Mãe também se
diverte!
Enviada pela autora
Por Priscila
de Loureiro Coelho
14 março,
2006
Curioso como os filhos têm
uma visão peculiar a respeito de mãe. Para eles
parece existir: mulheres, homens e... Mãe!
Nenhum filho admite que sua mãe possa ter sentimentos
iguais a qualquer mortal. Como se o fato de ser mãe a
tornasse um ente diferenciado, quase amorfo.
Para filho, seja ele homem ou mulher, a mãe dos outros
difere da sua. Outras mães podem ter fraquezas, mas a
sua, jamais! Claro que a mãe dos outros pode ter desejos
que toda mulher tem, mas a sua... Capaz! Às vezes fico
pensando como será que um filho imagina que veio ao mundo!
E não me refiro as crianças, quase inocentes,
já que hoje desconfio que os bebês já nasçam
com alguma malícia que os prepara para adaptar-se a este
mundo, tão cheio de contrastes e idiossincrasias.
O fato é que é
engraçado observar o comportamento de filhos. Em sua
grande maioria, independente da idade, é capaz de discutir
e por vezes até brigar com sua mãe. No entanto,
se alguém ousar mencionar qualquer pequenina falha, atribuída
a ela, transforma-se em defensor dos fracos e oprimidos e não
perdoa quem cometeu tal deslize.
Reclamam constantemente de super
proteção, abominam o que chamam pegar no pé
e sentem-se sempre dispostos a uma boa discussão defendendo
o direito que têm de errar sozinhos. Porém, no
instante seguinte, estão esperando ajuda, indispondo-se
com qualquer um que possa estar "roubando" sua atenção!
Uma conhecida minha, viúva,
viveu uma experiência singular. Era seu aniversário,
estava completando cinqüenta e um anos. Seus dois filhos,
um casal, com idades de 25 e 23 anos, resolveram presenteá-la,
deixando que escolhesse como iria comemorar esta data. Talvez
um jantar num restaurante, um almoço num clube de campo,
quem sabe um teatro com direito a pizza depois, enfim, muito
solícitos incentivaram a mãe a escolher um passeio.
Pensaram em visita ao museu, Planetário, uma tarde no
Parque do Ibirapuera, encerrando com um lanche e sorvete, um
passeio ao Shopping e cinema, e assim propuseram uma gama de
opções que, imaginavam, agradaria a mãe.
Era uma mulher culta, que apreciava leitura e bons filmes. Executiva
bem sucedida dedicava-se integralmente ao trabalho e à
família. Assim, não se fez de rogada. Tão
logo os filhos pararam de oferecer sugestões, decidiu-se.
Queria ir a um show de Felipe Dylan.
Ao terminar de falar estava tão
radiante e animada que não percebeu a expressão
no rosto de seus filhos. Ambos se entreolhavam com um misto
de espanto e preocupação, talvez duvidando de
sua sanidade. Prontamente tentaram fazer a mãe mudar
de idéia lançando mão de todos os argumentos
que podiam se lembrar, para mostrar que era uma péssima
escolha.
Mas o sorriso e a expressão
de alegria, acabaram convencendo os filhos, de que era realmente
o desejo da mãe. Ainda tentaram convencê-la a trocar
por uma apresentação da sinfônica no teatro
Municipal ou pela peça teatral de Shespeare, que estava
sendo encenada por um elenco formidável.
Porém, nada demoveu a mãe de sua escolha primeira.
Agradecia, toda gentil aos oferecimentos, mas insistia em não
trocar.
Assim, foram eles assistir ao
show. Manifestavam claramente, certo desconforto pela escolha
da mãe, que se misturava tranquilamente entre a multidão
de jovens, num aperto desagradável e cansativo. No entanto,
nada parecia aborrecer aquela senhora, risonha e entusiasmada,
talvez ate mais que muitas de dezoito anos, que ali estavam.
A idade predominante era de 15 a 20 anos. O que incomodava,
sobremaneira, seus filhos, que se sentiam constrangidos pela
presença da mãe num ambiente, que para eles, era
inadequado.
Logo o show começou. Estavam
sentados num lugar relativamente bom, embora a agitação
da moçada impedisse de se ter uma visão melhor.
A mãe muito a vontade pediu uma Coca-Cola e pipoca. Como
se não esgotasse o repertório de surpresas em
relação ao comportamento da mãe, foram
os dois muito solícitos atender ao seu pedido. Deixaram
as cadeiras reservadas e lá se foram. Até que
chegassem ao destino e conseguissem retornar, o show já
ia longe. Não se importavam nenhum pouco, pois tudo que
desejavam é que acabasse logo de uma vez.
Ao voltarem, nova surpresa. Seus
lugares encontravam-se ainda guardados, mas no lugar da mãe
estava um jovem, bem apessoado esparramado e cochilando.
Mais que depressa o tiraram da cadeira e despejaram uma série
de perguntas misturadas com acusações sem dar
tempo ao pobre rapaz de responder nenhuma.
Foi quando o filho parou de falar, os olhos fixos em algum ponto
longe dali. Sua irmã, ao perceber esta reação
acompanhou seu olhar e precisou se controlar para não
gritar.
Lá, em frente ao palco,
onde um grupo de jovens dançava próximo ao cantor,
estava sua mãe. Sorrindo, cantando e disputando espaço
de igual para igual com a moçada. O primeiro impulso
de ambos foi correr até lá e arrastar a mãe
para bem longe. No entanto, algo em seu olhar, no sorriso farto
e quase inocente, tocou o coração de ambos.
Aos poucos se acalmaram, e foram
lentamente se aproximando da mãe. Não havia como
enganar-se, há muito não viam a mãe tão
feliz. Acompanhava o ritmo da música sentindo a energia
que pairava pelo ar.
Naquela noite, quando retornaram
para casa e a mãe se recolheu, não parando de
agradecer o presente, ambos ficaram conversando por longo tempo.
Admitiram que ela era como eles, sentia prazer em coisas simples
também; que conservava no coração o mesmo
entusiasmo que tinha quando jovem. E era muito bom pensar que
um dia eles surpreenderiam seus próprios filhos.
Manifesto antigerundista
Enviado por Vitor Buaiz, Vitória-ES
Autoria desconhecida
5 março,
2006
Este artigo foi feito especialmente
para que você possa estar recortando (recortar), estar
imprimindo (imprimir) e estar fazendo (fazer) diversas cópias,
para estar deixando (deixar) discretamente sobre a mesa de alguém
que não consiga estar falando (falar) sem estar espalhando
(espalhar) esta praga terrível que parece estar se disseminando
(disseminar-se) na comunicação moderna: o gerundismo.
Você pode também
estar passando (passar) fax, estar mandando (mandar) pelo correio
ou estar enviando (enviar) pela Internet. O importante é
estar garantindo (garantir) que a pessoa em questão vá
estar recebendo (receber) esta mensagem, de modo que ela possa
estar (esteja) lendo e, quem sabe, consiga até mesmo
estar se dando conta (se dar conta) da maneira como tudo o que
ela costuma estar falando (falar) deve estar soando (soar) nos
ouvidos de quem precisa estar ouvindo (ouvir). Sinta-se livre
para estar fazendo (fazer) tantas cópias quantas você
vá estar achando (ache) necessárias, de modo a
estar atingindo (atingir) o maior número de pessoas infectadas
por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo
(repreender) ou estar caçoando (caçoar), o objetivo
deste movimento é estar fazendo (fazer) com que esteja
caindo (caia) a ficha nas pessoas que costumam estar falando
(falar) desse jeito sem estar percebendo (perceber). Nós
temos que estar nos unindo (nos unir) para estar mostrando (mostrar)
a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo (existir)
uma maneira de estar aprendendo (aprender) a estar parando (parar)
de estar falando (falar) desse jeito.
Teclando
Enviado pelo autor
Por
Juliano Martinz, técnico em informática
16 março, 2006
No computador, as duas teclavam.
NAT: C foi nu xou?
BETTYNHA: Neim... o Kko
foi em kza.
NAT: Qm eh Kko?
BETTYNHA: Komo qm? Meu
BF...
NAT: BF???
BETTYNHA: Boyfriend!
NAT: Hã???
BETTYNHA: Meu namoradu,
kct.
NAT: Eu cei o q eh BF, anta.
Soh to hassustada
c naum namohra o Bitaum?BETTYNHA:
Terminamu cgunda, nu msn.
NAT: Eu haxava q cs kombnavam
tantu... E onde c konheceu s Kko?
BETTYNHA: Na escola.
NAT: E qdo vai mi aprezntah???
BETTYNHA: Neim vo. Axu
q vo terminah cum ele tb.
NAT: Pq?
BETTYNHA: Ele n mi entendi.
NAT: N ti entendi?
BETTYNHA: Eh...nois konversah
nu msn e ele n entendi o q excrevu...
NAT: Axa?
BETTYNHA: Sab komo ele
mi xamo p sair, nu msn?
NAT: Komo?
BETTYNHA: "Oi, minha
querida. Será que nós não poderíamos
ir a um cinema, na próxima quinta?"
NAT: Afff...q horror! C fosse
eu jah tinha terminadu.
BETTYNHA: Eh, jah devia
ter terminadu, msm... Vo fazeh isso, gora msm. O Kko tah online.
Perai....
NAT: To perando...
Um minuto depois.
BETTYNHA: Axu q vo t q terminah,
kra a kra.
NAT: Pq?
BETTYNHA: Eu excrevi p ele: "Kko,
c eh deiz, mais ceria moh simplez c fomu soh amigu. C pd ir
kza si quizeh" .
NAT: E ele??
BETTYNHA: "Mas claro que
eu quero me casar com você! E assim como você, eu
também tinha pensado numa cerimônia simples, só
com os amigos. Mas ao invés do dia dez, não seria
melhor casar no dia quinze que é feriado?"
NAT: Afff...
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Música
de fundo em arquivo MID (experimental):
"Explode coração", de Gonzaguinha
Nota para a seqüência MIDI: *****
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