Falta potência no Pajero Sport HPE
Enviada pela autora, Brasíla-DF

Por Elvira Vilela

30 janeiro, 2006

Descobri o Jornal dos Amigos em pesquisa que fazia no Google, em busca dos meus direitos quanto ao problema ocorrido no veículo Pajero Sport HPE (tração nas 4 rodas, diesel, câmbio automático etc.), Zero Km, que adquiri no mês de novembro de 2005, em concessionária autorizada Mitsubishi, em Brasília. Foi a realização de um sonho de consumo, baseando-me na propalada qualidade dos veículos Mitsubishi, campeoníssimos do Rally Paris-Dakar.  

Havíamos eu, meu marido e dois filhos planejado uma viagem à Pernambuco no início de janeiro de 2006. Tinha tudo para ser uma viagem divertida e segura, não fosse o fato de que o carro teve queda de potência na estrada, não conseguindo ultrapassar caminhões e sequer acompanhando veículos de motor 1.0!

No caminho, procuramos uma concessionária em Vitória da Conquista - Bahia, onde nos foi relatado que esse era um problema que estava acontecendo com Pajeros HPE 2005. Um dia perdido de viagem e nada resolvido, pois não conseguiram encontrar uma solução.

Seguimos viagem. Chegando ao destino, em Tamandaré - Pernambuco, aguardamos até a segunda-feira seguinte para levarmos o carro até a concessionária Mitsubishi em Recife. O carro ficou 5 dias seguidos na oficina e o devolveram alegando que o problema estaria resolvido.

Nesse período, com muito custo e a título de “favor”, nos deixaram com um carro pequeno alugado. Cabe ressaltar que, por restrição física, só posso dirigir veículo de câmbio automático, o que não era o caso do veículo que nos foi entregue. E outra, quem viaja de Pajero, espera mais conforto do que num carro popular. Principalmente levando em consideração a estatura média de minha família de 4 pessoas, onde o menor -minha filha de 15 anos- tem 1,74m e o maior -meu filho de 16 anos- tem 1,96m!!!

Em Recife, fomos informados mais uma vez que nosso carro não era o único a apresentar o tal problema de potência. Um outro proprietário que por lá estava, e que aluga seus veículos, disse que adquiriu 4 Pajeros HPE no ano de 2005 e que todas apresentaram o mesmo problema. Foi-nos relatado que é um defeito que só aparece quando se exige mais do motor, como se faz em estradas. Ou seja, se nunca tivéssemos pego estrada para viajar, jamais teríamos percebido o defeito do carro – o que pode ter acontecido com inúmeros consumidores desavisados, que só dirigem nas cidades que residem.

Após a passagem pela oficina de Recife a potência do carro melhorou, apesar de não ter alcançado o desempenho normal e esperado do veículo. No entanto, o consumo aumentou estupidamente, com o carro fazendo a média de 4 km por litro de combustível, e soltando fumaça preta em níveis de escandalizar ambientalistas.

De volta a Brasília, no primeiro dia útil -segunda-feira,23 de janeiro-, levamos o carro à Nara Veículos, concessionária Mitsubishi no Distrito Federal. Após 3 dias na oficina, já numa quarta-feira, fomos informados que o problema teria sido resultado do trabalho mal-feito que a concessionária de Recife havia feito no carro, e que resolveriam até o dia seguinte.

Na quinta-feira, dia 26 de janeiro, fomos informados que haviam descoberto outro problema, e que o carro só ficaria pronto na sexta-feira à tarde.

Durante esse período, eu fiquei sem carro, dependendo de carona ou táxi para ir ao trabalho, pois a concessionária disse que não poderia nos fornecer outro carro.

Na sexta à tarde, disseram que só faltava fazer um teste no carro e que o devolveriam no sábado, pela manhã.

No sábado de manhã fomos informados que haviam descoberto um módulo que veio com defeito de fábrica e que seria trocado, adiando a entrega para segunda-feira. Suprema ironia foi que, diante das reclamações feitas por mim e meu marido, no sábado nos autorizaram –mais uma vez a título de “favor”– a buscar um carro numa locadora. Eis que me foi entregue um Gol, que mesmo sendo um bom carro, está muito aquém daquele que adquiri – e com câmbio manual, o que me impede de dirigi-lo. Nesse ínterim, fizemos arranjos familiares, e eu passei a dirigir o Honda Civic automático de meu marido e ele ficou com o Gol.

Lamentavelmente, pelo que soube hoje -segunda-feira, 30 de janeiro-, o carro também não ficará pronto, pois que ainda não passou por todos os testes!!!

O maior teste, que era o da minha paciência, se esgotou!!!

Ao adquirir o carro, achei que estaria realizando um sonho e não um pesadelo. Não sabia que teria tantas frustrações, gastos e aborrecimentos.

Não consigo entender como um fabricante de renome internacional, que se vangloria da potência e robustez de seus veículos, identifica um problema e não apresenta solução para ele nos carros que produz. Impossível dizer que o fabricante não sabe, pois os outros carros que soubemos foram encaminhados para concessionária da rede Mitsubishi, que encaminha relatórios de defeitos dos veículos, principalmente dos que ainda têm garantia, caso de todos os que tivemos conhecimento.

Sinto-me roubada no meu sonho, aviltada nos meus direitos e lesada de todas as maneiras! Espero poder contar com o apoio de vocês na solução do meu problema.

Ver mais Denúncias


Música de fundo em arquivo MIDI (experimental):
"Insensatez"
, de Tom Jobim

Participe do Jornal dos Amigos,
cada vez mais um jornal cidadão

O Jornal dos Amigos agradece a seus colaboradores e incentiva os leitores a enviarem textos, fotos ou ilustrações com sugestões de idéias, artigos, poesias, crônicas, amenidades, anedotas, receitas culinárias, casos interessantes, qualquer coisa que possa interessar a seus amigos. Escreva para o e-mail:

Se o conteúdo estiver de acordo com a linha editorial do jornal, será publicado.

Não esqueça de citar seu nome, a cidade de origem e a fonte da informação.

Solicitamos a nossos colaboradores que, ao enviarem seus textos, retirem as "flechas", isto é, limpem os textos daquelas "sujeiras" de reenvio do e-mail. Isso facilita bastante para nós na diagramação.

Início da página

www.jornaldosamigos.com.br


Belo Horizonte, 20 fevereiro, 2006

Denúncias