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Opinião
Enviado
pelo autor, Recife - PE
17 Abril, 2011
Belo Monte: um degrau para o
salto do Brasil rumo ao futuro
Fonte: Wikipédia![]() |
Quando do fechamento das eclusas da barragem de Itaipu -uma área de 1500 km2 de florestas e terras agriculturáveis foi inundada- a cachoeira de Sete Quedas, uma das mais fascinantes formações naturais do planeta, desapareceu. Semanas antes do preenchimento do reservatório, foi realizada uma operação de salvamento de animais selvagens, denominada Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer "pega-bicho"). Equipes de voluntários conseguiram capturar mais de 2 mil bichos, entre macacos, lagartos, porcos-espinhos, roedores, aranhas, tartarugas e diversas espécies. Esses animais foram levados para as regiões vizinhas protegidas da água (Fonte: Wikipedia) |
Por Didymo Borges
Publicado também em InfoBrasil
A construção da usina de
Belo Monte no Pará já foi decidida e está em andamento
ou seja, trata-se de decisão irrevogável. Pouco tem sido
divulgado sobre os fundamentos que levaram o governo federal a levar
adiante esse gigantesco empreendimento que se constitui na terceira
maior hidrelétrica do mundo. Claro está que a decisão
que vai de encontro a ponderáveis opiniões contrárias
à construção da usina, devia ter fortíssimas
razões para ser levada adiante, independentemente da contrariedade
de tanta gente qualificada, inclusive ponderadas vozes de outros países.
Então, cabe ao governo, para não dar conotação
de arbitrariedade, esclarecer para a Nação que a construção
da usina de Belo Monte -cuja decisão favorável à
sua construção está embasada em motivação
que foi devidamente sopesada- em que a motivação foi cuidadosamente
analisada e em consonância com os superiores interesses do povo
brasileiro. Um argumento decisivo que se poderia apresentar é
o de que essa usina dá a certeza de que a próxima geração
de brasileiros estará suprida de energia limpa, ambientalmente
sadia, logisticamente airosa e estrategicamente oportuna.
O recente desastre da usina nuclear de
Fukujima no Japão proporciona motivo para se dizer que esta usina
do rio Xingu dá fôlego ao Brasil para adiar sine die
o recurso às adicionais usinas nucleares, embora, com certeza,
a tecnologia nuclear não possa ser de todo descartável
para os brasileiros no futuro. Mas as usinas de Belo Monte, assim como
as de Santo Antonio e Jirau (essas duas últimas em Rondônia,
no rio Madeira) dispensam qualquer pressa do Brasil em incrementar sua
matriz energética com usinas nucleares nestas próximas
duas ou três décadas.
Um fato importante a minimizar o impacto ambiental da usina de Belo
Monte é a área do espelho d'água da bacia de acumulação
da usina, que é apenas de pouco mais de 500 Km2, ou seja, pouco
mais que o dobro da área da cidade do Recife. Considerando-se
a imensidão da bacia amazônica, a área do lago de
Belo Monte é tão somente um ponto no curso do rio Xingu.
A tecnologia que minimiza o volume d'água acumulado pela barragem
é devido às turbinas Francis, que podem ser de eixos horizontal
e vertical. As de eixo horizontal aproveitam a vazão da água
do rio. As de eixo vertical são acionadas com a queda d'água
proporcionada pela barragem ou pelo desnível no curso do rio
(como as cachoeiras ), ou por ambos os fatores. O projeto de Belo Monte,
evidentemente, privilegiou a minimização do lago da barragem
de tal forma a evitar, por exemplo, o deslocamento de populações
na área do reservatório onde se encontra população
indígena.
As três grandes usinas hidrelétricas ora em construção
na Amazônia (Jirau, Santo Antonio e Belo Monte) marcam também
a nova era de exploração, em grande escala, do potencial
energético da bacia hidrográfica amazônica, iniciada
com a usina de Tucuruí, também no Pará. As mais
avançadas tecnologias de transmissão de energia em extra-alta-tensão
permitem que usinas deslocadas dos grandes centros consumidores, como
Itaipu e as usinas da bacia amazônica, possam ter a energia gerada
consumida a longa distância. Um fato também a permitir
esses avanços da matriz energética brasileira é
a possibilidade da operação do sistema de transmissão
de forma integrada, tendo por cérebro um centro nacional de operação
do sistema.
Todas estas considerações, facilmente inteligíveis
por leigos, nos permite afirmar que o Brasil está se preparando
para o grande salto no futuro, no qual deverá figurar como uma
nação plenamente desenvolvida. Falta tão somente
clarividência para rompermos com nossos preconceitos, maturarmos
politicamente e superarmos o obscurantismo medieval da nossa herança
colonial.
Música
de fundo em arquivo MIDI (experimental):
"O trenzinho do caipira", de Eytor Villa Lobos
Nota para a seqüência Midi: ****
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