Carta à amante do marido
Enviado por Mag Guimarães,
Roterdam-Holanda
Por Silvana
Duboc
27 agosto, 2005
Cara sócia,
Há uns oito anos eu venho fingindo que não sei
da sua existência. Claro, isso até agora foi bastante
desagradável, mas ao mesmo tempo, muito conveniente pra
mim.
Como você deve saber, meu marido sempre teve um excelente
salário. Imagina, lógico que você sabe,
afinal uma mulher bonita como você e com trinta anos só
ficaria mesmo com um homem de cinqüenta e sete anos desde
os seus vinte e dois, por dinheiro.
Afinal, convenhamos, ele é careca, barrigudo, chato,
lerdo e caso você não saiba, não toma banho
todos os dias. Isso sem falar que ele ronca como um urso e sofre
de bronquite asmática crônica, o que faz com que
ele produza sons ensurdecedores, principalmente à noite.
É óbvio que quando nos casamos, tudo era bem diferente.
Ele era esbelto, tinha uma cabeleira invejável, não
roncava, a bronquite ainda não existia porque ele não
fumava quatro maços de cigarros por dia. Peguei, portanto,
o filé, você ficou com a muxiba...hahaha.
Recentemente, encontrei uma carta sua no bolso do paletó
dele, onde você dá um ultimato no infeliz. Ou eu
ou ela! (a ela sou eu). Bem que eu tenho notado que o pobre
coitado tem estado nervoso, ansioso e desesperado. Imagina,
se uma peça de museu como ele vai querer perder essa
mamata de desfilar por aí com uma mulher como você?
Mas a boa notícia vem agora. Prepare-se, você vai
se emocionar! Eu resolvi facilitar as coisas para vocês.
Hoje, pela manhã, pedi o divórcio!
Aliás, não sei se você já sabe, agora
no final da tarde ele me ligou desesperado contando que foi
demitido. Coitadinho, não é mesmo? Há,
exatamente, oito anos ele era presidente daquela multinacional.
E você sabia por que ele foi demitido por justa causa?
Menina, nem te conto, aqui entre nós, meteu a mão
no que não devia.
Bem, mas você deve estar se perguntando por que eu não
estou tão desesperada quanto você está agora.
É o seguinte, querida, algumas coisas bastante interessantes
têm acontecido na minha vida nessas últimas semanas.
Primeiro, ganhei na mega-sena, sozinha, quarenta milhões!
Estava acumulada. Claro que quem foi receber esse dinheiro foi
minha irmã, pessoa da minha mais alta confiança,
para que o seu barrigudinho não tenha direito a um centavo
sequer, e ele, obviamente, ainda não sabe disso, hahaha!!!
Mas não fique triste, nem tudo está perdido para
vocês. Eu procurei me informar e descobri que você
tem um empreguinho de secretária num escritório
fajuto, assim, poderá comprar o viagra de que ele tanto
precisa.
Quanto a mim, cara sócia, já estou com um gatão
de vinte oito anos que nunca viu um comprimido desses azuis,
exatamente porque não precisa deles. Ah...ouvi dizer
que tem uma farmácia que está fazendo promoção,
os remédios em geral estão bastante em conta,
depois mando o endereço certinho pra você.
Cara sócia, quer dizer, ex-sócia, uma vez que
não dividimos mais o mesmo...homem, desejo, de coração,
que vocês sejam felizes e até dou minha mão
à palmatória que o amor venceu, o seu. Afinal
eu já não agüentava mais aquela praga vivendo
ao meu lado, mas me acomodei por causa dos nossos filhos e,
também, porque boa ou ruim tínhamos uma história
de anos.
Caso você não saiba, eu tenho quarenta e oito anos
e ainda dou um excelente caldo, haja vista que o meu gato tem
vinte e oito, e nem imagina que eu ganhei na mega-sena. Portanto,
não está comigo por dinheiro. Felicidades!
PS - Nunca esqueça de colocar gorro e meia no seu barrigudinho
na hora de dormir. Ele cisma que assim tosse menos durante a
noite (pura ilusão!).
Os
imorríveis
Enviado pelo autor, Volta Redonda-RJ
Por
Charlles Nunes
Ao contemplar os semblantes alegres
dos membros da AVL Academia Volta-Redondense de Letras,
tenho que concordar com os bicheiros: o que vale mesmo é
o escrito.
Os doze breves anos que convivi
com meu pai, também confirmam esta verdade. Ao passo
que da mãe herdei um minucioso diário, registros
paternos lá em casa são coisa rara. Na verdade,
raríssima. Resta apenas uma assinatura dele em minha
velha cadernetinha de colégio. Carimbo azul, presente.
Vermelho, ausente, ou atrasado que geralmente era o meu
caso.
A outra relíquia se resume
numa foto de família. Desconhecidos uns dos outros, posando
juntinhos ao redor de um piano, parecem longe da nossa realidade.
Mas o valor da gravura reside nas poucas palavras encontradas
no verso. Naquela caligrafia inconfundível, lê-se:
"O neném vem aí!", seguida pela explicação:
"Esta frase foi dita pela minha esposa, em maio de 1968".
Como o 'neném' em questão
era meu irmão mais velho, nada mais justo do que tornar-se
o guardião do pequeno tesouro. Entretanto, lembrança
tão simples serviu-me de inspiração para
iniciar e manter um diário desde a adolescência.
Hoje, quando os integrantes da
AVL tomam posse na Câmara Municipal, o valor da palavra
escrita assume nova dimensão. E me inspira a novas perguntas:
Por que este grupo de pessoas se reúne, se relaciona
e se organiza a fim de tomar posse de algo que eles mesmos criaram?
Talvez, porque encontraram amigos
que têm interesses semelhantes. Ao externar em palavras
o que lhes vai na alma, vão dando forma aos sentimentos,
exercendo o dom inato da criação. Sem temor dos
comentários alheios, sem o menor intuito de ficar pra
semente, demonstram o prazer de cultivar um bem comum.
Estreitando laços de amizade,
sem fins lucrativos ou políticos, seguem em frente os
nossos amigos 'Imorríveis'. Mas pode chamá-los
de 'os horríveis', 'incríveis', 'terríveis',
qualquer-coisa-íveis', que eles não estão
nem aí! Seu intuito não é a aprovação
pública.
Eretos ou curvadinhos, sorridentes
ou pensativos, extrovertidos ou tímidos, de todos os
biotipos, timbres, idades e cores, cada qual faz sua contribuição.
Sabendo que, quem se empenha numa nobre causa, sempre deixa
suas marcas.
Também estarei lá.
Acompanhado de minha professora da 1ª B de 77, com a qual
me comprometo a manter vivas as letras que me ensinou. Estreando
também aquele terno preto, que me comprometo a pagar
em 5 prestações no cartão!
Em data assim tão especial,
fica aqui o convite: Venha comemorar com a gente, e deixar conosco
sua marca. Para alguns de nós, você também
vai se tornar 'Imorrível'.
Ser carioca é...
Enviado por Eduardo Scarpelli, Belo Horizonte-MG
"O
melhor do Rio de Janeiro é a beleza natural que insiste
em
sobreviver, graças a Deus, ao descaso da maioria dos
políticos"
Ney Matogrosso, cantor
Autoria
desconhecida
- Ter certeza de que o Rio é
a cidade mais linda do mundo, mesmo sem conhecer nenhuma outra;
- Falar com o "r"
arrastado e com o "s" com som de "x",
e exagerar ainda
mais perto de paulistas e mineiros;
- Saber que a maior torcida
do mundo é a do Flamengo;
- Saber que o maior estádio
do mundo é o Maracanã;
- Saber que a maior floresta
urbana do mundo é a Floresta da Tijuca;
- Saber que a maior favela do
mundo é a Rocinha;
- Entender porque a maioria
dos estrangeiros acham que o Rio de Janeiro ainda é
a capital do Brasil;
- Aplaudir o pôr do sol
no posto 9;
- Beber o chope do Clipper;
- Ver o nascer do sol na praia
depois da balada da noite;
- Ficar feliz com o horário
de verão começa, porque isso significa uma hora
a mais na praia;
- Ficar triste quando acaba
o horário de verão;
- Agir com naturalidade ao encontrar
artistas globais na rua;
- Torcer para alguma escola
de samba, mas viajar no carnaval porque a cidade fica cheia
de paulistas e mineiros;
- Ir à praia sempre no
mesmo lugar;
- Ir para Búzios;
- Acampar na Ilha Grande pelo
menos uma vez na vida;
- Odiar os argentinos que vão
para Búzios nas férias e tratam as brasileiras
como lixo;
- Fazer amigos na praia;
- Ir ao shopping fazer compras
e não fazer social;
- Morrer de rir ao ver paulistas
dançando funk na televisão, como se esta fosse
a última moda;
- Parar no engarrafamento, atrasado,
mas admirar o mar;
- Morar bem em cima de um bar
barulhento e ser amigo do dono do bar;
- Conversar com o ascensorista
e passar do andar;
- Perder o último ônibus,
mas não perder a saideira;
- Não ter certeza se
conhece, mas cumprimentar;
- Gostar de viajar, mas adorar
voltar pra casa;
- Chegar na janela, em qualquer
janela, e procurar o Cristo;
- Olhar a vida pelo melhor ângulo;
- Usar os engarrafamentos para
comprar biscoito Globo e apreciar a paisagem;
- Mas, principalmente "ser
carioca" é amar e respeitar muito esta cidade
porque, mesmo com todos os seus problemas, ela é a
CIDADE MARAVILHOSA!!!
Amigas fazem bem à
saúde
Enviado por Mag Guimarães,
Roterdam-Holanda
Autoria
desconhecida
25 junho, 2005
Um estudo publicado pela Universidade
de Los Angeles, Califórnia, indica que a amizade entre
mulheres é algo verdadeiramente especial. Descobriu-se
que as amigas contribuem para o fortalecimento da identidade
e para projetar nosso futuro. Constituem um remanso, diante
de um mundo real cheio de tempestades e obstáculos.
As amigas ajudam-nos a preencher
os vazios emocionais de nossas relações com os
homens e ajudam-nos a recordar quem nós somos, realmente.
Após 50 anos de investigações, identificou-se
que existem substâncias químicas produzidas pelo
cérebro que ajudam a criar e manter laços de amizade
entre as mulheres.
Os pesquisadores, homens em sua
maioria, surpreenderam-se com os resultados desses estudos.
Quando o hormônio OXITOCINA é liberado como parte
da reação das mulheres frente ao estresse, elas
sentem a necessidade de proteger seus filhos e de agruparem-se
com outras mulheres . Quando isso acontece, produz-se uma quantidade
ainda maior de oxitocina, que reduz o stress mais agudo e provoca
um efeito calmante. Estas reações não aparecem
entre os membros do sexo masculino porque a testosterona, que
os homens produzem em altas quantidades, tende a neutralizar
os efeitos da oxitocina, enquanto os estrógenos femininos
aumentam a produção do hormônio oxitocina.
Após repetidos estudos,
demonstrou-se que os laços emocionais existentes entre
as mulheres que são amigas verdadeiras e leais contribuem
para a redução dos riscos de doenças ligadas
à pressão arterial e ao colesterol. Acredita-se
que esta pode ser uma das razões por que as mulheres
geralmente vivem mais do que os homens. As mulheres que não
estabelecem relações de amizade com outras mulheres
não mostram os mesmos resultados em sua saúde.
Assim, ter amigas nos ajuda não
somente a viver mais, como também a viver melhor.
O estudo sobre saúde indica
que quanto mais amigas tem uma mulher, maior probabilidade ela
terá de chegar à velhice sem problemas físicos,
levando uma vida plena e saudável. Não contar
com amigas próximas pode ser tão prejudicial para
a saúde quanto a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo.
Nesse mesmo estudo, foi observado
também como as mulheres superam um momento crítico,
como a morte do cônjuge, e percebeu-se que as mulheres
que podiam confiar em suas amigas reagiram sem doenças
graves e recuperaram-se em um lapso de tempo menor do que aquelas
que não tinham em quem confiar. O estudo concluiu que
a amizade entre as mulheres constitui uma fonte recíproca
de força, bem-estar, alegria e saúde!!!
Não é bom saber
disso?
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Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"papel Marché", de João Bosco
Seqüência Midi: Jorge Esqueff
Nota para a seqüência MIDI: *****
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