Filme sobre Martim Lutero
Enviado por Arno Hoffmann, Belo Horizonte-MG

Por pastor Matthias Ristau, Ferraz de Vasconcelos-SP

Fonte: www.luteranos.com.br

Assisti ao filme novo sobre Martim Lutero. Gostei. O filme é bem feito, bonito, sem simplificar demais. Claro que não é uma biografia exata de Lutero. Um filme nunca consegue mostrar tudo. Mas acho que é um filme não só para luteranos, mas para todos cristãos. Não para todos virarem luteranos, mas para entender que os acontecimentos do século 16 tem conseqüências até hoje, para evangélicos e católicos.  

Visite o site oficial do filme:
www.luteroofilme.com.br

O filme, baseado na história de Lutero, mostra bem como ele mesmo não conseguiu acreditar que as coisas que ele tinha falado e escrito foram julgados como heresias, como algo contra a igreja. Apoiado no Evangelho, Lutero criticou certas práticas de representantes da igreja. Daí entrou o jogo de poder e dinheiro e isso no final levou a expulsão de Lutero da igreja católica romana.

Ele não queria isso. Afirmou que ele mesmo ia queimar qualquer um dos seus livros, se alguém provasse com a Bíblia que o escrito foi contra o Evangelho de Cristo. Ele estava preparado para isso, e ele admitia que ele tinha exagerado em alguns dos livros. Foi uma grande decepção para Lutero, que não teve discussão nenhuma. Simplesmente foi expulso da igreja e pronto.

Isso levou a divisão da igreja. Por séculos ambos os lados, católicos e evangélicos enxergaram só aquilo que nos separa. Já na época de Lutero foi muito. E cada confronto no percorrer dos anos parece que foi mais uma pedra no muro que nos separa uns dos outros.

Hoje está na hora de lembrar que Lutero pensou diferente. Até depois de ser expulso ele sempre valorizou tudo aquilo que temos em comum. A própria confissão de Augsburgo, que virou o documento principal da fé dos luteranos, começa com os pontos de acordo, antes de entrar nos assuntos polêmicos.

Hoje tantas conversas de cristãos de igrejas diferentes viram logo brigas, porque entra primeiro naquilo que nos separa. Seria tão bom procurar primeiro tudo aquilo que temos em comum. E assim vamos descobrir que os outros são diferentes e que cada grupo cristão tem sua identidade própria, mas do outro lado temos todos uma base comum. Não dá para tirar de um dia para outro tudo aquilo que separou os cristãos, mas podemos dar um testemunho maior da unidade na diversidade.


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Belo Horizonte, 20 novembro, 2004

Opinião