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Opinião
Engrenagem entre medicina e educação
Enviado pelo autor, Vitória-ES
Texto proferido por ocasião do 28° Seminário Internacional de Inverno da
Escola Musso - Instituto Princípio Unificador - SP, de 17 a 24/7/2005
Tema central: Segredo
Por Vitor Buaiz,
professor de medicina da Universidade Federal do Espírito Santo,
médico acupunturista e ex-governador do Espírito Santo
E-mail: vitorbuaiz@intersum.com.br
26 junho, 2005
A Educação continua sendo o maior desafio para um país como o Brasil, de dimensões continentais, em que 170 milhões de habitantes se distribuem em cinco grandes regiões com uma diversidade cultural. invejável. O índice de analfabetismo continua elevado, embora na última década as estatísticas demonstrem haver uma curva descendente. Essa leitura continua não fazendo parte da prática diária de nossos jovens.
Entramos na era da alta tecnologia e do conhecimento, em que trabalhadores são substituídos por máquinas, que não fazem greves por salários, nem exigem melhores condições de trabalho, simplesmente obedecem.
A euforia das festas de formatura nas universidades brasileiras dá lugar, em curto prazo, à desesperança, pela falta de perspectiva de emprego, num mercado de trabalho já saturado. Raros são os cursos que oferecem uma formação integral, dentro de uma visão holística do ser humano. Formatura ou deformatura, perguntava o professor Kikuchi 15 anos atrás. A resposta certa era trans-formatura.
Transformar a consciência dos jovens no sentido evolutivo é a principal função de uma universidade - universalidade. Por outro lado a medicina evoluiu de tal forma que os exames laboratoriais deixaram de ser complementares, e substituíram o principal, a anamnese (informação acerca do princípio e evolução duma doença até a primeira observação do médico), o diálogo com o paciente, o exame físico, numa total inversão de valores. O segredo da Medicina de Hipócrates deu lugar a uma ciência informatizada, desumana, distante do paciente. "Pela humanização da Medicina", clamam os mais antigos.
Em cada esquina uma farmácia vendendo
drogas, sem controle da saúde pública. Em cada bairro,
dezenas de botecos, embriagando milhares com uma substância considerada
lícita - o álcool, para amenizar as agruras da vida. Quem
paga essa conta decorrente do nosso esquecimento de um velho adágio
popular de que "prevenir é melhor do que remediar"?
Por outro lado, a proliferação indiscriminada de escolas
m édicas despeja a cada ano um grande número de charlatães
Brasil afora, não recomendados sequer por seus próprios
familiares. Charlatão (segundo o Houaiss) é aquele que
pretende possuir certos segredos maravilhosos e explorar a credulidade
pública. Quem irá auscultar os segredos do paciente?
Educação e medicina caminham juntas rumo ao (des)conhecido.
Qual o segredo para mudar novamente esta rota de forma que a Educação
seja utilizada para a auto-promoção da saúde -
física, mental, social, espiritual, planetária?
Despoluir corações e mentes é uma das metas a ser
alcançada. Esperamos poder encontrar algumas respostas para este
tema tão estimulante durante o seminário.
Pura pajelança
Articulação do Jornal dos Amigos
Por Marcílio
Dias, advogado, escritor e ex-vereador em Catanduva-SP
E-mail: mdpj@netsite.com.br
9 junho, 2006
No tempo de Danton, a coisa mais difícil era definir um crime
político. Hoje, nem tanto. Vejo, com amargura, ministros de Estado
opondo-se a apuração de crimes. Ora, quem contribui para
ocultar um crime não está participando dele? E culpado
de crime não é aquele a quem ele traz proveito?
Confúcio já dizia: cuidemos de evitar os crimes, para que não fiquemos obrigados a puni-los. De outra banda, já se comentava à boca pequena, nos tempos da Roma toda poderosa, que a mulher de César haveria de parecer honesta. Não bastava ser honesta.
Uma onda de crimes -sempre crescente!- tomou conta do país. A onda de violência que aí está revela-se imprevisível em suas conseqüências. Os trambiques políticos, as negociatas, a invasão maciça das drogas, a delinqüência pura e simples, o crescente aumento de crimes contra o patrimônio, o gigantesco elenco de crimes contra as pessoas, o assalto deslavado dos cofres públicos, nada disso freqüentou as bolas de cristal do passado. Tanto é que a prevenção não foi feita. Os valores sociais, antes considerados seguros e imutáveis, sofrem hoje mudanças radicais, fenômeno que se estende pelo continente e pelo mundo afora.
A impressão que se tem é que faltam instrumentos necessários para enfrentar a criminalidade. Outrora, o crime era exceção à regra. Hoje, é a regra geral!
Vivemos fase de contrastes. De um lado, a tecnologia faz mágicas e milagres, acelerando o bem-estar social. De outro, fincou pé a criminalidade.
É possível reverter o quadro caracterízado pela criminalidade? O papel do Direito Penal não é o de combater a criminalidade? Não tem ele o escopo de manter o equilíbrio social? E onde é que foi parar o caráter retributivo da pena?
O fato é que simplificaram aquilo
que não comportava simplificação. Houve tempo em
que havia a chamada prevenção geral, de efeito intimidativo.
Hoje, ele, o efeito, não mais existe. A influência preventiva
das leis penais desapareceu. As penas severas perderam o status. E o
tratamento dos criminosos mudou de feição. Estudos do
Instituto Latino-Americano das Nações Unidas levados ao
Ministério da Justiça apontam que a lei brasileira não
consegue reduzir a criminalidade. E o que a sociedade espera é
punição ágil e exemplar. É com surpresa
que vejo que o douto Ministro
Márcio Thomas Bastos informou que o Ministério da Justiça
está propondo abrandamento nas penas da lei do Crime Hediondo.
Essa lei prevê o cumprimento integral da pena em regime fechado.
O Governo quer mudar isso. Por quê?
Porque falta alojamento nos presídios. Não só para
os crimes hediondos. Se essa é uma solução, é
solução de meia sola. Mais: é pajelança
pura. Estão maquiando bobagem com ar de seriedade. A sociedade
não pode correr esse risco. Haverá, se o caso e doravante,
muito mais criminosos nas
ruas deste país. Tentar diminuir a potencialidade do crime porque
não há vagas na penitenciária não é
solução para sociedade alguma. E não o será
para o Brasil. O condenado vai pro semi-aberto. Está lotado?
Vai para o aberto. Não tem aberto? Vai para casa. Pode? E tudo
fica na base do esparadrapo alojado sobre fratura exposta. Em outras
palavras: as raposas não sairão mais do galinheiro. Uma
aberração.
No caso vertente, é preferível
um pouco de cautela do que muito remorso. Não é em razão
desse estado de coisas que o PC Farias morreu fora das grades? Não
é em razão desse estado de coisas que os assassinos da
filha da Glória Peres estão de ficha limpinha, como se
jamais houvessem feito algo de errado como matar uma moça indefesa
a tesouradas? Não é em razão desse estado de coisas
que os garotos entediados lá em Brasília atearam fogo
no pobre índio? E não é que estão eles na
rua -exceção ao réu falecido, claro!- de fichas
limpinhas?
Quando não se pune o crime, contribui-se para o florescimento
da criminalidade. A continuar com esse andar trôpego -bêbado,
quando erra um degrau erra a escada inteira- não será
necessário erguer a cortina do futuro. Nossa sociedade terá
a menos sutil de todas as derrotas.
Poderia ser no Brasil
Enviado pelo autor, São Paulo-Capital
Por Mario Mendes Jr.
19 maio, 2005
A participação de países africanos nos fóruns internacionais hoje é muito mais expressiva do que há uma década atrás, mais ainda não os colocam em posição favorável ao desenvolvimento macroeconômico. A grande variedade de conflitos políticos e de etnias atrasaram o processo de globalização. As variedades de matérias primas de exploração são imensas e mesmo assim consórcios internacionais são abertos para exploração em solo nativo. As políticas para o desenvolvimento sustentável são pautas de constantes convenções sobre a fomentação de negócios oriundos da maioria dos países do continente africano, as imensas reservas de petróleos e de diamantes são as portas de abertura para o capital internacional, digamos que uma política não declarada de parcerias publica privada, porém sem um consenso da população. Em muitas províncias a renda per capita é altíssima e ao mesmo tempo contraditória, devido à má distribuição desses recursos que ilusoriamente deveriam retornar aos seus verdadeiros proprietários.
Com o início das repúblicas sócio-democráticas na África, esse deveria ser o ponto de partida para o desenvolvimento sustentável, pois a independência provincial adquirida através de diversos conflitos civis cerca a maioria dos países do continente, mas com um grande problema a ser enfrentado: o da educação básica de ensino, praticamente inexistente em todo o continente, assim dificultando a escolha coerente de um governante em sintonia para com o desenvolvimento econômico e social. Exatamente como ocorre em nosso país, que só conseguiu consolidar sua real democracia há um pouco mais de uma década. Como na África, em algumas regiões do Brasil o assistencialismo político ainda é o fator decisivo entre a escolha de qual o melhor e mais preparado candidato a governar uma republica social-democrática.
Obviamente que em qualquer mudança de regime político para um novo modelo democrático, a necessidade de inclusão em uma economia de mercado automaticamente surgirá, e com isso vem à onda ininterrupta de consumo e produção industrial, como exemplo, podemos citar a revolução industrial iniciada há nove décadas na Inglaterra. Naquele período poucos eram os países africanos que acompanharam este rumo de alavancagem industrial. É notório e por incrível que pareça, hoje é que isso começa a se tornar uma realidade para África, pois com o final dos principais conflitos civis e com independência provincial de muitos países, vem trazendo a tona à necessidade de cada vez mais se incluírem em um mundo globalizado e nas economias de mercado, isto é, exportar seus produtos a preços compatíveis ao do mercado global, com prazo, preço e qualidade e não mais ficarem só a mercê das importações de produtos de base com taxações abusivas pré-estabelecidas devido ao "risco país" de suas economias.
A luta pelo "apartheid" industrial nos paises Africanos parece que esta começando a dar sinais de esperança.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".
Nelson Mandela
Nota do editor
É preciso rediscutir produção e consumo. Não é possível atender a toda a população do mundo em suas necessidades modernas que requeiram atividades minerárias, pois teríamos que sair pelo espaço e buscar mais dois ou três planetas Terra. Mas é possivel educar para reciclar e utilizar os recursos naturais de forma não predatória.
Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Carta ao Tom 74 (variações)",
de Toquinho e Vinicius de Morais
Nota para a seqüência Midi: *****
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