando o fato fosse enquadrado, por eles mesmos, de acerto de contas sobre compra e venda de drogas bastava para justificar os altos índices da criminalidade. Nem estudiosos da violência nem autoridades nem jornalistas nunca se contrapuseram ao argumento que atribuía aos problemas sociais a responsabilidade pelo aumento da violência, outra justificativa permanente. Favelas e miséria fazem parte da nossa Sociedade há décadas, senão há séculos. Inversamente aos índices da violência, acompanhando este mesmo período vem unanimente a afirmação de que os índices sociais melhoraram.
Deve-se concluir que ou a violência
aumenta independente da melhoria dos índices sociais ou esse
avanço só existe nas estatísticas governamentais.
Esse argumento não é verdadeiro, e aí ou se muda
a explicação ou se arruma outra frase de efeito.
Outro fator que sempre envolve a violência seria o envolvimento
de autoridades, especialmente de policiais com o crime organizado, sempre
minimizado com a justificação de que são apenas
algumas bananas podres. Precisariam explicar por que a grande
banda boa não as retira facilmente; as bananas podres não
são tão poucos assim. Mais este argumento precisa ser
mais bem elaborado ou este deve ser esquecido. A banda podre é
grande e a podridão é profunda.
Outra questão urgente seria a
definição melhor do que seria uma penitenciária
de segurança máxima, já que os detentos
comando o crime fora, além de saírem quando e como querem.
Diante dos números absurdamente crescentes da violência,
e como não existe mal que venha para o bem, há
males que vão além do tolerável. Essa foi a maior
ação dos sete anos do governo federal. O presidente da
República repete que a violência passou de todos os limites
de tolerância sempre que um episódio gera repercussão
na mídia e na sociedade. Foi assim na morte televisiva de Geísa
Firmo Gonçalves, renovado com os assassinatos dos prefeitos petistas.
Como pacote ineficaz e medidas provisórias são as maiores
marcas do atual governo, a cada tragédia um pacote antiviolência
é lançado. A imprensa se deleita e aumenta o leque de
argumentos fúteis.
O número de milhares de assassinatos dobrou do que ocorria há
uma década e quadruplicou em vinte anos. As autoridades transferem
a solução à sociedade de maneira proposital e generalizada,
pois tudo que é geral não há especificação
de responsáveis para cobrança e punição.
Quando há seqüestro não se questiona política
preventiva de segurança pública, mas apenas que as pessoas
devem ficar atentas aos hábitos e modos dos seus vizinhos para
apontar cativeiros.
Ora, tão óbvio como subir para seria a avaliação
de todo trabalho pelo resultado. Se numa empresa o funcionário
não rende o que é esperado pelo patrão, não
resta dúvida que destino será a rua. Não precisa
de estudo profundo para perceber que algumas centenas de demissões
deveriam ter ocorrido de responsáveis pelas secretarias estaduais
de segurança pública, principalmente nas últimas
décadas. Manter uma estrutura que tem por função
o combate ao crime e este aumenta mais de três vezes é
pura demonstração de impotência ou conformismo.
Qualquer cidadão comum pode afirmar com tranqüilidade que
presta um desserviço quem prende menos bandidos dos que fogem.
Atualmente, a liberação dos assassinos de Daniela Perez,
filha de Glória Perez, deixa claro que dezoito espetadas de punhal
valeu nove anos de prisão. A vida dela foi-se para sempre; a
da mãe ficou pior do que a da filha: continuou viva para presenciar
a impunidade dos bandidos e dos seus santos defensores.
Redundância repetir que as milhões
de mortes de pessoas comuns sempre foram encaradas como mera conseqüência
natural do meio em que viviam.
Mortes de vereadores e prefeitos de pequenas cidades também já
acontecem há décadas, mas nunca suscitaram muitas discussões.
Sequer citavam os resultados dos inquéritos. Era mero resultado
de política de pequenos.
A violência não aumentou subitamente. Vem crescendo ano após ano. Expandiu-se. Diversificaram-se as atrocidades e os crimes. O mal não aumentou diferente de outros anos. Subiu apenas de hierarquia.
Quando a Sociedade sempre ela!
encarar normal morrer prefeito de cidade grande, pode subir a governadores
de Estados pequenos, e chegar aos grandes. Ninguém pode duvidar
que a criminalidade é uma arte de desafios. Aí, quando
matar governador não for significativo... que se cuide os hierarquicamente
superiores!
Segundo a falácia presidencial, passou de todos os limites. São
quarenta mil assassinatos por ano. Os assassinos precisam reduzir para
trinta e nove mil assassinatos-ano para ficarem na quota oficial aceitável
e continuar tudo como dantes. Este limite vem acompanhado da aceitação
de que se pode matar pessoas de status quo até prefeitos de pequenas
cidades. A grande mídia nunca se pronunciou com muita ênfase
em contrário.
Muitas pessoas esperam pelas famosas propostas concretas, único lugar do mundo onde existe proposta concreta. Ao contrário do que é dito, a responsabilidade pela solução da violência é exclusiva das autoridades, para isso, através do voto, delegamos essa função, com a anuência e muitos pedidos de cada uma, com mãos espalmadas apontando cada dedo correspondendo à solução de cada problema. Por enquanto o dedo que funciona é o que puxa o gatilho e a autoridade conta os assassinos. Como está, o dicionário vai ter que modificar o significado da palavra banalidade, ela está ficando leve para significar a atuação do Estado brasileiro frente à violência.
Como identificar um adolescente-idiota
Enviado pelo autor
Veja como "funciona" a cabeça dos jovens...
e de muitos adultos também
Por Celso Afonso Brum Sagastume, escritor
21 abril, 2006
Assim como tem adulto idiota, também
tem adolescente inteligente. O que define se uma pessoa é inteligente
ou idiota não é a sua idade, nem a sua escolaridade, mas
unicamente as suas atitudes. Por isso é tão fácil
identificar um idiota - seja ele adulto ou adolescente. O problema é
que muitos adolescentes não se tocam que são idiotas,
além de muitos acharem isso uma grande coisa. Coisa de idiota!
Todo adolescente-idiota:
Só há um jeito para se
deixar de ser idiota: é perceber que é idiota. É
muito melhor perceber que é idiota do que deixar que os outros
percebam. O pior idiota é o que se acha esperto. Mas existe algo
pior do que ser um adolescente-idiota: é ser um idiota
adulto.
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Risque", de Ary Barroso
Nota para a seqüência Midi: *****
Seqüência Midi: Hiram Araújo Filho
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